quarta-feira, outubro 09, 2024

UE - PRIMEIRO-MINISTRO HÚNGARO DIZ VERDADES SEM CONTESTAÇÃO QUE SUSCITAM O ÓDIO NA ESQUERDA

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, realizou uma conferência de imprensa em Estrasburgo na Martes, descrevendo as prioridades da Hungria para  a sua actual presidência do Conselho da União Europeia.
No tão aguardado discurso, adiado no mês passado devido às recentes inundações em massa na Europa Central, o líder húngaro revelou que a presidência do Conselho Europeu do seu país acontece num momento de desafios globais e regionais significativos.
É a segunda vez que a Hungria assume a presidência, e Orbán reflectiu sobre os desafios da Europa durante o primeiro mandato, em 2011.
“Foi uma presidência difícil; a crise financeira estava em alta, e a Primavera Árabe tinha eclodido, criando uma tremenda incerteza”, enfatizou, observando que os desafios de hoje são ainda mais sérios: “Uma guerra está a acontecer na Ucrânia, conflitos sérios continuam no Médio Oriente, e a imigração atingiu níveis não vistos desde 2015.”
Alertou que a União Europeia está “a perder rapidamente a sua competitividade” num mercado cada vez mais globalizado e citou o ex-presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, e o presidente francês, Emmanuel Macron, que recentemente expressaram preocupações sobre o declínio da influência da Europa no cenário global. “Se não mudarmos, a Europa entrará em lenta agonia. É por isso que estamos aqui, para sermos as parteiras dessa mudança”, disse Orbán.
O líder húngaro destacou três questões principais que queria abordar durante o mandato de seis meses do seu país à frente do Conselho: melhorar a competitividade económica da Europa, enfrentar a imigração em massa e reformar a sua política externa em relação à defesa e à ampliação da UE.
Pediu a criação de um Pacto Europeu de Competitividade para reduzir os encargos regulatórios, garantir energia acessível e fortalecer o mercado único da UE.
“Precisamos de uma Europa que funcione melhor, que possa enfrentar a competição com os EUA e a China. Precisamos de um novo Pacto Europeu de Competitividade”, disse Orbán, convidando os líderes da UE para uma cúpula em Budapeste em 8 de Novembro para explorar a proposta.
Sobre imigração, Orbán reiterou a oposição incondicional da Hungria à imigração em massa e o compromisso do seu governo com fronteiras fortes. Queremos que a imigração pare na fronteira”, declarou, relembrando planos previamente divulgados pela Hungria para postos avançados de asilo onde os pedidos podem ser geridos antes que os requerentes de asilo entrem no bloco. A sugestão foi rejeitada anteriormente por Bruxelas, que alega que é ilegal. No entanto, mais recentemente, os Estados-membros da UE começaram a concordar com acordos bilaterais com países terceiros para adoptar tal abordagem, como a Itália com a Albânia, por exemplo. “O actual sistema de asilo está quebrado”, disse Orbán, acrescentando que “a imigração ilegal aumentou a violência e as tensões sociais em toda a Europa”.
Orbán também falou sobre defesa e a importância de integrar os Balcãs Ocidentais na UE. “Sem a Sérvia, não há ampliação”, disse, enfatizando que a inclusão da Sérvia era crucial para o sucesso futuro do bloco. Também pediu o desenvolvimento de uma indústria de defesa europeia para proteger os interesses de segurança do continente.
A conferência de imprensa foi brevemente interrompida por um manifestante que invadiu a mesa onde Orbán estava sentado e perguntou: “Por quanto traiu você o seu país, senhor primeiro-ministro?” O activista, mais tarde identificado como Márton Gyekiczki, membro da ala jovem da oposição Coligação Democrática, foi detido por seguranças presentes. O incidente foi minimizado pelo líder húngaro, que respondeu dizendo: “Isto não é incomum na política húngara”, antes de continuar o seu discurso.
Sobre o conflito em andamento na Ucrânia, Orbán repetiu a visão do seu governo de que a guerra não pode ser resolvida militarmente e insistiu num cessar-fogo imediato e negociações de paz. “Esta guerra não pode ser vencida no campo de batalha”, alertou, observando que a sua opinião é minoritária em toda a União Europeia, mas que com o tempo ele espera que se torne predominante. “Precisamos de negociações, e precisamos delas agora”, acrescentou.
Por fim, apesar dos apelos dos seus críticos para que a Hungria se retire da União Europeia caso discorde tanto da direcção do bloco, Orbán permaneceu desafiador. Acreditamos na Europa, acreditamos na União Europeia. Queremos manter isto para o futuro, e é por isso que queremos mudá-lo, não destruí-lo”, disse ele.
Os seus comentários ecoam observações semelhantes feitas no fim de semana durante a visita de Orbán à Itália, onde ele participou num evento de solidariedade para com o vice-primeiro-ministro italiano Matteo Salvini, que está a enfrentar uma pena considerável de prisão por se recusar a permitir que barcos de imigrantes atracem durante o seu mandato como ministro do Interior. Não temos de nos retirar de Bruxelas, temos de entrar nela. Bruxelas deve ser ocupada e devolvida ao Povo Europeu”, disse Orbán durante o evento de Soles na cidade de Pontida, no norte de Itália.
A aparição de Orbán em Estrasburgo ocorre menos de uma semana após a Comissão Europeia anunciar que estava a tomar medidas legais contra a Hungria por causa de uma lei controversa que impõe penas de prisão a organizações que aceitam fundos estrangeiros para actividades políticas.
O primeiro-ministro húngaro fará um discurso formal no Parlamento Europeu na Mércores.
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Fonte: https://rmx.news/article/economic-competitiveness-migration-and-defense-orban-tells-brussels-some-home-truths-in-strasbourg-press-conference/

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Só é de lamentar que o húngaro continue implicitamente contrário ao apoio à Ucrânia, porque, de resto, é exemplar no que mais interessa - é dos nacionalistas mais desenvolvidos ao perceber que a UE oferece um excelente potencial ao Nacionalismo europeu e, claro, mantém a sua posição anti-imigração de forma brilhante. Brilha nesta ocasião ao declarar, no parlamento europeu, que a imigração está ligada ao aumento do anti-semitismo, da violência sobre as mulheres e da violência homófoba (antes ou depois de a cambada de Extrema-Esquerda se pôr a guinchar a cançoneta antifa «Bella ciao» ou lá o que é aquela merda). Claro que o inqualificável «jornalista» da TVI que comentou o caso tinha de dizer que o húngaro não chegou «nem a provar nem a sustentar» estas acusações. Talvez o «profissional» de «informação» esperasse que o PM da Hungria fosse para ali com papelada a listar números e casos, se calhar porque os seus homólogos que ali botam faladura fazem o mesmo, o que de facto não acontece... Note-se que as provas do que disse são abundantes, a desproporção de crimes cometidos por imigrantes muçulmanos contra mulheres, LGBTs e judeus é bem evidente em vários países europeus, como aqui tem sido referido e comprovado à exaustação, mas o fulano que faz papel de jornalista nesta cena ou não o sabe ou prefere «subtilmente» dar a entender que as provas não existem... e depois é «gente» desta que anda por aí a guinchar contra a «desinformação» das redes sociais e o desemprego dos seus colegas «jornalistas»... pois o desemprego é o mínimo que esta «gente» merece. Enquanto isso, a mensagem vai chegando ao povo, para desagrado de «jornalistas» destes e seus educadores, tutores e patronos.