quarta-feira, março 27, 2024

SOBRE O ALEGADO MASSACRE DE AL RASHID

Relatórios do Notícias Nacional de Israel:

As IDF relataram na Joves que quando camiões de ajuda foram levados para o norte de Gaza na manhã de Joves, os residentes de Gaza reuniram-se em torno dos camiões, agindo de forma violenta e saqueando os suprimentos.
“Esta manhã, durante a entrada de camiões de ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza, os residentes de Gaza cercaram os camiões e saquearam os mantimentos entregues”, confirmou a IDF. “Durante o incidente, dezenas de habitantes de Gaza ficaram feridos em consequência de empurrões e atropelamentos”.
Segundo os relatórios, algumas das massas aproximaram-se das tropas das FDI de forma perigosa, ameaçando ferir as tropas.
Os soldados, cuja função era permitir a distribuição segura da ajuda, sentiram-se ameaçados pelas massas e responderam com fogo real.
As IDF divulgaram um vídeo que mostra as multidões aglomeradas em torno dos camiões de ajuda, alguns subindo para cima destes, mas não mostra os tiroteios ou qualquer pessoa em pânico ou a fugir.
Parece provável que algumas pessoas tenham caído dos camiões e outras tenham sido esmagadas.

As reportagens nos média árabes são bem diferentes:
Num novo massacre cometido pelos tanques de ocupação israelitas e pelos ataques de artilharia, pelo menos 104 civis foram mortos e dezenas ficaram feridos hoje enquanto esperavam por ajuda alimentar na Rua Al-Rashid, a sudoeste da Cidade de Gaza.
Fontes médicas afirmaram que as forças de ocupação abriram pesados ​​​​fogos de metralhadora contra milhares de cidadãos do norte da Faixa de Gaza, especificamente da Cidade de Gaza, Jabalia e Beit Hanoun, que aguardavam a chegada de camiões carregados de ajuda humanitária na Rua Al-Rashid, a sudoeste. da Cidade de Gaza, resultando na morte de mais de 104 pessoas.  
104 mortos em tiroteios de tropas? Tiro de metralhadora? Outros relatórios também reivindicam artilharia.
Outros agora reivindicam 150 mortos.
Um site afirma ter um vídeo do “massacre” – mas não mostra nada, nem tiros nem sequer pânico.
Tudo o que sabemos é que as IDF atingiram algumas pessoas. 104 ou 150 é um número absurdamente grande para mortos. Normalmente, assim que os primeiros tiros soam, todos os outros se dispersam. 
Com centenas de pessoas lá, seria de esperar que se encontrassem muitos vídeos dos tiroteios a ser partilhados nas redes sociais. A foto mais horrível que encontrei mostra vários corpos, mas não consigo ver nenhum tiro - os seus ferimentos parecem mais consistentes com uma debandada do que com um tiroteio.
Conto sete ou oito corpos num vídeo da Al Jazeera.
O que parece mais provável é que alguns - talvez dezenas - de palestinos tenham sido mortos numa debandada, talvez enquanto se aglomeravam em torno dos camiões e talvez fugissem do tiroteio defensivo das FDI. Mesmo que a debandada fosse fuga diante de fogo real, não haveria tantos mortos, porque era uma área aberta e debandadas com grande número de vítimas só acontecem em espaços onde as multidões não têm para onde ir. 
As autoridades palestinianas estão a aumentar a contagem de mortes numa ordem de grandeza, o que têm feito desde o início da guerra, como vimos na explosão do foguete da Jihad Islâmica Al Ahli. Encaram qualquer incidente em que civis sejam mortos como uma oportunidade para demonizar Israel, uma prioridade maior do que salvar vidas ou sofrer. 
Houve pelo menos um incidente trágico esta manhã. Mas não é possível que mais de cem pessoas tenham morrido. 
ATUALIZAÇÃOA IDF diz que não atingiu mais de 10 pessoas e atingiu-lhes as pernas. Dizem que foi um incidente separado e não relacionado com os camiões.
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Fontes:
https://elderofziyon.blogspot.com/2024/02/we-dont-know-exactly-what-happened-in.html
https://www.jihadwatch.org/2024/03/hamas-claim-that-idf-killed-100-civilians-in-attack-on-aid-trucks-doesnt-hold-up-to-scrutiny