FRANÇA - PROFESSORA AMEAÇADA DE MORTE POR MANDAR ALUNA TIRAR O VÉU ISLÂMICO

Uma investigação foi iniciada após incidentes perturbadores que ocorreram. Conforme relatado pelo jornal Le Figaro no Soles, 19 de Junho, uma professora sénior (CPE) do Lycée Charlemagne no quarto arrondissement de Paris foi ameaçada de morte. O Ministério Público de Paris apresentou, portanto, uma queixa para esclarecer as circunstâncias dessas ameaças, que ocorreram após uma briga com uma estudante que se recusou a tirar o véu para participar num exame de bacharelato.
Na Joves, 16 de Junho, uma garota de um colégio parisiense foi ao Lycée Charlemagne para o exame de bacharelado francês. Ter-se-ia recusado a retirar o véu, impedindo assim a verificação de identidade que geralmente é realizada antes dos candidatos entrarem na sala de exames. Ela insistiu em usar o lenço na cabeça “apesar de várias advertências da lei (de 2004 sobre o uso de símbolos religiosos na escola, ed.) pelos funcionários da secretaria de educação que estavam presentes na recepção do exame”, conforme relatado por Le Fígaro. Diz-se que a aluna finalmente cedeu após o que foi percebido como uma troca “tensa” com o CPE.
A situação agravou-se posteriormente no Twitter. Um internauta que alegou ser parente da menina de véu acusou o funcionário do Ministério da Educação de ser “islamofóbico” depois de ela cometer actos “inaceitáveis” de “violência ultrajante”. Apagou depois os seus tweets e depois a sua conta, informou o Le Figaro. No entanto, os comentários persistiram: “Jogue fora o nome e a foto da professora”, “Que puta é essa professora”… Ameaças de morte também foram feitas. A situação lembra perigosamente o caso Samuel Paty. O professor foi criticada por mostrar caricaturas de Maomé em sala de aula. Em Outubro de 2020, foi decapitado por um islamista em Conflans-Sainte-Honorine depois de a sua identidade ser postada nas redes sociais.
Portanto, uma investigação foi aberta por “ameaças de morte”, “bullying online” e “pôr em risco a vida de outras pessoas ao divulgar informações sobre vidas privadas”, disse a promotoria de Paris ao Le Figaro. O Escritório Central de Combate aos Crimes contra a Humanidade e Crimes de Ódio (OCLCH) é responsável pela investigação. A Academia de Paris condenou as ameaças de morte e ofereceu à directora o “seu total apoio”. A autoridade havia, além disso, “tomado imediatamente todas as precauções necessárias” para garantir a segurança no Lycée Charlemagne para o resto dos exames de bacharelado.

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Fontes:
https://www.valeursactuelles.com/societe/paris-une-responsable-du-lycee-charlemagne-menacee-de-mort-apres-avoir-demande-a-une-eleve-denlever-son-voile
https://www.jihadwatch.org/2022/06/france-muslims-threaten-to-murder-teacher-for-asking-student-to-remove-her-hijab

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Esta professora teve coragem. Será devidamente protegida pelas autoridades? Serão os prevaricadores devidamente castigados e, eventualmente, postos fora do País e da Europa (era bom era...)?
Esta professora teve coragem - e os seus colegas todos, tê-la-ão também se souberem que correm risco de vida ao proceder com a correcção com que esta docente procedeu?
Bem podem os porta-vozes do sistema guinchar que há leis e coisa e tal, e que a «paranóia» da Ultra-Direita não é justificada, se casos como o de Samuel Paty se vão verificando...