terça-feira, dezembro 08, 2020

SOBRE A AGRESSIVIDADE DOS MÉ(R)DIA ANGLO-SAXÓNICOS CONTRA A FRANÇA «RACISTA»

O Financial Times nunca entendeu como está a França a lidar com o terrorismo extremista muçulmano e com a luta do país pela liberdade de expressão. Depois do massacre ocorrido na redação da revista Charlie Hebdo em 2015, Tony Barber escreveu no Financial Times que os jornalistas e chargistas massacrados eram uns "labrostes". O artigo foi depois modificado.
Recentemente, na mesma linha, aconteceu de novo. O jornal britânico retirou um artigo sobre as políticas anti-islamistas do presidente francês Emmanuel Macron. A matéria de Mehreen Khan: "a guerra de Macron contra o separatismo islâmico divide ainda mais a França", apareceu na versão online do jornal e também foi retirada. O artigo argumentava que, após duas decapitações em Yvelines e Nice, Macron precisaria de seis milhões de muçulmanos do país para erradicar o extremismo violento, mas em vez disso, optou por alimentar o "pânico moral". Indubitavelmente, postulava o artigo que, se há ataques islamistas na França, é porque o presidente está procurando sarna para se coçar.
O próprio Macron pensou em dar uma lição de moral ao Financial Times. "Quem poderia imaginar que as declarações feitas publicamente pelo presidente de um país membro do G7 poderiam ser distorcidas por esta organização mediática?" escreveu Macron: "A matéria fez mau uso das minhas palavras, trocando 'separatismo islâmico', termo que eu nunca usei, por 'separatismo islamista', que é uma realidade no meu país. O artigo acusou-me de estigmatizar os muçulmanos franceses para fins eleitorais e de fomentar um clima de medo e desconfiança em relação a eles".
Macron passou então a acusar os média anglófonos de não entenderem o que está a acontecer nos subúrbios franceses: "Desde 2015 isto ficou patente, eu já me referia a isso antes mesmo de ocupar o cargo de presidente, que há solo fértil para a formação de terroristas em França. Em certos distritos e na internet, grupos ligados ao Islão radical estão a ensinar o ódio à república aos nossos filhos, exortando-os a não respeitarem as leis do país. Foi a isto que chamei "separatismo" num dos meus discursos. Se não acreditam em mim, leiam as postagens nas redes sociais sobre o ódio ventilado em nome de um Islão distorcido que acabou na morte de Paty. Dêem uma volta nos bairros onde as meninas de três ou quatro anos vestidas de burca, separadas dos meninos já muito novinhas, separadas do restante da sociedade, criadas no ódio aos valores da França".
É a primeira vez que um presidente francês ataca os média anglófonos dessa maneira e Macron tinha motivos de sobra para tanto. Na realidade, o que escreveu foi o artigo que os colunistas do Financial Times deveriam ter a coragem de escrever e seus redactores de publicar. Este tipo de extremismo religioso também já causou muitas vítimas nas ruas de Londres.
Noutra entrevista publicada online pelo Le Grand Continent, Macron atacou "a manipulação da história" daqueles que querem encarcerá-lo "no campo daqueles que não respeitam as diferenças". "Sou a favor do respeito pelas culturas, pelas civilizações, mas não vou mudar a minha lei só porque causou espanto noutros lugares", salientou.
Esta também é uma das grandes diferenças entre os veículos dos grandes média franceses e americanos; no caso dos americanos, alguns aparentemente até gostariam de mudar a data de fundação dos Estados Unidos. O "Projecto 1619" do New York Times poderia servir de Prova Documental A, desta nova "manipulação da história".
Macron planeia combater o "separatismo islamista". Ainda não sabemos se o projecto do presidente francês dará certo, é legítimo duvidar da sua real eficácia no que tange deter a desintegração da sociedade francesa que está a ser dirigida pelo comunitarismo extremista que alimenta o terrorismo. Ainda assim não temos o direito de acusar a França de racismo e "islamofobia", a exemplo dos média anglófonos que a acusa de modo obsessivo. Parece que todos os média americanos resolveram culpar a vítima pelos ataques terroristas.
Segundo o Le Monde, Macron destacou em recente reunião do gabinete: "o alinhamento com o multiculturalismo americano é uma concepção do pensamento derrotista... O nosso modelo é universalista, não multiculturalista...Ninguém deveria dar a mínima se alguém é negro, amarelo ou branco. Em primeiro lugar, eles são cidadãos...." Ao que tudo indica, o multiculturalismo em França acaba a chafurdar nas "zonas proibidas".
Na sequência, Macron arranjou uma entrevista com o The New York Times para criticar os média anglófonos: "de modo que, quando vejo, neste contexto, inúmeros jornais que, creio eu, são de países que têm em comum os nossos valores, jornalistas que escrevem num país que tem como legado o Iluminismo e a Revolução Francesa, quando os vejo a legitimar essa violência, dizendo que o cerne do problema é que a França é racista e islamofóbica, digo que os princípios dos fundadores se foram pelo ralo".
Na Vernes, 16 de Outubro, um muçulmano extremista decapitou o professor Samuel Paty em Conflans-Sainte-Honorine. A manchete do The New York Times no seu artigo sobre o ataque dizia: "Polícia Francesa Dispara e Mata o Homem após um Ataque Fatal com Faca no meio da Rua". Parece que os média anglófonos vivem num mundo alheio à realidade, alicerçada na perseguição e caça imaginária, procurando chifre em cabeça de cavalo, vêem racismo onde ele não existe, sequer sabem que palavra usar quando ele aparece nas ruas de França para decapitar um professor.
A Associated Press viu-se imediatamente debaixo de uma avalanche de críticas. A agência de notícias cancelou, de novo, um tuíte que acusava a França de "incitar" ao ódio contra os muçulmanos após a onda de ataques terroristas islamistas que o país tinha acabado de sofrer.
"Isto não é só execrável, é perigoso", respondeu a jornalista Agnès Poirier. "A Associated Press está a incitar ao ódio contra a França, contra o Povo Francês." Também acusou os média americanos de "distorção mal-intencionada dos factos, ignorância e má-fé".
Em 2015, a Associated Press foi rápida como rastilho de pólvora para fazer uso de uma espécie de patrulhamento ideológico em relação às charges islâmicas da revista Charlie Hebdo. O motivo? "Provocação deliberada". Obviamente não faz ideia do que significa liberdade de expressão e, ao que tudo indica, não está interessada em defendê-la.
O Politico também entrou na dança, apagando o seguinte artigo opinativo: "a perigosa religião francesa do secularismo", do sociólogo francês Farhad Khosrokhavar. Na sequência, o Politico pôs-se a publicar uma carta de Gabriel Attal, porta-voz do governo francês, que acusou Khosrokhavar de "uma inconcebível inversão de papéis de agressores e agredidos".
Quando ocorreu o massacre à Charlie Hebdo em 2015, os veículos dos média anglófonos efectivamente não mediram esforços para ocultar e censurar as caricaturas de Maomé. As grandes redes americanas (CBS, NBC, MSNBC, ABC e CNN) recusaram-se a mostrar as caricaturas. O Facebook bloqueou o site francês Le Point para evitar o acesso aos desenhos ofensivos. A Sky News interrompeu uma transmissão ao vivo para não as exibir. Foi quando a covardia dos média americanos começou realmente a mostrar a sua cara: na crise das caricaturas dinamarquesas de 2006. Os únicos veículos de média que se rebelaram contra a auto-censura foram The Weekly Standard, Free Inquiry e The Western Standard de circulação extremamente limitada.
No pequeno jornal Seattle Weekly a repórter, Molly Norris, em solidariedade para com os idealizadores ameaçados do desenho animado da tv "South Park", desenhou uma caricatura do profeta do Islão. Teve de se esconder devido às ameaças de morte. O último artigo de jornal que apareceu sobre ela dizia: "vocês já devem ter percebido que a coluna de Molly Norris não mais consta na edição desta semana. Isto porque Molly desapareceu... a conselho dos especialistas em segurança do FBI, ela irá mudar de residência e também de nome...".
Seria necessário pesquisar muito para encontrar uma única voz defendendo Norris em todos os grandes média americanos.
O New York Times flagrantemente, em nome do "respeito" pela fé muçulmana, censurou as caricaturas de Maomé da Charlie Hebdo, mas defendeu o trabalho de Chris Ofili "A Santa Virgem Maria," na qual a mãe de Jesus está coberta de fezes e imagens de órgãos sexuais. Os média americanos, ao que parece, "respeitam" única e exclusivamente o Islão. A pergunta que não quer calar é: será que os média americanos esperam alguma reciprocidade?
Gilles Kepel, estudioso francês do extremismo islâmico, salientou recentemente que o clima na França de hoje lembra-lhe a época da fatwa iraniana (decreto religioso) de 1989 que ordenava o assassinato do escritor Salman Rushdie devido à sua obra de ficção Os Versos Satânicos. Já naquela época, os média anglófonos e as editoras culpavam a vítima, não os aiatolás. Entre os colegas de Rushdie, Roald Dahl, autor de best-sellers infantis, disse que ele era um "perigoso oportunista"; já o rei das histórias literárias de espionagem, John Le Carré, chamou a Rushdie "arrogante", "hipócrita" e "colonialista". 
A Joia de Medina, um romance da escritora americana Sherry Jones sobre a vida da terceira esposa de Maomé, foi comprado e retirado da venda pela editora norte-americana Random House. A Yale University Press publicou o livro As Caricaturas que Abalaram o Mundo, de Jytte Klausen, só que sem as caricaturas. "A capitulação da Yale University Press às ameaças que ainda nem tinham sido feitas foi o último e talvez o pior episódio da gradativa rendição ao extremismo religioso, particularmente o extremismo religioso muçulmano, cujos tentáculos invadem a nossa cultura", ressaltou o já falecido Christopher Hitchens
E também, como esquecer a vergonhosa lista de "extremistas anti-islâmicos", publicada pela Southern Poverty Law Center? Nela constavam Ayaan Hirsi Ali, ex-membro do parlamento holandês e a mais famosa dissidente do mundo islâmico e Maajid Nawaz, muçulmano britânico que lutou contra o radicalismo e com resultados positivos o Southern Poverty Law Center. 
O Primeiro Ministro do Canadá Justin Trudeau criticou recentemente a Charlie Hebdo e declarou que a liberdade de expressão "tem limites". Trudeau, para ser franco, não é Charlie. Ele é adepto do comunitarismo que endossa os direitos de grupos, não um liberal que endossa os direitos do indivíduo. 
Os média americanos estão cansados de saber o que está a acontecer em França. Vêem um professor decapitado por ter mostrado desenhos islâmicos e por ter debatido sobre a liberdade de expressão, jornalistas sob protecção policial por criticarem o islamismo extremista, massacres em igrejas; secessão em bairros com um grande número de imigrantes e a ameaça que o Islão político jogou no colo da cultura e democracia europeias. No entanto, aparentemente, receosos de serem chamados "racistas" e não de serem assassinados, como Samuel Paty, que optam pela auto-censura. Para não parecerem covardes, chamam a isso "respeito". 
Lamentavelmente, a cultura anglófona está sendo engolida, aos poucos, de modo sistemático, pela "indústria da diversidade". Se o vilão é por definição branco, da cultura ocidental, logo, os muçulmanos têm de ser as vítimas do colonialismo, velho e novo. Não é por acaso que, em nome da "diversidade", no ano passado os média americanos andaram a alfinetar jornalistas como James Bennett e Bari Weiss, que se demitiram do New York Times.
Na guerra jihadista contra o Ocidente, a imprensa anglófona, agora famosa por "cancelar a cultura", abandonou as fileiras. É uma vergonha. Essa guerra contra o Ocidente já estava em andamento há quase vinte anos, quando dois aviões apareceram nos céus de Manhattan.
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Giulio Meotti, Editor Cultural do diário Il Foglio, é jornalista e escritor italiano.
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Fonte: https://pt.gatestoneinstitute.org/16805/midia-ataques-terroristas-franca

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Que o grosso da elite me(r)diática «mainstream» tem como religião o Anti-racismo, já é sabido há muito e há muito se observa precisamente neste tema. Quando se começaram a ver jornalistas e «adjacentes» a manifestar o seu desagrado pelas caricaturas de Maomé, tudo ficou bem à vista - o nicho por excelência dos «irreverentes», dos «espíritos críticos» e jovens, que tradicionalmente se orgulhavam de fazer troça «da Religião» (a cristã, obviamente), começou de repente a mostrar muito «respeito» por uma religião, que «surpresa» do camandro - pudera, o Anti-racismo, versão laica e «agnóstica» do Cristianismo, manda amar o Amado Alógeno com amor incondicional e, por extensão, manda também amar tudo o que diga respeito ao seu Querido Alienígena, incluindo, eminentemente, a religião muçulmana, historicamente inimiga do Ocidente, e por isso mesmo incondicionalmente adorada pela Inquisição Anti-Racista, reflexo moral laico do mandamento cristão de dar a outra face e amar o inimigo. Percebeu-se então que o desprezo que tal «gente» votava ao Cristianismo, era afinal o desprezo, não para com uma religião em concreto, ou uma determinada moral, mas sim para com a «nossa» tradição, só por ser «nossa», do povo, das avozinhas, das aldeias e tal e coisa. O irónico da coisa é que o Cristianismo tem afinal uma raiz universalista, pelo que nunca pôde, com lógica, ser verdadeiramente étnico ou nacional, mas foi e é tido como tal, daí a sua defesa por parte da maioria dos conservadores; daí, também, o facto de constituir um dos alvos predilectos da Esquerda intelectual em geral. Este desprezo esquerdista pelo Cristianismo é, no final de contas, uma nova extensão do desprezo de classe, nomeadamente de urbanos sofisticados e de níveis sócio-culturais elevados contra o «povinho»; constitui, também, uma versão intelectualizada e laica da repulsa cristã - dos primeiros cristãos, gente desenraizada - por tudo o que é tradicional e propriamente étnico. Um Cristo que viesse à terra neste momento e tivesse de decidir entre, 
 - por um lado, uma população conservadora, etnicamente (ainda) bem diferenciada, ciosa do que é seu, agarrada ao formalismo religioso dos ancestrais, 
 - e, por outro, uma chusma de urbanos desenraizados amantes do Alógeno, ansiosos por abrir portas, braços e pernas à imigração do terceiro-mundo e crítica das tradições religiosas ancestrais, frequentemente descrente e «agnóstica», mas também, muitas vezes, simpatizante de «espiritualidades» sofisticadas e abrangentes (salganhadas espirituais),
facilmente se decidiria a apoiar a segunda, logo ele, que curou num sábado, que mandou amar sem fronteiras e que disse, ou «mandou» dizer, que «Nele» não haveria nem judeu nem grego...
Discordo, por tudo isto, do antepenúltimo parágrafo do artigo do jornalista italiano: parece-me que é menos por medo dos muçulmanos (embora isto também tenha o seu peso) do que por fanatismo xenófilo que os «jornalistas» ou chibos informadores dos grandes mé(r)dia simpatizam, aberta ou implicitamente, com a hoste muçulmana.
Quanto à atitude de Macron, quase faz rir quando diz que o seu modelo não é o multiculturalista e sim o universalista, como se não fossem ambos duas versões do mesmíssimo universalismo - o estilo franciú é só o «tipicamente latino», de obrigatoriedade de seguir a cultura do País, como se isso impedisse a frutificação, por baixo e dos lados, das culturas alógenas, assim que o número de alógenos seja suficientemente grande para isso. O resultado está bem à vista: o seu modelo universalista está a transformar o seu país no melhor candidato europeu do momento para que no seu solo surjam Estados dentro do Estado. É assim a imigração em massa do terceiro-mundo: a partir do momento em que passa a fronteira, o resultado dá sempre merda, quer se «integre» de uma maneira quer se «integre» de outra maneira qualquer.


1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Só numa sociedade muito doente os média e governo vêem gabar se que defendem multiculturalismo ou universalismo ou seja o genocídio do povo nativo.
Na Europa, Austrália tudo bem. Nas reservas ameríndias do Brasil e América e k não. Ai muito respeitinho pela cultura e raça e não vamos ocupar o seu território. Respeito por eles e k vivam só entre eles

9 de dezembro de 2020 às 21:31:00 WET  

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