«COMIDA FRANCESA É EXPRESSÃO DE PRIVILÉGIO BRANCO»
Fonte: https://www.thetimes.co.uk/article/french-food-is-expression-of-white-privilege-r7zjm0djs
Sem pagar, só consegui encontrar algo sobre o artigo aqui: https://whyevolutionistrue.com/2021/06/24/unintentional-humor-of-the-day-why-french-food-is-racist-and-expresses-white-supremacy/, artigo do qual retiro os seguintes trechos:
«A comida é fundamental para a identidade francesa. O mesmo ocorre com a negação do racismo estrutural e da identidade racial. Ambos os princípios são centrais para a auto-definição da nação, tornando-os difíceis, embora sejam ainda mais importantes para pensarmos juntos. Este artigo pretende identificar uma forma de branquitude alimentar francesa (blanchité alimentaire), ou seja, o uso de alimentos e práticas alimentares para reificar e reforçar a branquitude como identidade racial dominante. Para fazer isso, desenvolvem-se quatro estudos de casos de como a lei eleva uma ficção de comida francesa/branca homogénea como superior e normativa em detrimento de formas alternativas de comer e seus comedores - a lei das indicações geográficas, merenda escolar, cidadania e herança cultural.
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A criação e defesa da ideia de uma refeição gastronómica dos Franceses implicou apagar não só a diversidade das prácticas alimentares dos cidadãos franceses entre raças e etnias, mas também entre os brancos, essencializando um suposto carácter nacional (e racial) inato. Para Ruth Cruickshank, “[o] repas gastronomique des Français procura resolver um problema percebido do declínio francês inventando uma refeição 'francesa' codificada que, além de omitir a diversidade cultural, falha em compreender como as culturas alimentares sobrevivem mantendo a sua moeda através da negociação de mudança e da acomodação de influências externas.”
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Este artigo conecta estudos críticos de branquitude e estudos de alimentos no contexto francês. Isto mostrou que o conjunto de hábitos alimentares conhecido como francês é racializado de uma forma que reforça a dominação branca. Os quatro estudos de caso examinados aqui - indicações geográficas, merenda escolar, lei da cidadania e lei do património mundial - sustentam um ideal de identidade alimentar branca, implicando que as comunidades não-brancas e não-cristãs são insignificantes, estranhas ou desviantes. A lei tem sido a principal ferramenta para moldar a produção e as escolhas alimentares, privilegiando e normalizando certas práticas alimentares e estigmatizando outras. O regime jurídico actual marginaliza as minorias raciais e étnicas em seus hábitos alimentares por meio da elevação da comida francesa branca como alimento de alto estatuto, legalmente protegido.
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Embora este artigo tenha enfocado a branquitude da comida francesa de dentro para fora, é relevante para uma compreensão mais ampla da formação da identidade racial por meio da alimentação em outros contextos socioculturais. Como tal, é apenas uma parte do que espero que seja uma série de contribuições académicas sobre a branquitude da comida francesa na França e fora da França.
(...)
Quem é Mathilde Cohen: é professora de Direito George Williamson Crawford da Universidade de Connecticut e ex-bolsista de pesquisa do CNRS. Trabalha nas áreas de direito constitucional, direito comparado, direito alimentar, raça, género e direito. A sua pesquisa concentrou-se em vários modos de privação de direitos nas culturas jurídicas de França e dos Estados Unidos. Escreveu sobre porque e como as instituições públicas fundamentam as suas decisões e a falta de diversidade judicial. Actualmente, examina a maneira pela qual os corpos codificados como femininos são alternativamente fortalecidos e desempoderados pela regulação dos materiais valiosos que eles produzem e consomem, em particular leite e placenta.
Embora este artigo tenha enfocado a branquitude da comida francesa de dentro para fora, é relevante para uma compreensão mais ampla da formação da identidade racial por meio da alimentação em outros contextos socioculturais. Como tal, é apenas uma parte do que espero que seja uma série de contribuições académicas sobre a branquitude da comida francesa na França e fora da França.
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Quem é Mathilde Cohen: é professora de Direito George Williamson Crawford da Universidade de Connecticut e ex-bolsista de pesquisa do CNRS. Trabalha nas áreas de direito constitucional, direito comparado, direito alimentar, raça, género e direito. A sua pesquisa concentrou-se em vários modos de privação de direitos nas culturas jurídicas de França e dos Estados Unidos. Escreveu sobre porque e como as instituições públicas fundamentam as suas decisões e a falta de diversidade judicial. Actualmente, examina a maneira pela qual os corpos codificados como femininos são alternativamente fortalecidos e desempoderados pela regulação dos materiais valiosos que eles produzem e consomem, em particular leite e placenta.
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É sabido que, bem ao contrário do que a autora aqui diz, há hábitos gastronómicos estrangeiros não europeus que circulam livremente em solo europeu, incluindo o da França, como é disso exemplo o couscous norte-africano. Resposta da autora a este facto: o couscous já está a ser «branco» por causa desta adopção... Significa isto que, para a autora, poder é igual a branquitude porque, ao fim ao cabo, ainda são os brancos que mandam em França... por isso, tudo o que seja identificado com brancura ou com europeidade tem de ser destruído para que o poder deixe finalmente de ser «injusto»... Mistura-se aqui a mentalidade de ódio ao poder e aos poderosos comum ao Cristianismo e ao Marxismo com o complexo de culpa branco, que é a versão secular europeia aplicada às raças do pecado original cristão.
Que esta diatribe contra a culinária francesa tenha grande eco ou não, isso conta relativamente pouco - o que é preciso, para as mathildescohens e afins, é manter acesa a chama da auto-culpabilização branca, porque tudo e mais alguma coisa, seja o que for, deve servir para lembrar ao branco europeu que ele é racista, logo, culpado, tal como, para os puritanos da Idade Média e para os católicos mais devotos que usam cilício, o castigo tem de estar sempre presente nas vidas de todos porque todos são culpados diante de Deus. É esta a natureza do veneno moral que corrói o Organismo Ocidente e para o qual só há cura com Nacionalismo integral.
Que esta diatribe contra a culinária francesa tenha grande eco ou não, isso conta relativamente pouco - o que é preciso, para as mathildescohens e afins, é manter acesa a chama da auto-culpabilização branca, porque tudo e mais alguma coisa, seja o que for, deve servir para lembrar ao branco europeu que ele é racista, logo, culpado, tal como, para os puritanos da Idade Média e para os católicos mais devotos que usam cilício, o castigo tem de estar sempre presente nas vidas de todos porque todos são culpados diante de Deus. É esta a natureza do veneno moral que corrói o Organismo Ocidente e para o qual só há cura com Nacionalismo integral.
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