quarta-feira, dezembro 27, 2017

CAMPEÃ MUNDIAL DE XADREZ RECUSA PARTICIPAR EM COMPETIÇÃO MUNDIAL NA ARÁBIA SAUDITA

Anna Muzychuk, xadrezista ucraniana por duas vezes campeã do mundo, recusou participar no mundial feminino de xadrez que começa(ou) esta Martes na Arábia Saudita. “Não quero jogar pelas regras de outros, não quero usar abaya [veste árabe obrigatória para as mulheres], não quero ter de andar acompanhada para sair e, no geral, não me quero sentir uma criatura secundária”.
Numa publicação na sua página de Facebook, Anna Muzychuk escreveu que o faz para ser coerente com os seus valores. “Estou preparada para me erguer pelos meus princípios e não ir a um evento onde em cinco dias deveria ganhar mais do que ganho numa dezena de eventos juntos”, afirmou Muzychuk. “Tudo isto é irritante, mas o mais perturbador é que quase ninguém se preocupa”, acrescentou.
A organização do campeonato abriu este ano uma excepção para permitir que as mulheres pudessem jogar sem o hijab, o véu islâmico para tapar a cabeça, mas manteve a obrigação de utilizar um traje que cubra todo o corpo da mulher.
Em Fevereiro deste ano, a campeã norte-americana Nazi Paikidze recusou participar no mundial feminino no Irão, devido à obrigatoriedade de utilizar véu na cabeça. Nessa competição, Anna Muzychuk participou e aceitou utilizar o véu, algo que considerou “mais do que suficiente”.
Numa publicação na sua página pessoal em Novembro, em que Muzychuk anunciou que não participaria nesta competição, a atleta questionou: “Primeiro o Irão, depois a Arábia Saudita. Pergunto-me onde será que o próximo campeonato do mundo feminino será organizado. Apesar do prémio recorde, não fui jogar em Riade, o que significa perder dois títulos de campeã mundial. Arriscar a minha vida, usar abaya o tempo todo? Tudo tem o seu limite e os véus no Irão foram mais do que suficientes”, escreveu.
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Fonte: http://observador.pt/2017/12/26/direitos-das-mulheres-campea-do-mundo-de-xadrez-recusa-participar-em-mundial-na-arabia-saudita/

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Nunca é tarde para se redimir ou melhorar a sua actuação e a xadrezista fê-lo. Está de parabéns. Sintomaticamente, não se ouvem coros mediáticos feministas a louvá-la por isso ou a fazer dela uma heroína contra o patriarcado opressor... será porque este patriarcado opressor é não europeu e ela é europeia?... Terão pois as activistas feministas medo de serem rotuladas como «islamofóbicas» ou em vez disso pura e simplesmente não sentem agressividade suficiente para dizer alguma coisita?...


1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Dentro de toda a feminista branca vive 1 papa francisco

27 de dezembro de 2017 às 14:58:00 WET  

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