terça-feira, outubro 10, 2017

SOBRE O VOTO E A MILITÂNCIA NO PARTIDO DA CHAMA

Muitos de nós, regozijamo-nos com os resultados positivos alcançados, sejam eles eleitorais ou em acções realizadas pelo PNR. Outros tantos, quando esses resultados não correspondem às expectativas, procuram logo culpados, apontam o dedo e tentam constantemente inverter a estratégia delineada fazendo comparações com os partidos congéneres a nível europeu.
Todos nós sabemos que não é fácil ser-se nacionalista em Portugal. Poucos sabem, por experiência própria, o que é «dar a cara» pelo nacionalismo e trabalhar, ao longo de anos, ininterruptamente, sem meios nem visibilidade ou manter um Partido em funcionamento, dia após dia, com inúmeras condicionantes e dificuldades.
Não somos um partido como outro qualquer no espectro político nacional. Temos uma mundivisão e uma mentalidade de combate e entrega diferenciadora dos demais. Além disso, a nossa realidade é totalmente diferente daquela de muitos partidos nacionalistas europeus. Em todos os aspectos! E quem está minimamente informado e é intelectualmente honesto, sabe-o muito bem.
Mas não é esta a razão deste pequeno texto. A mensagem que eu quero passar é a de que votar no PNR, por si só, não basta. Afinal, o voto é o básico!
Normalmente, quem está sempre pronto a pôr em causa e a criticar os resultados alcançados, é precisamente quem não fez parte activa dos mesmos, limitando-se a ser (mau) espectador do trabalho alheio. Se não vejamos: a quantos é que foi atribuída uma tarefa e ela ficou por cumprir? Qual é que foi o grau de envolvimento pessoal de cada um? Foram candidatos? Que é que foi preciso para darem o nome para viabilizarem as listas de candidatos? Ajudaram activamente as candidaturas ou esperaram confortavelmente que fossem ter convosco? Deram alguma ajuda financeira? Tornaram-se militantes e pagaram as quotas? Partilharam, ao menos, as publicações dos nossos candidatos nas redes sociais? Ajudaram a formular textos e tomadas de posição? Acompanharam os candidatos e ajudaram-nos nas suas tarefas? Que é que cada um fez durante o período eleitoral e no tempo entre eleições?
Meus amigos! Todos sabem das nossas dificuldades; e num partido em crescimento como o nosso, o votar, simplesmente, é o básico. Hoje, o que é exigido a um nacionalista é o envolvimento, o trabalho, a ajuda efectiva, a disciplina e a constância. O PNR para crescer e atingir os resultados desejados necessita de gente focada, sacrificada, motivada que acrescente algo: que queira crescer connosco e que nos faça crescer.
O PNR não é um “clube da bola”, em que existem profissionais e dirigentes a receberem milhões para atingirem os objectivos. Se não temos os meios, só podemos crescer devido ao esforço e ao sacrifício empenhado de todos. E aqui refiro-me a todos! Não apenas aos “alguns” que já assumiram o seu lugar na trincheira. Aliás, o capital de autoridade e de crítica, só se obtém trabalhando tanto ou mais que aqueles que já o fazem.
O nosso próximo grande objectivo centra-se nas Legislativas: mais de 50.000 votos e representação parlamentar.  Já estamos a trabalhar nisso a partir destas últimas eleições e daquelas que as antecederam. A estratégia está delineada, o lugar na trincheira está à tua espera e a razão do nosso lado. É dever de todos darmos cada vez mais e melhor: mais, pelo sentido de responsabilidade se assim o exige; melhor, com base na experiência – pouca ou muita – que se vai acumulando.
O voto é importante, sim, mas ainda mais importante é ter gente que faça com que ele se multiplique. E só se multiplica se as pessoas nos conhecerem. Para isso, é preciso que todos trabalhemos ininterruptamente para esse fim!
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Fonte: http://www.pnr.pt/2017/10/so-voto-nao-basta/