NORUEGA - GOVERNO CEDE A EXIGÊNCIAS ISLÂMICAS E PROÍBE MANIFESTAÇÃO EM QUE SE QUEIMARIA ALCORÃO
A polícia da Noruega proibiu um protesto planeado, incluindo a queima de uma cópia do livro sagrado islâmico, o Alcorão, horas depois que o Ministério das Relações Exteriores da Turquia convocou o embaixador norueguês para reclamar.
Um grupo de manifestantes planeava queimar uma cópia do Alcorão do lado de fora da embaixada turca em Oslo na Vernes, disse a polícia.
“A polícia enfatiza que queimar o Alcorão é uma declaração política legal na Noruega, mas este evento não pode acontecer devido a questões de segurança”, disse o inspector da polícia de Oslo, Martin Strand, em comunicado na Joves.
A medida ocorreu depois de o Ministério das Relações Exteriores da Turquia convocar o embaixador da Noruega, Erling Skjonsberg, sobre o protesto planeado.
“Ao saber que haverá um ataque contra o nosso livro sagrado, o Alcorão, na Noruega amanhã, o embaixador norueguês na Turkiye [Turquia] acaba de ser convocado para o nosso ministério”, disse uma fonte diplomática turca à Agência Anadolu na Joves.
“A abordagem [da Noruega] de não impedir o acto provocativo planeado, que é claramente um crime de ódio… é inaceitável e esperamos que este acto não seja permitido”, acrescentou a fonte.
O incidente segue um protesto na capital da Suécia no mês passado perto da embaixada turca, onde o político dinamarquês-sueco de Extrema-Direita Rasmus Paludan queimou uma cópia do Alcorão.
A Turquia denunciou a Suécia pela queima do Alcorão, bem como por uma manifestação separada de activistas curdos apoiando o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), um grupo que promove uma revolta contra o Estado turco desde 1984 e que a Turquia, a União Europeia e o Estados Unidos designaram como grupo “terrorista”.
Após os protestos, a Turquia cancelou uma visita do ministro da Defesa da Suécia com o objectivo de superar as objecções de Ancara à sua adesão à OTAN.
A Suécia e a Finlândia avançaram para um acordo com a Turquia sobre a admissão dos países nórdicos à aliança militar, mas divergências lançaram dúvidas sobre o processo.
Estocolmo disse na Joves que endureceria as leis que cobrem a participação em organizações "terroristas" meses após um acordo com a Turquia sobre a luta contra o "terrorismo", que visava superar as suas objecções à adesão sueca à OTAN.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse na Mércores que a posição de Ancara sobre a Finlândia era "positiva", mas "não era positiva" sobre a Suécia.
O chanceler sueco, Tobias Billstrom, respondeu dizendo que o seu país não abriria mão da liberdade de expressão, que não fazia parte do pacto estipulado.
Os países nórdicos apresentaram pedidos de adesão à OTAN a 18 de Maio, derrubando as suas políticas de não-alinhamento de décadas.
A Noruega é membro fundador da aliança da OTAN, que tem 30 membros e foi criada em 1949. Para um país aderir à aliança da OTAN, é necessária a aprovação unânime de todos os membros.
Separadamente na Joves, a Turquia convocou os embaixadores e os principais enviados de nove países para condenar o encerramento de vários consulados europeus em Istambul devido a preocupações de segurança.
Os Estados Unidos e várias potências europeias aconselharam os cidadãos a não comparecer a eventos de massa e evitar pontos turísticos no centro de Istambul por causa de uma ameaça terrorista intensificada.
Pelo menos sete países europeus fecharam os seus consulados em Istambul ao público em geral por precaução. O consulado dos EUA, que não está localizado no centro da cidade, permanece aberto.
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Fontes:
https://www.aljazeera.com/news/2023/2/2/turkey-summons-norwegian-ambassador-over-protest-permission
https://www.jihadwatch.org/2023/02/norway-police-ban-planned-quran-burning-protest
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A Noruega cede portanto às exigências muçulmanas da Turquia, o que, objectivamente, significa uma sobreposição da charia ou lei islâmica à democracia de um país europeu soberano. Péssimo sinal, para dizer o mínimo, sinal de que, pelos vistos, a intimidação funciona ao mais alto nível, sabotando, assim, a Liberdade no Ocidente.
Depois ainda há quem queira a Turquia na União Europeia... quando nem na OTAN deveria estar.
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