TAMBÉM ISRAEL REJEITA ASSINAR PACTO GLOBAL PARA AS MIGRAÇÕES DA ONU
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou hoje que Israel não vai assinar o pacto global para uma migração segura, regular e ordenada promovido pela ONU, documento que deverá ser adoptado em Dezembro numa cimeira inter-governamental em Marrocos.
"Dei instruções ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para não assinar o Pacto Global para as Migrações. Estamos empenhados em vigiar as nossas fronteiras contra a chegada de migrantes ilegais. É isso que temos feito e é o que vamos continuar a fazer", referiu o chefe do governo israelita, citado num comunicado divulgado pelo seu gabinete.
Israel junta-se assim a outros países que já anunciaram a rejeição deste pacto global, como os Estados Unidos (o primeiro país a fazê-lo), Hungria, Áustria e República Checa.
O Pacto Global para as Migrações deu os primeiros passos em Setembro de 2016, quando os 193 membros da Assembleia-Geral da ONU adoptaram por unanimidade a chamada "Declaração de Nova Iorque".
Em Dezembro de 2017, o Presidente norte-americano, Donald Trump, decidiu retirar os Estados Unidos deste pacto da ONU não vinculativo, alegando então que o acordo era "incompatível" com a política da actual administração norte-americana.
Após 18 meses de negociações, o texto do documento foi finalizado e aprovado, em Julho último, pelos países-membros da ONU, à excepção dos Estados Unidos.
O documento deverá ser formalmente adoptado numa cimeira inter-governamental em Marraquexe, agendada para 10 e 11 de Dezembro deste ano.
O pacto global, classificado pelas Nações Unidas como uma "conquista histórica", elenca um conjunto de princípios, como por exemplo a defesa dos direitos humanos, das crianças imigrantes ou o reconhecimento da soberania nacional.
O documento inclui uma série de medidas para ajudar os países a lidarem com as migrações: melhor informação, melhor integração e troca de conhecimentos, entre outras.
O número de migrantes no mundo está actualmente estimado em 258 milhões, o que representa 3,4% da população mundial.
Segundo as autoridades israelitas, cerca de 40.000 imigrantes africanos, a maioria oriundos da Eritreia e do Sudão, entraram ilegalmente no país e estão a viver actualmente em território israelita.
Estes imigrantes chegaram a Israel principalmente depois de 2007, a partir da península montanhosa e desértica do Sinai egípcio.
Nos últimos anos, as entradas no território israelita, via Egipto, estão fortemente condicionadas por uma vedação eléctrica que foi construída ao longo dos 230 quilómetros da fronteira.
Uma grande parte destes imigrantes está a viver em bairros pobres de Telavive.
O governo israelita tem tentado persuadir nos últimos anos estes imigrantes a saírem do país ou dos grandes centros urbanos.
Aos que abandonassem o país dentro dos prazos estabelecidos, o executivo israelita chegou a propor uma recompensa monetária, a oferta de um bilhete de avião e outros incentivos.
As autoridades israelitas também chegaram a enviar vários grupos de imigrantes para centros de retenção no sul do país.
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Fonte: https://www.dn.pt/lusa/interior/migracoes-israel-rejeita-assinar-pacto-global-promovido-pela-onu-10206023.html
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Chai, Israel... o Estado Judaico mostra assim, mais uma vez, que é um aliado natural do Ocidente autêntico, o que se quer salvaguardar étnica e civilizacionalmente.
Aquilo que se vê Israel, Hungria, EUA, Chéquia e Áustria a fazerem é o que também pode vir a ser feito por outros países europeus, à medida que noutros países europeus continuar a ascensão democrática das formações partidárias nacionalistas.
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