quarta-feira, abril 21, 2021

GRANDE DATA SAGRADA DA ESTIRPE - PALES, FUNDAÇÃO DA CIDADE DA LOBA, SERRA DA ESTRELA

Venus Genetrix
antepassada mítica dos Romanos
Mosaico representando a cena em que Marte desce das Alturas para fecundar Reia Sílvia

Adoração de Pales, Deusa dos Rebanhos, pelo pintor flamengo Joseph-Benoît Suvée's (1743 – 1807)

A Loba amamentando Rómulo e Remo

Diz a lenda que em 21 de Abril de 753 antes da era cristã ou era comum, o latino Rómulo, irmão de Remo, filho de Marte, Deus da Guerra, e de Reia Sílvia, vestal (sacerdotisa de Vesta, Deusa do Fogo Sagrado do Lar e da Pátria), fundou a cidade de Roma, que viria a ser a capital de um dos maiores impérios de sempre, proto-fundador do Ocidente e raiz étnica - pelo menos em parte - das actuais Nações latinas, entre as quais se inclui Portugal.
Reia Sílvia era filha de Numitor, filho de Procas, rei da cidade latina de Alba Longa. O irmão de Numitor, Amúlio, tomou o poder e obrigou a filha do irmão a tornar-se vestal (sacerdotisa de Vesta) porque as vestais não podiam deixar de ser virgens e Amúlio não queria que Reia Sílvia tivesse filhos, os quais um dia poderiam reclamar o trono que Amúlio queria para si e para os seus próprios filhos.
Todavia, Reia Sílvia foi fecundada por Marte, que das Alturas desceu sobre ela e fez com que a virgem desse à luz dois gémeos, Rómulo e Remo. Amúlio ordenou que fossem atirados, mãe e filhos, ao rio Tibre, mas Tiberinus, o Deus do rio, salvou Reia de se afogar. Quanto aos filhos, foram recolhidos e amamentados por uma loba (daí a conhecida imagem da Loba que amamenta duas crianças, como se pode ver acima) sob uma figueira (a ruminalis ficus) e protegidos por um pica-pau (ambos os animais são consagrados a Marte), tendo posteriormente sido adoptados por um pastor, Fáustulo, e sua esposa, Acca Larentia, que os criaram.
Mais tarde, os irmãos colocaram o seu avô Numitor no trono e decidiram depois criar outra cidade. Remo viu seis abutres sobre o monte Aventino e afirmou que a nova urbe teria de nascer ali, mas Rómulo viu doze abutres sobre o monte Palatino e decidiu-se por esta última elevação como ponto de partida do novo Estado. Traçou por isso um sulco numa área plana, em torno do monte, dizendo «Morto será aquele que violar esta fronteira!». Como Remo troçasse do irmão e saltitasse de um lado para o outro do sulco, Rómulo matou-o. Isto é mito fundador, é lenda imortal, narrativa primordial (de alguns) dos nossos ancestrais. Por isso, o caminho do sulco de Rómulo seria o caminho que, mais tarde, os jovens solteiros romanos iriam percorrer, à volta do Monte Palatino, todos os anos, por ocasião da celebração da Lupercalia.
Soa, a muitos ouvidos, como blasfémia, isto de dizer que os Romanos são antepassados dos Portugueses, pois que, no entender popular, essa gente vinda do Lácio oprimiu aqueles que tradicionalmente nos habituámos a considerar como Os nossos avós por excelência, que são os Lusitanos. Mas é tempo de começar a perceber que a Romanidade é parte integrante da nossa etnicidade, a par ou quase a par (a tradição mítica conta muito e por isso digo «quase a par») da identidade pré-romana do povo de Viriato. O próprio facto de falarmos o Português, que é língua latina (é Camões quem explica a simpatia que Vénus, Deusa do Amor, tem pelos Portugueses: diz o vate que a Deusa, em relação à língua portuguesa, «crê, com pouca corrupção, que é latina») e não o Lusitano, do qual pouco ou quase nada sabemos, atesta a importância crucial que tem na raiz dos Portugueses a estirpe latina, romana, a da Loba e da Águia de Prata, símbolo de Júpiter transportado pelas legiões da chamada Cidade Eterna.
Somos pois Lusitano-Romanos na nossa essência, o que acaba por significar que, no fundo, somos filhos duma violação. Paciência. O filho dum violador não tem necessariamente de cometer estupros, ou sequer de aprovar o execrando acto do pai, mas também nenhuma moral sensata o obriga a suicidar-se ou a deixar-se matar só porque o seu nascimento não aconteceria caso o pai tivesse tido um comportamento decente... Do mesmo modo, mutatis mutandis, Portugal é filho dum imperialismo, mas nem por isso perde o direito à existência ou sequer à honra da ligação aos seus ancestrais pré-imperiais, isto é, os indígenas hispânicos (Lusitanos, Galaicos, Celtici, etc.). E, mesmo correndo o risco de parecer simplista, pode até dizer-se que a perda da independência lusitana, do povo de Viriato, foi de certo modo «vingada», ou compensada, pela multisecularmente posterior independência de Portugal, significando isto que a estirpe do extremo ocidente ibérico voltou, por portas travessas e com diferente voz, a ser livre na sua própria terra. Lusitanos e Romanos, de resto, acabaram por se fundir.
Além do mais, e independentemente de todas as guerras e ódios passados, o que é certo é que os Romanos pertencem à mesma família étnica que os Lusitanos, a indo-europeia. Pode pois encarar-se a vinda e conquista romana como a chegada de mais uma «tribo» indo-europeia, do mesmo modo que, a leste da Lusitânia, por exemplo, os célticos Vetões desalojaram os célticos Vaqueus. Os Romanos foram portanto um povo indo-europeu vindo do Lácio que aqui veio impor-se, a par da(s) invasão(ões) céltica(s) ou mesmo pré-céltica(s), bem como das invasões germânicas. A este propósito, é pertinente observar que, nas fileiras nacionalistas, patrióticas e não só, não se costuma lamentar as invasões germânicas como inimigas das identidades nacionais não germânicas, ao invés do que se faz com a romana (e faz-se não apenas em Portugal mas também na Grã-Bretanha, por exemplo, onde muitos acreditam que os malandros dos Romanos foram oprimir os coitadinhos dos Bretões, embora as maiores responsáveis pelo recuo e quase extermínio da Celticidade insular tenham sido as invasões germânicas dos Anglos e Saxões, antepassados directos dos Ingleses, ou em França, onde os Romanos são por vezes vistos como os grandes inimigos dos «verdadeiros franceses», isto é, dos Gauleses, enquanto os germânicos Francos como que passam impunes por esta onda de ódio a um certo passado...). A repulsa pelo invasor é exclusivamente dirigida contra os Romanos, o que pode ter muito a ver com um certo romantismo, ou seja, com a influência duradoura da corrente cultural romântica do século XIX, que exaltava o Norte brumoso e grandioso e depreciava o Sul «mesquinhamente» racionalista e luminoso.
Ora o Romantismo tem a sua beleza, um mérito muito próprio também, contribuiu grandemente para despertar a Chama Nacional, Tribal, que, como bem disse Berdiaev, dormitava desde o fim do mundo pagão, mas tem também as suas limitações, como sucede, de resto, a tudo o que é humano. Já vai sendo tempo de deixar para trás certos pontos de vista derivados de rivalidades circunstanciais e historicamente limitadas para perceber que, ao fim ao cabo, os Europeus são todos do Norte (do planeta), do Grande Setentrião, como diz Guillaume Faye, e quase todos de raiz étnica indo-europeia.
Um dos muitos testemunhos desta ligação primordial tem também a ver com o dia de hoje, no qual Roma, além de festejar a sua fundação, celebrava também a Parilia, cerimónia religiosa em honra de Pales, a Deusa Protectora dos Rebanhos. A figura da Divindade feminina protectora Cujo nome radica em Pal- será eventualmente uma das mais antigas e disseminadas do mundo indo-europeu. Na Grécia, uma das mais importantes Deusas, Atenaprotectora de Atenas, tinha nesta cidade o título de Pallas; nota-se ao mesmo tempo a semelhança (como fez Georges Dumézil) entre a romana Pales, protectora dos rebanhos, e a indiana Vispala, Deusa igualmente protectora dos rebanhos, mas em Cujo nome «Vis» significa «Tribo», «Casa». Há na Lusitânia uma Deidade Cujo nome é Trebopala, em que «Trebo» significa, em Céltico, «Tribo», «Povo», enquanto «-pala» terá o sentido de «Protecção». A lusitana Trebopala seria pois exactamente equivalente, na Sua origem e significado, à indiana Vispalacomo se pode deduzir da leitura do artigo «O Sacrifício entre os Lusitanos», da Dra. Maria João Santos Arez, bem como da tese de licenciatura do Dr. Andrés Pena Granha, intitulada «Território Político Celta na Galícia Prerromana e Medieval».

E ainda hoje a palavra «pala» é em Português usada com o sentido de protecção... «viver à pala de», é, como se sabe, «viver sob a protecção de», ou «à custa de», e constitui expressão assaz usual.
Honremos pois o nosso passado milenar, cuja raiz se oculta na noite dos tempos, mas que, seguramente, constitui a base dos principais elementos da herança nacional, a estirpe indo-europeia.
Interessa já agora lembrar o que aqui foi noticiado há poucos anos sobre a provável origem arcaica da designação  da Serra da Estrela: http://gladio.blogspot.pt/2013/05/nome-popular-da-maior-serra-de-portugal.html
As entradas dos dólmens construídos há seis mil anos em volta da maior montanha da Serra da Estrela estão todas viradas para o lugar onde, no horizonte, a estrela Aldebaran nasce em Abril, e explicam a origem do nome da mais alta serra de Portugal Continental.
(...)

Ora é particularmente interessante que Aldebaran, que, segundo Ptolomeu, é da natureza de Marte (talvez por ser vermelha, não sei) e que, de acordo com as escrituras védicas, indicou em tempos o equinócio de Outono no hemisfério norte, é particularmente interessante, dizia, que Aldebaran tivesse entre os Romanos o nome de Palilicium, em referência precisamente à Parilia acima mencionada. No fim de Abril esta estrela ver-se-ia no crepúsculo.
Fontes: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aldebar%C3%A3
https://en.wikipedia.org/wiki/Aldebaran

Significa isto que tanto os arcaicos Latinos como os ancestrais pré-históricos dos Portugueses contemplavam com particular respeito religioso o mesmo grande astro rubro, guia da grei.


18 Comments:

Blogger betoquintas said...

Essa "estirpe" da qual tanto fala é mais um romantismo teu do que fato. Roma foi fundada por diversos povos. Na fundação de Roma teve o episódio do Rapto das Sabinas. Os atuais portugueses são resultado de diversas misturas: Lusitanos, Iberos, Romanos, Godos, etc. A Espanha, quando era conhecida como Hispania, as regiões conhecidas como Tartessos e Turdetânia podem ter sido colonizadas pelos Fenícios.

22 de abril de 2021 às 19:35:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Não, a estirpe não é um romantismo meu, é um «romantismo» de todas as épocas - e a sua falhada tentativa de «desmistificação» da estirpe é só intelectualismo contemporâneo ao serviço de um ideal moderno de raiz cristã, o que, convenhamos, fica mal a um pagão.
Roma era uma mistura de Povos - com predomínio da estirpe latina, pois que era esse o seu idioma, eram latinos os seus principais Deuses e era latino o seu fundador. Roma foi sempre, até hoje, uma cidade de fundamento indo-europeu, já que, além dos Latinos, também os Sabinos, e outros Povos de Itália, eram de raiz indo-europeia. Terá de ir explicar essa conversa do «romantismo» ao Octávio César Augusto, primeiro imperador de Roma, que, há dois mil anos ou mais, dizia que não queria que, note bem, a mistura com sangue estrangeiro, destruísse a estirpe romana («Os Doze Césares», de Suetónio). Vá-lhe lá explicar que isso é uma ideia moderna nazi e que ele não poderia ter pensado isso porque há dois milénios o Hitler ainda não tinha nascido...

Quanto aos Portugueses, o grosso da sua composição genética continua a ser de origem proto-histórica e pré-romana, romana também; o elemento árabe foi superficial em tudo, aplicando-se o mesmo ao fenício, cuja real presença no actual território português é escassa e até discutível...

Isto é pois a estirpe de Portugal - Povo de raça caucasóide e língua indo-europeia latina do extremo ocidente europeu. Se deixar de ser isto, deixa de ser Portugal.

25 de abril de 2021 às 00:11:00 WEST  
Blogger betoquintas said...

Dizer "latino" nada significa em termos de unidade, tal como dizer indo-europeu [aliás, o próprio termo "indo" remete ao rio Indus, que fica entre a Índia e o Paquistão]. Octávio Augusto sabia o que em termos de genética? Absolutamente coisa alguma.
Pode negar quanto quiser, o registro histórico mostra que nós todos somos miscigenados [nossos antepassados se misturaram com neandertais], mostra que Portugal é formado por povos distintos: Lusitanos, Iberos, Romanos, Godos,, etc.
Leia o ensaio completo: https://betoquintas.blogspot.com/2021/03/progenitores-lendarios.html

3 de maio de 2021 às 15:58:00 WEST  
Blogger betoquintas said...

"Terá de ir explicar essa conversa do «romantismo» ao Octávio César Augusto, primeiro imperador de Roma, que, há dois mil anos ou mais, dizia que não queria que, note bem, a mistura com sangue estrangeiro, destruísse a estirpe romana"

Isso nunca impediu aos Romanos incorporarem em suas legiões [e em sua população] os povos que invadiram e dominaram. Tua confusão é notória, mas compreensível, considerando seu delírio romântico.

3 de maio de 2021 às 16:48:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Dizer "latino" nada significa em termos de unidade,»

Significa sim, significa, e até significa bastante - significa uma identidade étnica europeia, tal como, de resto, dizer indo-europeu, e o facto de o próprio termo "indo" remeter ao rio Indus, que fica entre a Índia e o Paquistão, não altera rigorosamente nada disto, antes pelo contrário, pois que a identidade étnica indo-europeia ainda está viva no Hindustão.
Quanto ao que Octávio Augusto sabia ou não de genética, isso não está em causa, não fuja à conversa. Você estava a dizer que «ai, isso da estirpe é um romantismo teu!!!» e, quando provei, sem apelo nem agravo, que estavas gravemente enganado, agora começaste com anacronismos a perguntar o que é que o romano de há dois mil anos sabia de genética. Ora o que ele sabia de genética era suficiente, só por si, para deitar abaixo as tuas pretensões em toda a linha. Não penses que ensinas nada ao Octávio César Augusto, que na altura dele toda a gente em Roma sabia que a cidade fora fundada por Latinos e tinha sangue sabino e etrusco. Nada disso impediu a existência da consciência de estirpe dos Romanos, tal como a converseta de que «somos muito misturados por causa dos Iberos e dos Godos e dos ...!» também não pega, por motivo análogo: independentemente das misturas, há uma identidade étnica nacional, que também é genética; o grosso da identidade genética portuguesa vem de antes do tempo dos Romanos. Portugal não é Cabo Verde - e, se passar a ser como Cabo Verde, ou como o Brasil, então deixa de ser Portugal. Olhe, já que se interessa pelo tema da genética nacional, aqui tem, aprenda:

http://gladio.blogspot.com/2014/01/dados-sobre-identidade-genetica-nacional.html?m=0

5 de maio de 2021 às 14:54:00 WEST  
Blogger Caturo said...

A tua confusão também é notória, mas não é nada compreensível, ou por outra, não é compreensível à luz da lógica porque não é nada racional, é só fanatismo puro, convicção ideológica cega - mesmo depois de te ser provado que estás enganado à força toda, mesmo assim continuas a fugir ao assunto. Claro que Roma, com o tempo, acabou por incorporar alógenos em grande quantidade, depois caiu, o que só dá razão ao Octávio César Augusto. Se a ambição imperial romana não tivesse sido tão grande, talvez Roma não tivesse deixado entrar tantos bárbaros e, assim, poderia não ter sido tão brutalmente invadida como foi, quem sabe.

5 de maio de 2021 às 15:03:00 WEST  
Blogger betoquintas said...

"...toda a gente em Roma sabia que a cidade fora fundada por Latinos e tinha sangue sabino e etrusco". em suma, concorda que eram tribos distintas, que apenas no teu idealismo romântico pertenciam a uma só identidade, a dizer "latino", que era composto de diversas tribos, provavelmente de origens diversas, de "estirpes" diversas, para que entendas.
as razões da queda de Roma podem ser por sua própria imensidão, por causas internas e até por causa do maior veneno, o cristianismo, não por "incorporar alógenos", afinal, os latinos, se considerarmos sendo oriundos dos indo-europeus, eram igualmente "alógenos", o que derruba sua enorme presunção e idealismo romântico.

6 de maio de 2021 às 15:19:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Não, derruba é a sua ignorância e militância universalista, produto da mentalidade cristã, porque o facto de os Latinos serem indo-europeus só me dá razão, porque, tenha paciência, mas pertenciam portanto à mesma grande família «árica» dos Celtas, Germanos, Baltas, Eslavos, Gregos e Arianos da Índia e do Irão... Não eram portanto alógenos porque foram eles próprios que fundaram Roma. Quanto às tribos distintas de que fala, pois logo para seu azar eram igualmente indo-europeias, pelo menos os Sabinos, os Úmbrios e os Oscos (pertencentes ao ramo italiota, tal como os Latinos). Eram portanto da mesma estirpe, sem aspas, para que entendas...
A incorporação de alógenos de diversas proveniências estranhas e exóticas não fez bem algum ao império - uma coisa, é integrar gentes similares, da mesma raiz racial, étnica, civilizacional; outra, bem diferente, é deixar entrar gentes doutros continentes e, frequentemente, marcadas por ressentimento contra os anfitriões. Razão tinha portanto o Octávio César Augusto, que, tenha paciência, já dizia o que mais te magoa, e mais magoa os cristãos (tão universalistas como tu) mesmo antes de o Hitler nascer.

8 de maio de 2021 às 16:36:00 WEST  
Blogger betoquintas said...

Não dá razão, só em teu romantismo idealista. Veja bem: dizer origem indo-europeia, como o nome diz, referência a região geográfica, a saber, bem asiática, demonstra que todos esses povos, essas tribos, essas estirpes, eram alogenas. Sua "explicação" sobre a "grande família arica" só denota ainda mais teu delírio. Novamente, insisto, Octávio estava errado, pois Roma foi fundada por diversas tribos, de diversas origens, de diversas estirpes. O teu ideal xenófobo, racista e nacionalista te iguala aos supremacistas brancos, um refugo do Nazismo, que tinha seu vínculo com o Cristianismo.

14 de maio de 2021 às 22:52:00 WEST  
Blogger Caturo said...

O nome «indo-europeu» é uma convenção como outra qualquer - um termo de base geográfica para designar uma realidade etno-linguística. Ou seja, uma identidade étnica. Dizer que vieram da Ásia ou do Polo Norte ou do Sul não interessa corno - e, já agora, a zona de origem dos ditos Indo-Europeus até está dentro do continente europeu, informe-se.
Se, quando chegaram à Europa Ocidental, eram alógenas, isso é outra história. O que é facto é que aqui se estabeleceram e passaram a constituir os autóctones. Não há por isso qualquer razão em nada do que dizes, a menos que agora queiras insinuar que há alguma população não indo-europeia que estava na Europa antes dos Indo-Europeus, dos «Árias», por assim dizer, e queiram agora recuperar o que é seu...
Não interessa qual é a tua opinião sobre o Octávio César Augusto. Ele tinha toda a razão, tu não. Ele também sabia muito mais sobre a origem de Roma do que tu... e sabia por isso que a estirpe romana, de cepa latina, já estava bem constituída desde há séculos, motivo pelo qual a adição de gentes estranhas só iria diluí-la.
Não interessa pois o que dizes da opinião do Octávio César Augusto - o que conta aqui é que mais uma vez provaste a tua ignorância ao atribuir a Hitler ou aos nazis a invenção do «racismo». Provei que, ao contrário do que pretendias, isto é uma forma de pensar antiga, natural, que só o Cristianismo veio contestar, e a tua moral anti-racista deriva precisa e exclusivamente da moral cristã, a maior desgraça que alguma vez se abateu sobre a Europa.

16 de maio de 2021 às 22:52:00 WEST  
Blogger betoquintas said...

Engana-se profundamente. Deu-se aos povos indo-europeia essa designação étnico-geografica por convenção, como diz, mas isso não diz que são de uma mesma etnia. A análise antropológica e étnica indica que os indu- eram constituídos por diversas etnias, diversas tribos, que tinham em comum a língua e a religião. A consulta a dados históricos, antropológicos e etnográficos demonstram que a Europa foi formada também por povos não indo-europeia e população alogenas, em suma, os povos que povoaram a Europa eram imigrantes e miscigenado. Octávio Augusto nada sabia de genes e etnia, impossível estar certo. A própria história da fundação de Roma mostra isso. Ao contrário do que afirma, não existia racismo na Idade Antiga, tu carece de estudo. Contestar o racismo é ser coerente com os fatos.

8 de junho de 2021 às 03:08:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Não, nada do que dizes é verdade, primeiro porque a designação étnico-geográfica é, como tu próprio dizes, étnica, logo, designa uma comum raiz étnica, como a lógica indica, segundo porque os Arianos da Índia têm mesmo uma comum origem, ainda que divirjam, naturalmente, noutros aspectos, terceiro porque a consulta de dados históricos, antropológicos e etnográficos confirma cada vez mais que a influência indo-europeia foi e é determinante em praticamente toda a Europa, independentemente de outros elementos, quarto porque a populações que estão na raiz dos actuais Europeus já não se pode chamar alógenas, porque não há nenhum nativo na Europa senão os actuais Europeus, quinto porque confundir colonos com imigrantes é sinal de fanatismo ideológico (e mediocridade intelectual), sexto, e mais importante, porque não está em causa se Octávio César Augusto sabia de etnias ou não - bem, sabia garantidamente mais da etnia romana do que tu - o que está em causa é que, ao contrário do que dizes, o «racismo» já existia na Antiguidade, sétimo porque, mais uma vez, não consegues sustentar que «contestar o racismo é ser coerente com os factos», porque, afinal, foi eu quem já provei que o anti-racismo é uma invenção moderna derivada do Cristianismo e, até ao momento, ninguém aqui - ou noutro lado qualquer que eu conheça - foi capaz de o negar. Paciência, estás mesmo enganado como pretenso pagão e militante anti-racista, é a vida.

8 de junho de 2021 às 21:58:00 WEST  
Blogger betoquintas said...

Faz-me rir Caturo. Os povos indo-europeia foram categorizado em uma etnia por convenção, não por genética. Aliás, faz-te favor de consultar melhor tuas fontes. Lendo o trecho de Suetônio citado, há de ver o termo "peregrino", o termo "estrangeiro" inexistia. Senão, o próprio Octávio Augusto seria estrangeiro, tendo nascido na Sicília. Os atuais europeus são descendentes dos imigrantes indo-europeus, povos alogenos e povos não indo-europeu, em suma, são miscigenados. Aceita que dói menos.

9 de junho de 2021 às 01:45:00 WEST  
Blogger betoquintas said...

Eu registro um erro meu: o avô de Octávio Augusto serviu na Sicilia. Eu encontrei a referência sobre Aricia, a saber, uma cidade da região do Lácio. A cultura indo-europeia é resultado da conjunção das tribos que foram, por convenção, aglutinadas como pertencentes a uma etnia, mas cultura não é algo que se transmite por genética, essas culturas assimilaram inúmeras outras culturas, no que resultou na atual cultura européia. A história de Roma desmente Octávio Augusto. Ao contrário do que alega, o racismo está presente no Cristianismo, bem como o nacionalismo. Grupos de supremacistas brancos, de direita, acalentam o antissemitismo, a xenofobia, o racismo e a homofobia que tem origem na tradição judaico cristã... ooops.

9 de junho de 2021 às 02:04:00 WEST  
Blogger betoquintas said...

Veja esse trecho de Suetônio: "Ele revisou as leis existentes e promulgou algumas novas, por exemplo, sobre extravagância, adultério e castidade, suborno e incentivo ao casamento entre as várias classes de cidadãos". Ora, se ele incentivou o casamento entre as várias classes de cidadãos, ele não parece estar pensando na "estirpe romana".

9 de junho de 2021 às 02:50:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«ele não parece estar pensando na "estirpe romana".»

Já sabes que não tens ideia nenhuma do que o Octávio César Augusto pensa, porque é que insistes? Então as diferentes classes sociais romanas não são da estirpe romana? Tem juízo (mera retórica, já se sabe que isso por aí não abunda), essa também não pega.


9 de junho de 2021 às 23:18:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«A cultura indo-europeia é resultado da conjunção das tribos que foram, por convenção, aglutinadas como pertencentes a uma etnia, mas cultura não é algo que se transmite por genética,»

A cultura não se transmite pelo ar nem cai das árvores - toda uma estrutura religiosa e linguística exige quase sempre a presença de toda uma população.


«A história de Roma desmente Octávio Augusto»

Não, confirma-a. De resto, repito, não tentes fugir com o rabo à seringa: a questão não é o que o Octávio César Augusto sabe ou deixa de saber - a questão é que, ao contrário do que dizias, a mentalidade racial já existia nessa época, como sempre existiu, em toda a história da humanidade conhecida, e a sua condenação moral é um produto exclusivo do Cristianismo. Aguenta.


«Ao contrário do que alega, o racismo está presente no Cristianismo, bem como o nacionalismo»

Não, não está. Ao contrário do que alegas, o racismo não está presente no Cristianismo e o Nacionalismo também não, como, de resto, tenho provado ao longo de mais de dezassete anos.


«Grupos de supremacistas brancos, de direita, acalentam o antissemitismo, a xenofobia, o racismo e a homofobia que tem origem na tradição judaico cristã»

Também já expliquei isso à saciedade: o Cristianismo infiltrou-se na Europa e misturou-se com o seu conservantismo, ou tradicionalismo, mas ainda hoje é verdade que se destaca claramente do racismo e do Nacionalismo - aliás, na II Guerra Mundial, a única potência ideológica que se opôs ao racismo NS foi a Igreja Católica, como também já demonstrei inúmeras vezes, das quais são exemplos eminentes estes três:
http://gladio.blogspot.com/2006/01/nacionalismo-e-politesmo-autntica_03.html
http://gladio.blogspot.com/2011/05/o-papel-historicamente-miscigenador-da.html
http://gladio.blogspot.com/2021/04/ha-apenas-uma-raca-humana-universal.html

Sois por isso dessa escola moral e mental, tende paciência.

9 de junho de 2021 às 23:35:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Os povos indo-europeia foram categorizado em uma etnia por convenção,»

Não é «por convenção», é por lógica até prova em contrário. Ter religião, cultura, língua em comum, é, à partida, ser da mesma etnia, o que depois até é confirmado pela genética, em grande medida, dada a disseminação, entre a Índia e o extremo ocidente europeu, do haplogrupo R1, por exemplo, a saber, R1A e R1B (com as suas diversas sub-clades).


«Lendo o trecho de Suetônio citado, há de ver o termo "peregrino", o termo "estrangeiro" inexistia»

Mais uma vez se constata que não tens noção nenhuma do que é contexto, pois que o termo «peregrino» significa precisamente «estrangeiro», daí que em traduções o termo seja precisamente «estrangeiro»; aliás, se assim não fosse, Suetónio não falava em proteger a «pura» (sic) estirpe romana contra a mistura com «sangue» (sic) estrangeiro ou servil:
«Magni praeterea existimans sincerum atque ab omni colluvione peregrini ac servilis sanguinis incorruptum servare populum, et civitates Romanas parcissime dedit et manumittendi modum terminavit.»
Traduzido em Inglês como:
«Considering it also of great importance to keep the people pure and unsullied by any taint of foreign or servile blood, he was most chary of conferring Roman citizenship and set a limit to manumission.
»

De tal modo que, mesmo após a libertação dos escravos (manumissão), não queria que estes pudessem adquirir a cidadania:
«Servos non contentus multis difficultatibus a libertate et multo pluribus a libertate iusta removisse, cum et de numero et de condicione ac differentia eorum, qui manumitterentur, curiose cavisset, hoc quoque adiecit, ne vinctus umquam tortusve quis ullo libertatis genere civitatem adipisceretur.
Not content with making it difficult for slaves to acquire freedom, and still more so for them to attain full rights, by making careful provision as to the number, condition, and status of those who were manumitted, he added the proviso that no one who had ever been put in irons or tortured should acquire citizenship by any grade of freedom.
»

Que tal? Parece-lhe pouco ou nada racista?...


Já agora, o Octávio César Augusto não era estrangeiro coisíssima nenhuma, não interessando rigorosamente nada se nasceu na Sicília, no Egipto ou no Polo Norte - todo o Povo sabe que um cão nascido num estábulo não é um boi e, assim, o local de nascimento nada interessa para determinar a identidade étnica do indivíduo. Octávio César Augusto era de cepa autenticamente itálica, romana - e olha, já agora, nem sequer nasceu na Sicília e sim em Roma, mas, mesmo que tivesse nascido fora de Roma, nada disso alteraria a sua identidade.

Quanto aos actuais Europeus, a sua raiz é formalmente indo-europeia e o seu sangue é caucasóide, resultando da presença de Povos que chegaram à Europa há milhares de anos. A fusão foi total e criou uma população relativamente estável na sua identificação. Por isso é que hoje os Europeus têm uma identidade étnica definida, visível a olho nu; todo e qualquer Povo Europeu está três vezes geneticamente mais próximo de outro Povo Europeu do que de qualquer Povo não europeu... Chamar-lhes «miscigenados» por isso é atirar areia aos os olhos - nenhum país da Europa é como Cabo Verde ou como o Brasil. Não há, ainda, confusões nesse aspecto, apesar dos esforços em contrário por parte de quem manda.

9 de junho de 2021 às 23:36:00 WEST  

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