quarta-feira, julho 29, 2020

QUANDO A ELITE «COMEÇOU» A IMPOR UMA VERSÃO DE MULTI-RACIALISMO AO POVO

Desde quando é que as elites cá do burgo andam a querer convencer o povo a não ser racista? «Ai, foi com o 25 de Abril!!!!!», gritarão tanto os conservadores salazaristas ingenuamente patriotas, por um lado,  como o anti-racistame, por outro. Mas não, não foi.

Vejamos o que se lê neste artigo, «Gilberto Freyre e a intelligentsia salazarista em defesa do Império Colonial Português (1951 - 1974)», ao qual se pode aceder nesta página https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-90742009000100016&lang=pt (texto a itálico):

«Alguns anos mais tarde, com as teses do lusotropicalismo já disseminadas, o CEPS de Adriano Moreira adoptaria também o procedimento das excursões ao Império (Freyre organizaria o mesmo no Nordeste Brasileiro, com as missões de estudos do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, promovidas nas décadas de 1950 e 1960). Em 1957, o CEPS promoveu "três missões de estudo para a realização de inquéritos directos nas províncias ultramarinas" (CASTELO, 1998: 103-105). Mas, ao contrário do que se esperava, nessas missões os pesquisadores acabaram por constatar o que lhes parecia impossível: os colonos portugueses eram racistas! Ainda assim, e mesmo com os factos negando o modelo luso-tropical de civilização, os pesquisadores do CEPS apontaram logo a solução: "a solução passa pela reeducação dos colonos que já vivem no território e pela selecção de futuros colonos" (CASTELO, 1998: 103-105). Os factos calavam a mitologia.»

Ontem, como hoje, a elite universalista tenta impingir ao povo o anti-racismo e uma versão do mundialismo, o que de resto corresponde à actuação de todos os blocos universalistas de todas as épocas conhecidas. A própia lógica messiânica e anti-fronteiras do universalismo em si acaba por a isso levar, uma vez que sobrepõe o seu conceito de bem universal e moralmente «óbvio» a toda a noção de espaço exclusivo de um Povo ou de uma Nação. É com tudo isto que o Nacionalismo coerente, entenda-se, o Nacionalismo etnicista, rompe automaticamente, só por ser o que é. 

2 Comments:

Anonymous pvnam said...

PARA A ELITE ECONÓMICA O NACIONALISTA EUROPEU CONTINUA IGUAL:
- UM IDIOTA ÚTIL DESCARTÁVEL.
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-» No passado, a elite económica apoiou o nacionalista europeu... porque o nacionalista europeu era útil às suas negociatas.
-» No presente, a elite económica tirou o tapete debaixo dos pés do nacionalista europeu... porque o nacionalista europeu deixou de ser útil às suas negociatas.
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O NACIONALISTA EUROPEU NÃO SE PODE QUEIXAR:
- o nacionalista europeu fez muitos trabalhos de mercenário anti-Identidade: o seu trabalho nas Américas, na Austrália, (povos autóctones foram, inclusive, alvo de holocaustos massivos), não foi um trabalho nacionalista... mas sim... um trabalho mercenário anti-Identidade ao serviço de interesses económicos;
- mais, quantas guerras desencadeou o nacionalista europeu... que foram servir precisamente... interesses económicos que estavam interessados em fazer as mais diversas negociatas no caos da guerra: foram muitas!...
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Adiante:
Os Identitários Separatistas não estão interessados nem nos tiques-dos-impérios dos nacionalistas nem na agenda da elite económica, isto é, ou seja:
- Todos Diferentes, Todos Iguais... isto é: todas as Identidades Autóctones devem possuir o Direito de ter o SEU espaço no planeta --»» INCLUSIVE as de rendimento demográfico mais baixo, INCLUSIVE as economicamente menos rentáveis...
Os 'globalization-lovers', UE-lovers., etc, que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa.
-» blog http://separatismo--50--50.blogspot.com/

3 de agosto de 2020 às 14:43:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Só existe um nacionalismo o etnicista identitário.

Mas já agora fontes brasileiras não me parece credível, sinceramente. Eles estão sempre a querer projectar a salganhada que são para cá

4 de agosto de 2020 às 02:24:00 WEST  

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