BÓSNIA-HERZEGÓVINA - SÉRVIOS QUEREM SECESSÃO

Os políticos sérvios deram os primeiros passos para se separarem da Bósnia-Herzegovina, de maioria muçulmana, num movimento que pode representar o retorno da violência étnica nas Balcãs.

A Assembleia Nacional da Republika Srpska - uma região autónoma de maioria sérvia dentro da Bósnia e Herzegovina - votou na Vernes para iniciar o processo de exclusão do exército, serviços de segurança, judiciário e sistema tributário da Bósnia.

A mudança é um passo substancial para a secessão completa, que corre o risco de reacender a violência étnica extrema vista pela última vez durante a Guerra da Bósnia.

Mais de 100.000 pessoas morreram durante o conflito de quase quatro anos, que viu a capital Sarajevo ser submetida a um cerco três vezes mais longo do que o cerco de Estalinegrado durante a Segunda Guerra Mundial.

Os Estados Unidos recentemente intensificaram as tentativas de colocar a região sob controle, com o The Guardian relatando que os EUA estão explorando a possibilidade de implementar mais sanções contra os Sérvios.

O líder sérvio Milorad Dodik, que já teve os seus bens congelados pelos Estados Unidos, disse que não "dá a mínima importância" às sanções, mas altos funcionários do governo Biden acreditam que são uma opção poderosa.

“Acho que vimos algumas evidências de que a influência que temos, que inclui políticas como sanções, pode ser eficaz [na] tentativa de moldar o comportamento”, disse Derek Chollet, conselheiro sénior do Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, ao The Guardian. 

Embora os Estados Unidos já tenham imposto sanções ao próprio Dodik, há relatos de inquietação entre os interesses comerciais sobre o potencial impacto de futuras medidas hostis dos EUA.

Embora a possibilidade de sanções provavelmente constitua um obstáculo para qualquer tentativa sérvia de secessão, outra dificuldade pode ser o sentimento geral contra a guerra na região.

“Acho que devemos levar muito a sério a ameaça separatista de Dodik. Ele tem sinalizado os seus objectivos há vários anos, portanto isto não surgiu do nada”, disse Jelena Subotić, uma professora de ciências políticas, ao The Guardian.

“Uma questão muito maior é se o povo da Republika Srpska o vai seguir. Uma coisa é engajar-se na retórica nacionalista, outra é pegar realmente em armas”.

Porque não deveriam os Sérvios ter permissão para se separarem pacificamente da Bósnia não foi discutido na reportagem do jornal de Esquerda.

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Fonte: https://www.breitbart.com/europe/2021/12/12/serbs-threaten-secession-in-bosnia-amid-ethnic-tensions/?fbclid=IwAR3eRBHQCOh_w76vCm9vy6euSF3tGFDpLWmA6EkQ4LAIj-PZ2NN0pW-hXHA

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O general americano que deu a cara pela decisão de construir uma Bósnia-Herzegóvina multi-étnica, um qualquer coisa Clark, disse, há vinte e tal anos, que o tempo dos Estados étnicos estava a acabar. O totalitarismo mundialista é mesmo assim, da «Direita» mercantilista à Esquerda (praticamente toda, da caviar à mais radical): a tentativa de impingir às Nações fronteiras abertas a caminho da sua diluição, o que invariavelmente origina violência a rodos, especialmente se há muçulmanos envolvidos - aliás, o próprio fim sangrento da Jugoslávia foi disso mesmo uma prova clara, quando uma força tirânica foi incapaz de continuar a forçar diferentes etnias a viverem juntas e o ódio inter-étnico acumulado ao longo de anos e anos de convivência forçada deu os resultados que se conhecem.