DIA «DE S. TORQUATO» - DATA DE ORIGEM POSSIVELMENTE PAGÃ USURPADA PELA CRISTANDADE
Maio é, no calendário cristão, um mês em que se celebra S. Torquato... o que poderá eventualmente esconder uma data pagã, anterior, ou não fosse verdade que o Cristianismo usurpou quanto pôde das celebrações pagãs. No caso da figura de S. Torquato em si, é mister recordar o que já aqui tinha sido citado e se encontra nesta página: http://www.lavozdegalicia.es/hemeroteca/2003/02/01/1464657.shtml?idioma=galego
(foi citado aqui: http://gladio.blogspot.pt/2009/09/dois-santos-populares-que-escondem.html)
Ladislao Castro sinala que a figura de San Brais - un bispo armenio martirizado en tempos do emperador Diocleciano, segundo as crónicas dá Igrexa- ofrece bastantes semellanzas con San Torcuato, outra figura tradicional que é obxecto de culto popular en diversos lugares de Galicia e do norte de Portugal e ó que tamén se atribúen poderes curativos. Ambos os personaxes «parecen ir paralelos e ás veces substitúense», explica ou historiador. En certas representacións antigas, os dous santos teñen ou torque como atributo e ou propio nome de Torcuato significa etimoloxicamente «portador do torque».
As dúas figuras, en opinión do prehistoriador ourensán, parecen estar relacionadas directamente cunha divindade do panteón castrexo, chamada Bandua. Na localidade ourensá de Santa Comba de Bande, onde tamén hai un culto tradicional a San Brais, vos arqueólogos atoparon unha ara ou altar dedicada a este deus adorado polos habitantes dous castros prerromanos, que seguiu recibindo culto despois dá romanización de Galicia. Ou soado arqueólogo Florentino López Cuevillas, por outro lado, sinala que ou deus Bandua tamén debeu de ser obxecto de culto non castro ourensán de San Cibrán das, situado cerca dun lugar que se chama Couto de San Trocado. Este último nome é unha variante popular de Torcuato presente en diversos lugares de Galicia.A teoría de Castro é que tanto San Brais como San Torcuato herdaron en parte as funcións e vos atributos do deus Bandua, que probablemente tamén tinga virtudes curativas e ó que se lle debían de ofrendar torques.
Fundo de pátera em honra de Band Araugel, exposta no museu de Badajoz e de significado ainda hoje pouco claro, mas representando eventualmente uma Divindade protectora da comunidade |
Outro tópico com rico texto sobre Bandia foi este: http://gladio.blogspot.pt/2011/02/bandua-protectora-da-comunidade.html
Ainda outro texto de excelente conteúdo e valor especulativo é http://despertadoteusono.blogspot.pt/2011/11/echtra-nerai-bandua-o-samhain-e-o.html, este doutro blogue, no qual, com citações de Blanca Albalat e André Pena Granha, se traça um provável perfil da Divindade em questão: um Senhor dos Laços, Deus de Guerreiros e do Além, à maneira arcaica indo-europeia, equivalente lusitano-galaico do celta Ogma/Ogmios e, também, do germânico Odin. Este aspecto, de Senhor dos Laços, a saber, das correntes que prendem - por lealdade e/ou por poder mágico, tanto mantendo coeso o grupo como, por outro lado, paralisando os inimigos - poderá estar expresso nesta figura de marfim, data do século I-II d.c., peça de jogo de estratégia encontrada nos restos do acampamento romano de Aquis Querquernis (Banhos de Bande é o nome actual, a fazer lembrar o carácter termal do Deus...), que representa um guerreiro com uma corda ao peito, evocando provavelmente a característica da atadura:
Aproveito para recomendar vivamente uma visita ao Museu Nacional da Arqueologia para ver de perto a pátera de Band Araugel na exposição «Lusitânia Romana - Origem de dois Povos».
8 Comments:
Pra quê tanto orgulho de raça e nacionalidade se estamos todos condenados à morte? ☹️☹️
https://www.mexicodesconocido.com.mx/los-mexicas-venian-de-rusia.html?fbclid=IwAR2QnrnnSZu3zPTHxZ4w3-pZUXuCoWnYmkPcH4vair1KbVgLGPo8EvG1Mhs
https://www.publico.pt/2020/05/21/sociedade/noticia/ultimos-56-requerentes-asilo-deixaram-base-aerea-ota-1917499
Publica, não censures.
«Pra quê tanto orgulho de raça e nacionalidade se estamos todos condenados à morte?»
É o mesmo que perguntar «pra quê tomar banho se nos vamos sujar outra vez?»...
Porque isso também pertence às próximas gerações.
Mas não veremos nada disso. Com a morte vamos desaparecer, para sempre(porque provas de vida após a morte é que não há).Só crença,palavras em livros de ficção.. nada mais
Quando penso nisso, tudo perde o sentido. É terrível pensar que nossa existência é inútil. Muita luta para nada :(
Não veremos nada disso? Vemos o que fazemos e sabemos que estamos a fazer o melhor que podemos, isso em si é já recompensa. Acresce que em termos práticos há uma compensação muito jeitosa para quem conseguir manter tão branco quanto possível o seu País...
Quando morrermos desaparecemos para sempre? Não sabemos - se não há provas conclusivas da vida além morte, também não as há da inexistência da alma. Mais: se não houver vida além morte, provavelmente nunca o saberemos, porque, se não há vida, então também não há consciência, e, se não há consciência, não podemos saber... logo, só podemos descobrir que há vida além morte, não podemos descobrir que não há. Entretanto, há vários sinais sólidos de existência do ser após a sua morte material, mas isso logo se vê...
A nossa existência é inútil? Se for prazerosa, já é, em si própria, bem boa
Eu cá vejo as próximas gerações de portugueses.
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