sexta-feira, janeiro 26, 2018

HILLARY CLINTON NÃO DEMITIU ASSESSOR ACUSADO DE ASSÉDIO SEXUAL

Mesmo alardeando um histórico de defesa pelos direitos das mulheres e pelo empoderamento feminino, Hillary Clinton manteve um assessor da campanha presidencial de 2008 mesmo após relatos de que ele teria assediado sexualmente uma mulher em dezenas de ocasiões.
Hillary ainda se recusou a aceitar o conselho da coordenadora da campanha, Patti Solis Doyle, para demitir o acusado. Preferiu que o assessor fizesse sessões de terapia e bloqueou o salário dele por várias semanas.
O relato da história, divulgado com exclusividade pelo jornal The New York Times, foi apurado com base em entrevistas com oito ex-funcionários da campanha de Clinton em 2008.
A mulher assediada, que na época tinha 30 anos, reclamou que o assessor "esfregou-lhe os ombros de forma inadequada, beijou-a na testa e enviou-lhe uma série de e-mails sugestivos, um deles durante a noite", disse o relatório do Times. Quando Doyle, a coordenadora da campanha, soube das indiscrições, aproximou-se de Hillary e recomendou demitir o funcionário, que era casado: "Clinton disse que não queria [demitir o assessor] e, por isso, ele permaneceu na equipa", menciona a reportagem.
Histórico controverso
Hillary esteve no centro de uma polémica pela notória amizade com o predador sexual Harvey Weinstein. O produtor foi acusado de estuprar dezenas de actrizes de Hollywood e foi exposto num artigo da revista New Yorker. Embora Weinsten tenha sido activo colaborador dos Democratas e um dos principais engajados na arrecadação de fundos para a campanha de Hillary Clinton, ela divulgou um comunicado na época das denúncias dizendo que ficou "chocada e consternada pelas revelações".
Menos de um mês depois, em Dezembro de 2017, a estrela da série da HBO Girls, Lena Dunham, relatou que tentou alertar a campanha de Hillary sobre as atitudes de Harvey Weisten durante pelo menos um ano.
"Eu só queria avisar-te de que Harvey é um violador, e isso um dia vai estoirar", disse Dunham a um alto  funcionário da campanha. "Acredito ser uma péssima ideia tê-lo como anfitrião de eventos para arrecadação de fundos. Toda a gente em Hollywood sabe que ele tem um problema com agressão sexual", escreveu ela na altura.
O assessor de imprensa de Clinton rejeitou Dunham num comunicado, dizendo: "Ficámos chocados quando soubemos o que ele tinha feito. O seu comportamento desprezível e as mulheres que mostraram uma enorme coragem. Quanto às alegações sobre o aviso, isso é algo que as pessoas da equipa não teriam esquecido. Somente Dunham pode responder porque é que ela contaria algo assim à equipa de campanha e não às pessoas que efectivamente poderiam pará-lo".
Após a revelação da história violenta de Weinstein, a Fundação Clinton afirmou que não tinha "planos para devolver" os centenas de milhares de dólares que Weinstein havia doado.
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Fonte: https://br.sputniknews.com/americas/2018012610377175-hillary-clinton-assedio-sexual/

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Esta é mais uma das muitas notícias que não vereis na SIC(K), não aparecerá no pequeno ecrã o inqualificavelmente «justiceiro» Luís Costa Ribas a mandar as suas bocas contra o assédio machista... pudera, desta vez o assédio masculino é feito por um «dos bons»...