BATALHA DOS CAMPOS CATALÁUNICOS - GRANDE EMBATE ENTRE O OCIDENTE E O ORIENTE BÁRBARO
A batalha dos Campos Cataláunicos foi travada a 20 de Junho de 451 entre, de um lado, o Império Romano do Ocidente, os Visigodos e os Alanos, sob o comando de Flávio Aécio e de Teodorico I, e, do outro, os Hunos, comandados por Átila, o auto-denonimado «Flagelo de Deus». Esta batalha foi a última grande campanha militar do Império Romano do Ocidente e o culminar da carreira de Aécio.
O Império Romano do Ocidente, em 450, estava a perder, paulatinamente, o controlo da Gália, tal como acontecia com as províncias fora de Itália. A Armórica céltica (a Bretanha actual) apenas formalmente fazia parte do Império. As tribos germânicas que tinham invadido o Império haviam sido apaziguadas com o estatuto de federados: a Gália do norte, entre os rios Reno e Mosela, fora entregue aos Francos, enquanto que, a sul, os visigodos da Gália Narbonense davam sinais de revolta. Os burgúndios da região alpina estavam aparentemente submetidos, mas também ameaçavam revoltar-se. As únicas regiões leais ao Império Romano eram as costas do Mediterrâneo e uma faixa de território entre Aureliano (Orleães) e os cursos dos rios Loire e Ródano.
O historiador Jordanes afirma que Átila, o Huno, fora atraído pelo rei dos vândalos Genserico para atacar os Visigodos. Ao mesmo tempo, Genserico tentaria semear a discórdia entre os Visigodos e o Império Romano do Ocidente (Gética 36.184-6). Outros escritores apontam outros motivos: Justa Grata Honória, uma irmã problemática do imperador Valentiniano III, casara-se com o senador leal Herculano alguns anos antes, que a mantinha presa em casa. Em 450, Honória enviou uma mensagem ao rei dos Hunos pedindo-lhe que a salvasse, o que Átila entendeu como uma proposta de casamento. Exigiu que Honória lhe fosse entregue juntamente com metade dos domínios de Valentiniano como seu dote. A recusa de Valentiniano foi o pretexto para Átila lançar uma campanha destrutiva na Gália.
Átila travessou o Reno no início de 451 e saqueou Divoduro (atual Metz) a 7 de Abril. Os ataques a outras cidades podem ser documentados através das vidas dos seus bispos: Nicásio foi morto diante do altar da sua igreja em Reims; a salvação de Tongeren é atribuída às orações de Servato, tal como Genoveva salvou Paris.
O exército de Átila atingiu Aureliano (atual Orleães) em Junho. Esta cidade fortificada controlava uma importante passagem do Loire. Segundo Jordanes, Sangibano, rei dos Alanos, cujas terras atribuídas a título do foedus incluíam Orleães, prometera abrir-lhes as portas (Gética 36.194f); este cerco é confirmado na Vida de S. Aniano e no relato posterior de Gregório de Tours (Historia Francorum 2.7), embora o nome de Sangibano não apareça nestes relatos. Mas os habitantes de Orleães recusaram-se a deixar os invasores entrar, o que levou a que Átila cercasse a cidade enquanto esperava que Sangibano cumprisse a sua promessa.
Informado da invasão, o patrício Aécio deslocou-se rapidamente da Itália para a Gália. De acordo com Sidônio Apolinário, Aécio comandava uma força composta por escassos auxiliares, sem um único soldado regular (Carmina 7.329f). Tentou imediatamente convencer Teodorico I a juntar-se a ele. O rei visigodo soube, no entanto, que Aécio dispunha de poucos soldados, e decidiu que seria mais sensato esperar pelos Hunos nas suas próprias terras. Aécio voltou-se então para o poderoso aristocrata Ávito, pedindo-lhe auxílio; este conseguiu convencer Teodorico e uma quantidade de outros "bárbaros" da Gália (Carmina 7.332-356). A aliança tomou então o caminho de Aureliano (Orleães), chegando àquela cidade a 14 de Junho.
De acordo com o autor da Vida de S. Aniano, chegaram a Aureliano precisamente a tempo de impedir que os Hunos explorassem uma brecha que tinham aberto nas muralhas da cidade. Muito embora estivessem prestes a conseguir tomar a cidade, os Hunos, confrontados com um exército inimigo recém-chegado, sabiam que conservar a cidade significaria serem cercados. A decisão foi de levantar o cerco e recuar, procurando um local onde pudessem dar batalha em condições vantajosas. Teodorico I e Aécio lançaram-se em sua perseguição, e as duas forças encontraram-se finalmente nos Campos Cataláunicos a 20 de Junho, uma data que foi primeiro avançada por J.B. Bury e desde então aceite por muitos, embora algumas fontes indiquem 20 de Setembro.
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Na noite anterior à batalha, um dos grupos de francos do exército romano encontrou um grupo de gépidas leais a Átila. O número de 15 000 mortos para cada lado avançado por Jordanes (Gética 41.217) para este recontro não é confirmável.
Segundo o costume dos hunos, Átila consultou os auspícios para a batalha através das entranhas de um animal sacrificado. Os auspícios indicavam um desastre para os Hunos e a morte de um dos comandantes inimigos. Com a esperança de que fosse Aécio a morrer, Átila deu as suas ordens, mas esperou até à hora nona (15h00). O final da tarde ajudaria as suas tropas a retirar em caso de derrota. (Gética 37.196).
Jordanes relata que a planície Cataláunica se elevava, num dos lados, até formar uma escarpa que dominava o campo de batalha, e que se tornou o principal objectivo do combate. Os Hunos ocuparam inicialmente o lado direito desta escarpa enquanto os Romanos ocupavam o lado esquerdo, com o cume vazio entre eles. (Os Visigodos estavam à direita, os Romanos à esquerda e os Alanos, cuja lealdade era duvidosa, estavam contidos no centro). Quando os Hunos atacaram esta posição estratégica, foram repelidos pelos romano-germanos, que lá tinham chegado primeiro. Os Hunos fugiram em desordem, atrapalhando as restantes unidades do exército de Átila (Gética 38).
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Jordanes indica como aliados de Aécio os Visigodos, os Francos sálicos e ripuários, os Sármatas, os Armóricos, os Litícios, os Burgúndios, os Saxões, os Olibões (descritos como "antigos soldados romanos e hoje a flor das forças aliadas") e outras tribos celtas ou germanas.(Gética 36.191).
Os aliados dos Hunos, ainda segundo Jordanes, eram os Gépidas comandados pelo seu rei Ardarico, os Ostrogodos, comandados pelos irmãos Valamiro, Teodomiro (pai do mais tarde rei Teodorico, o Grande) e Videmiro, da linhagem dos Amalos (Gética 38.199). Sidónio apresenta uma lista maior de aliados: os Rúgios, os Gépidas, os Gelónios, os Burgúndios, os Siranos, os Belonotianos, os Neurianos, os Bastarnas, os Turíngios, os Brúcteros e os francos que viviam ao longo do rio Necar (Carmina 7.321-325).
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Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_dos_Campos_Catal%C3%A1unicos
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É provável que a gente de Átila já fosse grandemente mestiçada de sangue branco, de Povos Indo-Europeus, nomeadamente os Citas e os Sármatas, bárbaros das estepes, dado que no legendário de Átila há indícios de uma influência forte de mitos cito-sármatas (nomeadamente o da espada do Deus da Guerra), mas ainda assim esta vitória de ocidentais sobre hordas asiáticas permitiu travar e posteriormente desbaratar uma invasão étnica que poderia eventualmente ter vindo alterar substancialmente o ethnos europeu. Na aliança romano-germânica está por seu turno um marco simbólico de um processo que já se desenrolava desde há alguns séculos, que foi o da maciça convergência entre a civilização do Lácio e o sangue do setentrião europeu.
2 Comments:
BOA PARTE DOS MERCENARIOS DOS HUNOS ERAM POVOS DAS ESTEPES MUITOS DELES CITAS QUE ACEITARAM A LIDERANÇA HUNA MAS DIZER QUE ALANOS E VISIGODOS E MESMO ROMA SÃO MENOS BARBAROS O DOCUMENTARIO DISSE QUE ATILA SO QUERIA DO BOM E DO MELHOR NOS CAMPOS DA HUNGRIA SO QUERIA VIVER EM TERMAS ROMANAS
NÃO ADMIRA TANTO SANGUE B E AB NA EUROPA CENTRAL E ALPINOS COM ANTROPOMETRIA DO LESTE ATE NO CARTAZ NS OS POLACOS E ESLAVOS ERAM METIDOS ASSIM NO ESTERIOTIPO PARA DIZER QUE ERAM SEMI ASIATICOS
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