terça-feira, março 29, 2022

NOVO PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA GLORIFICA O SEU PATRIOTISMO E ATACA O NACIONALISMO

O recém-eleito presidente da Assembleia da República fez hoje uma cerrada defesa do pluralismo e da tolerância, advertindo que o patriotismo só medra no combate ao nacionalismo, que apenas promete ostracismo e discrimina o que é diferente.
Esta posição foi transmitida por Augusto Santos Silva no seu primeiro discurso após ser eleito presidente do parlamento — uma intervenção que levantou a bancada socialista, que foi aplaudida em vários momentos por deputados do PSD, Bloco de Esquerda e PCP, e em que nunca se referiu diretamente ao Chega.
Numa das principais passagens do seu discurso, o ex-ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros sustentou a tese de que a língua portuguesa “é factor de construção de pátrias distintas e ao mesmo tempo o laço mais forte e perene de ligação entre essas pátrias”.
“O patriotismo só medra no combate ao nacionalismo. O patriota, porque ama a sua pátria, enaltece o amor dos outros pelas pátrias respectivas e percebe que só na pluralidade das pátrias floresce verdadeiramente a sua. O nacionalista, porém, odeia a pátria dos outros, quer fechar a sua ao contacto com as demais, discrimina quem é diferente e, em vez de hospitalidade, promete ostracismo”, contrapôs.
Após estabelecer as diferenças, o novo presidente do parlamento invocou a “incrível força” da língua portuguesa, “de tantas pátrias”, para se perceber de forma profunda que “o bom requisito para se ser patriota é não ser nacionalista”.
“Isto é, não ter medo de abrir fronteiras, de integrar migrantes, de acolher refugiados, de praticar o comércio e as trocas culturais”, completou, recebendo então uma prolongada salva de palmas.
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Agradecimentos   https://visao.sapo.pt/atualidade/politica/2022-03-29-augusto-santos-silva-afirma-que-patriotismo-so-medra-no-combate-ao-nacionalismo/

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Sintomático - um discurso pró-forma, evento da praxe, é desta feita especialmente focado no partido que todos os outros partidos odeiam. Fica bem à vista o que sempre se disse aqui, desde há uns quinze anos: o Nacionalismo é a voz que as elites mais temem porque lhes deita abaixo a pretensão de serem democráticas. Andaram os porta-vozes dessas elites anos e anos a fingir que representavam a pluralidade das opiniões populares... mas sempre tiveram medo da verdadeira opinião do Povo a respeito do ideal mais caro à elite, o multiculturalismo. 

Quanto ao conteúdo da intervenção, é o primarismo do costume quando a elite se põe a tecer considerações sobre o Inimigo - desta feita, o patriotismo é que é o bom e o Nacionalismo é que é o mau. Depois os «racistas» é que são simplistas...

Esclareça-se:
  -  Patriotismo é exaltação de um Estado soberano;
 - Nacionalismo é exaltação de uma Nação, soberana ou não, usualmente no sentido da promoção da sua soberania e, antes de mais nada, salvaguarda.
Note-se: o Patriotismo não é em si multiculturalista, mas pode facilmente sê-lo, se quem manda assim o decidir. Aliás, ao contrário do que afirma Santos Silva, o patriotismo pode ser contrário a outras pátrias, como agora se constata, brutalmente, no caso de Putin. De resto, com ou sem violência bélica, o patriotismo tem uma possibilidade aglutinante. 
Exaltando um Estado, o patriota pode nele incluir os grupos étnicos que quiser, bastando para isso que dê a alógenos os cartões de cidadania que lhe apetecer. É por isto que os augustossantossilvas adoram o Patriotismo - porque podem continuar a vender bandeirinhas ao «povinho» para os jogos de futebol ao mesmo tempo que usam o Estado a seu bel-prazer como antecâmara para a sociedade sem fronteiras nem identidades étnicas. Assim, as elites passam «subtilmente» - a subtileza da esperteza saloia - a ser donas dos Povos, porque, tendo o poder de decretar quem é ou não é cidadão, podem usá-los e misturá-los como se de bocados plasticina se tratassem.
Agitando a sua própria bandeirinha, comprada ou não «nos chineses», podem os augustossantossilva juntar-se ao «povinho» para comemorar as vitórias no desporto (de preferência com atletas de raças alógenas...), ao mesmo tempo que neutralizam ou buscam neutralizar o carácter verdadeiramente exclusivista de qualquer sentido de diferença nacional, no qual, em princípio, o Patriotismo se costumava incluir.
De qualquer forma é bom que deixe a palavra «Nacionalista» aos hostes nacionalistas para que não haja confusões - porque o que realmente interessa aos militantes do Nacionalismo, e ao povo que cada vez mais os ouve, é veicular a voz do Sangue e garantir a salvaguarda da sua estirpe contra a misturada que as elites querem impingir aos Povos.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

E por acaso o Ventura não se deixou ficar e respondeu à letra, dizendo que defende o nacionalismo:

https://www.youtube.com/watch?v=h3hxtOn8YCg

30 de março de 2022 às 09:58:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

“Isto é, não ter medo de abrir fronteiras, de integrar migrantes, de acolher refugiados,"

Faltou dizer que o que defende leva ao genocídio, extinção dos povos nativos. Extinção de parte da natureza.
Portanto isso é do pior que se pode ser e defender e só mesmo numa sociedade doente e inconsciente se glorifica os mecanismos multiracialistas da imigração e mistura que levam ao genocídio e extinção dos povos nativos europeus.

Se o que defende Augusto Santos silva fosse feito em reservas ameríndias na América do norte e sul há umas gerações então hoje não existiriam ameríndios. Isto é genocídio, extinção e portanto Augusto Santos silva está do lado errado e defende o pior que se pode defender. Mas a burrice e inconsciência fazem com que se sinta orgulhoso e defendendo o certo

30 de março de 2022 às 15:59:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

o sentido original de patria era o mesmo de nação mas perverteram pra significar mundialixo

30 de março de 2022 às 20:38:00 WEST  

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