quarta-feira, junho 14, 2023

UM NOVO GOLODOMOR NA UCRÂNIA?

Quando os líderes mundiais enlouquecem e querem derrotar uns aos outros na guerra, independentemente das consequências da terrível destruição, deve-se-lhes gritar na cara: “Acorde, as pessoas estão a morret”.
A situação na Ucrânia é trágica.
As últimas notícias mostram caças russos a inspeccionar tanques ocidentais destruídos durante uma tentativa fracassada de contra-ataque ucraniano. Cercados por soldados ucranianos caídos, os russos examinam os seus equipamentos e apanham alguns itens. Crianças, pais e amigos permanecem imóveis e em silêncio enquanto o saque continua. São eles que nunca irão para casa.
Noutro vídeo, três soldados russos armados são vistos a disparar contra pelo menos sete dos seus camaradas desarmados tentando fugir. Isto é horrível. E, no entanto, a propaganda de guerra ucraniana também proclama com orgulho que um general russo foi morto por um foguete como se não fosse mais uma vítima simplesmente porque estava a operar sob ordens diferentes.
De acordo com uma reportagem recente da BBC, mais e mais soldados ucranianos estão a fugir para a Roménia para escapar do massacre sem precedentes. Estão a nadar no alto rio Tisza (na fronteira da Ucrânia e da Roménia) porque estão fartos de ver mais e mais dos seus companheiros soldados reduzidos a pedaços sangrentos de carne num jogo de loucos sem sentido.
Há também dezenas de milhares de pessoas a vir todos os dias da Roménia e da Transcarpática que acordaram numa madrugada selvagem para descobrir que tudo se tinha desmoronado e partiram como fantasmas. Alguns deles ficam na Hungria, mas a maioria segue em frente. A Ucrânia, que os belicistas afirmam querer proteger, está a ser lentamente esvaziada e irreversivelmente destruída.
Todos estão a esconder a verdadeira extensão das perdas, mas o que se pode deduzir da enxurrada de exageros e mentiras é que o número de mortos já pode ter chegado a centenas de milhares.
Cerca de 18 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde o início da guerra, a maioria mulheres e crianças – apenas uma fracção das quais retornará quando os combates finalmente cessarem.
Homens estão a ser mortos, mulheres estão a emigrar, resultando na queda drástica da população ucraniana. A Ucrânia é agora uma sociedade que perde a capacidade de recuperar a sua capacidade reprodutiva.
Portanto, é uma mentira desumana que o Ocidente esteja a servir os interesses do Povo Ucraniano ao fornecer armas modernas, colocando a Rússia de joelhos e prolongando a guerra. Mesmo as batalhas vitoriosas, as poucas aldeias recapturadas, a terra arrasada devolvida à soberania ucraniana, aumentam as hipóteses do colapso final da própria Ucrânia.
Não esqueçamos que a situação na Ucrânia não era fácil mesmo antes da agressão russa.
Antes de Putin iniciar aquilo a que chamou "operações militares especiais”, 6 milhões de imigrantes económicos já tinham deixado a Ucrânia por causa das más condições de vida e da situação política desesperadora.
Desde então, a economia ucraniana tornou-se completamente disfuncional e o Estado foi sustentado apenas pela ajuda ocidental. Nestas circunstâncias, é uma grande questão saber quantos ucranianos acreditarão numa paz justa, na promessa de reconstrução após a corrida armamentista, e quantos dirão que prefeririam ver o seu futuro nas partes mais ricas do mundo.
O que é certo, porém, é que a Ucrânia enfrenta uma tragédia demográfica decorrente do prolongamento da guerra que só pode ser comparada à catástrofe da grande fome de 1932-1933, o Holodomor. Todos os belicistas, todos os políticos ocidentais que, como traidores da Europa, se aliaram aos esforços do império americano para enfraquecer a Rússia ao máximo, terão responsabilidade pessoal por isso, ao lado de Putin.
Enquanto isso, a alternativa de um cessar-fogo imediato e a abertura de negociações está a ser gritada cada vez mais alto em todo o mundo.

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Fonte: https://rmx.news/commentary/ukraine-is-facing-a-second-holodomor-as-males-die-at-the-front-and-women-emigrate/

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Um texto cheio de humanismo, este, que só aqui coloquei por causa das informações fornecidas em matéria numérica, porque, fora isso, é de uma sonsice descarada.
Quando diz que a Ucrânia também faz mal em celebrar o abate de um general russo, já não é muito equilibrado, mas enfim, compreende-se, sem que obviamente se possa esquecer que quem está a ser atacado à cara podre irá obviamente, mui humanamente, satisfazer-se com a morte de quem ataca, ou, vá lá, de quem é usado para atacar. 
Piora quando chama «belicistas» aos que estão do lado da Ucrânia - dizer que quem se limita a ajudar os agredidos a defenderem-se é «belicista» é cair num relativismo moral flagrantemente desonesto e criminoso. 
Agrava a piora no despudor de chamar «mentira desumana» ao apoio defensivo do Ocidente à Ucrânia, isto com a agravante de este apoio ser ele próprio injustamente tímido ao afirmar peremptoriamente que não quer que aa suas armas atinjam território russo, como se os Ucranianos não tivessem com gritante evidência o pleno direito de alcançarem solo da Rússia depois de esta invadir e massacrar a Ucrânia. 
Confirma, no fim, a falta de vergonha que o motiva quando recorre à tese geoestratégica baratucha de culpar os Ocidentais por terem conspirado contra o Império Russo como se a habitual e até natural guerra habitualmente política de pressões e bastidores justificasse uma guerra realmente militar de tiros e mortes. Isto deveria ser óbvio para quem manifesta preocupação com as matanças de carne de carne e osso....


2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Acabando a guerra, estes burros genocidas europeus irão enche lá de imigrantes do 3 mundo.
Mais.um país que irá sofrer genocídio por conta de um programa político Multiracial

15 de junho de 2023 às 18:17:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Totalmente de acordo com o que referiste Caturo.

15 de junho de 2023 às 23:55:00 WEST  

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