terça-feira, maio 12, 2020

PNR DENUNCIA IMIGRAÇÃO COMO «SOLUÇÃO» ECONÓMICA E POPULACIONAL

Um dos problemas clássicos da filosofia é o do Navio de Teseu, que remete para a identidade. O Teseu tinha um barco. Ao longo do tempo o Teseu foi tendo de substituir as tábuas que se iam estragando, até que chegou o dia em que todas elas eram diferentes das originais. O problema que se coloca é o de saber se o navio é, ou não, o mesmo.
Podemos perceber isto de outra maneira.
A aldeia do sr. Gervásio tinha 50 habitantes. Ele tinha uma exploração agrícola e dizia que precisava de mão-de-obra, mas que ninguém queria trabalhar. Quando lhe diziam que pagava pouco, respondia que não podia dar mais. Além disso, afirmava que a aldeia estava a ficar despovoada. Se não viesse juventude de fora a aldeia acabava e ninguém trataria dos velhos, daí a uns anos.
Lentamente, foram chegando pessoas de outros lados. Tinham costumes diferentes, mas não parecia haver problema. Até porque, por enquanto, eram poucos. Havia quem andasse contente. O sr. Luís até dizia que não tinha nada contra estes forasteiros. Trabalhavam e acrescentavam valor à economia. Dizia ele que “vinham por bem”. A dona Suzete, por sua vez, recordava que também havia gente da aldeia que tinha ido para fora.
Com o tempo, o número de forasteiros aumentou. Foram-se tornando mais do que os locais. Alguns anos depois, eram a totalidade da povoação. A aldeia continuava a ter o mesmo nome. Mas era ainda a mesma aldeia? É tão simples como isto.
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Fonte: http://www.pnr.pt/2020/05/o-navio-de-teseu/

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Na pior das hipóteses, deve dizer-se como dizia o outro - «não sei por onde vou, mas sei que não vou por aí».
Sucede que, de resto, até há boas alternativas - não apenas o apoio à natalidade nacional, mas também, sobretudo, a aceleração da automatização do trabalho e instituição de um rendimento universal individual para quem vivesse doravante sem emprego, duas medidas que, se já estivessem a ser aplicadas, muito reduziriam, para já, as maleitas causadas pela actual pandemia de covid-19. Nada mais óbvio.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

https://www.dn.pt/pais/filhos-de-imigrantes-que-vivam-em-portugal-ha-um-ano-poderao-ser-portugueses-12181971.html?fbclid=IwAR24LpK1lsdLBykTgfhK5uBluyG8oYX3whPnzLd0ZZO-rWPtv8jK-HgeJgc

Espero que pelo menos este post passe pelo crivo da censura deste blog.

12 de maio de 2020 às 20:43:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

A comparacao nao e muito feliz. Ao substituir as tabuas de madeira por novas tabuas de madeira, é o mesmo produto, mesma raça. Ja substituir a aldeia por povos geneticamente diferente é mais como ir tirando as tabuas de madeira e meter tabuas de metal. Nao tem nada a ver.

13 de maio de 2020 às 01:39:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Portugueses retardados,querem ser transformados em um novo bostil.

15 de maio de 2020 às 18:49:00 WEST  

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