terça-feira, fevereiro 11, 2020

ESCÓCIA PODERÁ TER REFERENDO MESMO SEM AUTORIZAÇÃO DO GOVERNO INGLÊS

A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, admite realizar um referendo sobre a independência sem o consentimento do governo de Boris Johnson, mas apenas se for considerado juridicamente legítimo por tribunais, disse esta Martes em Londres.
«Sempre disse que o processo deve ser legítimo e legal. É importante para assegurar que o resultado a favor da independência possa ser reconhecido internacionalmente e pela União Europeia (EU)», afirmou, num encontro com membros da Associação de Imprensa Estrangeira.
Porém, não rejeita que a certa altura a Escócia possa “tentar ultrapassar esse impasse”, testando junto dos tribunais escoceses a questão se o parlamento escocês tem a capacidade de organizar um referendo legal sobre a independência sem a autorização do governo britânico.
«Não é a minha primeira opção. Mas se fosse decidido por um tribunal que o parlamento escocês poderia organizar um referendo sobre a independência sem o consentimento de Westminster, então já não seria um referendo ilegal», vincou a líder do Partido Nacional Escocês (SNP).
Em 2014, 55% dos eleitores na Escócia votaram contra a independência num referendo e apenas 45% a favor.
O SNP argumenta que a situação mudou devido ao ‘Brexit’, rejeitado por 62% dos escoceses no referendo de 2016, contrariando a tendência nacional de 52% a favor da saída do Reino Unido da UE.
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Fonte: https://executivedigest.sapo.pt/primeira-ministra-escocesa-admite-referendo-sobre-independencia-sem-autorizacao/

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Eventualmente os britanistas ou os ingleses que vivem na Escócia não se aperceberam que não podiam ter sol na eira e chuva no nabal... ou então confirma-se que o Brexit foi de facto algo muito inglês, nem escocês nem irlandês, se calhar nem galês, mas sim, especificamente, inglês, o que faz da Inglaterra uma das três nações germânicas fora da UE, enquanto todas as nações célticas e latinas continuam dentro (se Gales não saísse com a Inglaterra)... independentemente de toda e qualquer leitura que se faça do caso, confirma-se que a UE continua a levar água ao moinho do Nacionalismo europeu, em direcção a uma Europa das Nações.