quarta-feira, dezembro 01, 2021

SOBRE A CORÇA DE DIANA NA DEFINIÇÃO DAS RAÍZES ÉTNICAS NACIONAIS

                     

 

Plutarco (nascido em 46 - falecido em 120), biógrafo grego, conta que a Quinto Sertório, famoso militar romano, os Lusitanos ofereceram uma corça branca, corça esta que, dizia o próprio Sertório, lhe sussurrava segredos e o avisava dos perigos que corria, durante o sono, porque lhe teria sido enviada dos céus por Diana, Deusa da Lua. 
Mais de um milénio depois, Frei Bernardo de Brito (1569-1617) escreveu, na sua «Monarchia Lusitana», publicada em duas partes nos anos de 1597 e 1609, que teria sido achado, aquando da construção da Igreja de S. Luís, um epitáfio de Sertório intitulando-o «Capitão dos Lusytanos» e rogando a Diana que encaminhasse o seu corpo até aos Campos Elísios, denominação clássica do Paraíso após a morte. 
A consagração da corça, particularmente da corça branca, a Diana, é conhecida numa outra fonte clássica, o poema «Púnica» do poeta romano Sílio Itálico (n. 28- m. 103). No livro XIII desta obra refere-se a oferta de uma corça branca ao troiano Capi quando este traçava com um arado a fronteira da cidade que viria a receber o seu nome, Cápua. Esta corça era, segundo o autor, «mais branca que a neve, mais branca que os cisnes» e viria a tornar-se dócil, acompanhando sempre o seu mestre, sendo afagada pelas matronas e participando no ritual da oferta de incenso à Deusa. Mais tarde, quando a cidade foi atacada por lobos durante a noite, a corça escapou e encaminhou-se para junto do acampamento de soldados romanos. 
Um dos santuários mais importantes desta antiga cidade era o de Diana Tifatina ou Diana do monte Tifata. 
Que um dos líderes dos ancestrais de Portugal tenha tido uma ligação simbólica, até religiosa, a uma Deusa que surge noutras lendas referentes ao território português, que eventualmente constitui no contexto hispânico uma espécie de continuidade latina de uma Divindade lusitana - Nábia - e que de algum modo está presente no folclore nacional - no mito das Janas - é mais um reforço da definição identitária da Nação do extremo ocidente europeu.
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Fontes: 
https://digitalis-dsp.uc.pt/bitstream/10316.2/31567/6/22-%20espa%C3%A7os%20e%20paisagens.pdf
https://100falcons.wordpress.com/2013/03/23/a-white-fawn-whispers-to-sertorius/?fbclid=IwAR3KQBPwpNW9-59ItHrDjNQtEwzwMS2Jr9xJz_6NbowgvvPZyh7HM4-vFvM
https://en.wikipedia.org/wiki/Diana_(mythology)

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2021/09/14/ambulantes-sao-presos-em-copacabana-golpe-da-maquininha.ghtml

1 de dezembro de 2021 às 17:01:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

eu tava vendo a copa semita e assim como no voley de praia do golfo/asia vc so ve sahelianos se ate esses povos numerosos como asiaticos estao submergindo na diversidade mor dira parece que nao vai restar nada de real diversidade so monocromia dark que reds chamam de unica diversidade

3 de dezembro de 2021 às 23:50:00 WET  
Anonymous Sinais do tempo said...

https://sol.sapo.pt/artigo/754673/sandra-bullock-diz-que-as-vezes-gostaria-de-ter-a-mesma-cor-dos-filhos-seria-mais-facil

4 de dezembro de 2021 às 01:44:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Isto está bonito, está:

https://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/tiroteio-a-porta-de-discoteca-em-corroios-no-seixal-ha-um-ferido

4 de dezembro de 2021 às 14:35:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

https://i.imgur.com/bb1Pzpm.jpg

4 de dezembro de 2021 às 18:00:00 WET  

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