NIGÉRIA - MUÇULMANOS AMEAÇAM PRATICANTES DE RELIGIÃO INDÍGENA
Alguns clérigos muçulmanos em Ilorin, capital do Estado de Kwara, ameaçaram apedrejar alguns adoradores tradicionais de Isese que realizavam ritos num rio da área de Oko Owo.
Os clérigos muçulmanos foram filmados em vídeo que está a circular na internet, ameaçando apedrejar os praticantes da religião tradicional e sua sacerdotisa.
O vídeo postado na noite de sexta-feira por um usuário do Facebook, Alfa Aribidesi At-Tawdeeh Islamic Da'wah, com a legenda "OUTRAS MULHERES DE OSUN APANHADAS AO VIVO @ OKO OLOWO EM ILORIN HOJE!!!", mostra os clérigos muçulmanos a interromper o rito tradicional no vídeo, um clérigo muçulmano que falou em Iorubá é ouvido dizendo: "Nós estamos a avisar-vos. Você está a usar hijab, também a vemos. Não abaixe a cabaça. Você sabe que Ilorin não pertence a si; você entende."
Os adoradores da religião tradicional responderam que são indígenas de Ilorin, mas os fanáticos muçulmanos disseram: "É isso que faremos em Ilorin? Você diz que são indígenas, é isso que faremos em Ilorin? Onde fica a casa da sua família em Ilorin?"
Ele acenou para alguns outros adeptos de Isese ainda no rio e disse: "Saia daí. Você está em Ilorin. Saia desse lugar. É Osun?"
Mas quando eles não partiram, ele avançou contra eles e ameaçou apedrejá-los, insistindo que a sua religião não era permitida em Ilorin, dizendo: "Saiam! Saiam! Saiam agora! Não ouvem? Saiam ou vou apedrejar-vos."
Os fanáticos podiam ser ouvidos a entoar orações muçulmanas em Árabe.
Além disso, um vídeo viral recente que gerou polémica revelou como uma sacerdotisa da religião tradicional, Yeye Ajesikemi Olokun Omolara Olatunji, foi ameaçada por fanáticos muçulmanos para não realizar o festival Isese em Ilorin.
Em vídeo divulgado na internet, a sacerdotisa disse que foi ameaçada e advertida a não realizar nenhum festival de Isese em Ilorin, capital do Estado de Kwara.
Omolara lamentou a infeliz situação e revelou que a sua vida estava em perigo.
Enquanto isso, o devoto de Osun teria lançado panfletos anunciando um evento tradicional de três dias destinado a celebrar certas Divindades iorubás.
Mas membros de um grupo muçulmano, Majlisu Shabab li Ulamahu Society, foram a casa dela para avisá-la para desistir de realizar o planeado festival Isese.
Mais tarde, Mallam Abdulazeez Arowona, porta-voz do emir de Ilorin, Ibrahim Kolapo Sulu-Gambari, disse que o monarca e o palácio apoiavam o grupo islâmico.
Arowona disse que o monarca fez uma declaração pública contra tais eventos, que ele descreveu como "idolatria".
Ele acrescentou que os muçulmanos da cidade iriam opor-se ao festival Isese.
Mas o Prémio Nobel, Prof. Wole Soyinka, que é o Akintalun de Egba, Giiwa de Ijebu-Remo e Akogun de Isara, em carta aberta ao Emir na Joves, disse que “é triste ver a antiga cidade de Ilorin, uma confluência de fés e variedades étnicas, reduzida a este nível de fanatismo e intolerância, manifestada no papel de um monarca presidente”.
De acordo com Soyinka, tais acções “criaram Boko Haram, ISIL, ISWAP e outras malformações religiosas que actualmente afligem esta Nação, espalhando dor e indignação numa paisagem outrora pacífica, degradando a minha e a sua existência com a sua marca virulenta do Islão”.
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Será isto culpa do racismo europeu, do Trump ou do aquecimento global? «Se calhar» é do simples facto de que o Islão não tolera o politeísmo nem quaisquer outras religiões nacionais...
1 Comments:
Nao sei o que e pior macumba ou abraao
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