segunda-feira, novembro 05, 2018

EM FRANÇA - PARTIDO NACIONALISTA É AGORA A MAIOR FORÇA PARTIDÁRIA NAS SONDAGENS


A sete meses das eleições para o Parlamento Europeu, em maio de 2019, uma nova sondagem do Instituto Francês de Opinião Pública (IFOP) coloca a União Nacional, de Marine Le Pen, à frente do República em Marcha, do presidente francês Emmanuel Macron, nas intenções de voto dos Franceses. Le Pen conquistou 21%, quando na última sondagem, em Agosto, se tinha ficado pelos 17%. Já o partido de Macron obteve 19%. Todavia, se se juntarem todas as forças de Extrema-Direita e partidárias de uma saída francesa - o Frexit - da União Europeia, o campo político de Le Pen alcança os 30% dos votos. Nestes incluem-se os 7% do Levantar a França, liderado por Nicolas Dupont-Aignan, e o 1% d’Os Patriotas, do antigo assessor de Le Pen Florian Philippot. Na sondagem de Agosto, o campo da Extrema-Direita tinha conquistado 25% dos votos. Em 2014, a então Frente Nacional - antecessora da União Nacional - ficou em primeiro lugar ao eleger 24 deputados (24,9% do total dos votos). 
A sondagem inquiriu mil pessoas sobre as suas intenções de voto para o Parlamento Europeu e foi realizada entre 30 e 31 de Outubro.
Estes números mostram que o avanço da Extrema-Direita em França, seguindo a tendência europeia, não foi travado pela derrota de Le Pen contra Macron na segunda volta das presidenciais - 33,90% contra 66,10% dos votos, respectivamente. Na altura, Macron foi encarado pela maioria dos franceses como a única opção para aplacar o avanço da Extrema-Direita no país e renovar a política francesa, ou até como mal menor, nomeadamente para o eleitorado que na primeira volta tinha votado em Jean-Luc Mélenchon, líder do partido de Esquerda radical França Insubmissa.
Em terceiro lugar ficaram os Republicanos, liderados por Laurent Qauquiez, com 13% dos votos, e, em quarto, a França Insubmissa com 11% - uma queda de 3% em relação à última sondagem. Para a diminuição das intenções de voto na França Insubmissa poderá ter contribuído a investigação ao uso indevido de fundos do Parlamento Europeu na contratação de funcionários do partido em França, bem como a reacção de Mélenchon, que tentou impedir as rusgas na sede nacional do partido, chegando a afirmar: “A República sou eu!”. O episódio valeu-lhe críticas vindas das lideranças dos restantes partidos e dos meios de comunicação social franceses.
Para a subida do partido de Le Pen poderá ter contribuído a queda na popularidade de Macron. Uma sondagem da YouGov, publicada na semana passada, mostrou que a popularidade do presidente francês desceu para o nível histórico de 21% desde que chegou ao Palácio do Eliseu. Valor que ultrapassa, pela negativa, o mínimo do anterior presidente, François Hollande.
Macron tem estado no centro de várias polémicas: as agressões de um segurança seu a uma manifestante no 1.º de Maio e o seu alegado encobrimento; as declarações a um jovem desempregado de que lhe bastava atravessar a rua para arranjar emprego, quando a taxa de desemprego em França se encontra nos 9%; e a saída de dois ministros com fortes críticas à sua liderança. Macron também tem enfrentado fortes manifestações nas ruas por causa da política fiscal, alterações ao Código de Trabalho e privatizações que tem promovido no país.
Para combater a impopularidade, o presidente tem apresentado as eleições europeias como uma batalha “entre as forças progressistas e as nacionalistas”, propondo-se a liderar as progressistas. “A Europa enfrenta uma ameaça: o desmembramento por causa da lepra nacionalista e pela pressão de poderes externos, podendo perder a sua soberania”, disse Macron numa entrevista publicada na quarta-feira pelo jornal “Ouest France”. 
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Fonte: https://ionline.sapo.pt/632900

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Novamente a Democracia mostra como é amiga natural do Nacionalismo... tal como ando a dizer há colhões de anos: quanto mais os Nacionalistas falam em discurso directo ao povo, mais o povo vota no Nacionalismo, porque a tendência política nacionalista mais não representa do que a forma contemporânea e sistematizada do espírito tribal, que é precisamente a pulsão mais forte em qualquer grupo humano.


7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

https://www.noticiasaominuto.com/politica/1111985/deputado-do-bloco-sugere-alternativa-as-paradas-militares

Caturo nao achas o discurso deste Moisés do BE muito parecido com o discurso do Papa?

5 de novembro de 2018 às 18:06:00 WET  
Blogger Caturo said...

Pudera... o Cristianismo está na raiz moral dessa gentinha toda...

5 de novembro de 2018 às 22:40:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Pudera... o Cristianismo está na raiz moral dessa gentinha toda..."

Isso não é assim tão linear, em todo o caso mesmo que tenhas razão, esta "esquerda branca" vai continuar com o mesmo mau gosto de sempre a querer impingir-nos a escuridão toda e mais alguma. E mesmo que estes migrantes depois cheguem aqui e nem consigam arranjar trabalho e andem em bando nas ruas sem muito que fazer a não ser causar mau ambiente, que de resto quando não são as primeiras gerações de imigrantes a causar mau ambiente são as segundas ou terceiras como se tem visto por toda a Europa, esta esquerda assobia para o lado e lava as mãos como Pilatos.

Só isto, apenas estas "opiniões" já são motivo que chegue para o povo boicotar o BE, mas o povo português continua a cagar para estas questões. Fomos o ultimo país da Europar a sair de 1 regime "fascista" e vamos agora ser o ultimo país da europa a sair de 1 regime "esquerdista". Sempre atrasados!

6 de novembro de 2018 às 18:08:00 WET  
Blogger Caturo said...

Agora sou eu que digo, isso não é assim tão linear. Há pessoas a votar no BE porque o BE é dos poucos partidos que mais credível e eficazmente dá voz aos interesses das classes trabalhadoras e isso pesa muito, porque diz respeito ao dia-a-dia mais imediato de milhões de portugueses. Africanos em massa só há em Lisboa e o país não é só Lisboa, nem os africanos se vêem em toda a Lisboa. Além do mais, nenhum partido da assembleia se manifesta contra a imigração, por isso, qual é a diferença para o português comum entre votar na merda do CDS ou na merda do BE?, a diferença é que o BE berra pelos interesses das classes baixas e a merda do CDS só fala em prol dos grandes interesses privatizadores e ainda por cima chegou a ter uma campanha eleitoral na qual prometia a «ascensão no elevador social» (sic), ou seja, num dos países europeus com mais desigualdade, eles só prometeram ainda mais desigualdade. É preciso nunca esquecer isto num dos países mais miseráveis do continente europeu, que até já está atrás da Eslovénia e do Chipre em ordenado mínimo, e só tem agora mais do que a Polónia e a Chéquia porque o BE e o PCP fizeram muito basqueiro social, porque senão nem a merda de um caralho de 500 euros por mês tinha o desgraçado do trabalhador em Portugal, porque o grosso do patronato nem isso queria pagar e até houve um economista da direitinha a dizer que o aumento do salário mínimo ia ser pior para os pobres... numa fossa de merda destas querias o quê?



6 de novembro de 2018 às 20:10:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

O PNR nao concorre ás eleicoes?

6 de novembro de 2018 às 23:11:00 WET  
Blogger Caturo said...

Sim, mas mas a maioria dos Portugueses não o conhece.

6 de novembro de 2018 às 23:33:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Vou te ser muito sincero Caturo: admiro o Jose pinto Coelho pela sua coragem e frontalidade mas ele nao tem jeito nenhum para fazer discursos! Se o PNR quer crescer a serio, mas mesmo a serio nao basta apenas furar o boicote mediatico precisa tambem de um novo lider com uma retorica bem melhor. Estive a ouvir o ultimo discurso do JPC e assim nao vamos la...demasiado populista: "estes traidores no parlamento!" "O marxismo cultural!" Enfim nao sai disto...ele ate pode ter razao em varios assuntos mas é demasiado populista e basico nos seus discursos. Nisso até o Andre Ventura é melhor

7 de novembro de 2018 às 08:01:00 WET  

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