quarta-feira, fevereiro 22, 2017

Martes, 08 de Abril de 2778 AUC

CLÉRIGO MUÇULMANO AFIRMA QUE OS CURDOS QUE RETORNEM AO ZOROASTRIANISMO DEVEM SER MORTOS

No Curdistão iraquiano, um clérigo curdo do Grupo Islâmico do Curdistão - mais conhecido como Komal - declarou que é legítimo assassinar curdos que se convertam ao Zoroastrianismo.
Em entrevista ao serviço persa da BBC, Mulla Hassib, de Sulaimani, afirma que os muçulmanos curdos que estão a deixar o Islão para se tornarem zoroastristas ou mazdeístas ou adeptos de qualquer outra religião, devem ter um período de três dias para se arrependerem da sua decisão, findo o qual «devem ser mortos, executados.»
Note-se que este clérigo afirma que a implementação de tal medida prende-se com uma governação muçulmana do Estado - e explica que o califado da Síria e do Iraque está a proceder de modo parcialmente correcto, de acordo com os estudos muçulmanos, mas critica também este califado por disseminar a religião através da violência.

Quem diria que este Mulla havia de ser um... moderado... um adepto da paz...
De cada vez que se ouvir um muçulmano dizer que o Islão é a religião da paz, e que é tolerante, pense-se bem em qual é o significado disso na mente de quem o diz...

A declaração do clérigo foi altamente criticada nos média. Em reacção, o líder dos Zoroastrianos na região curda, Pir Luqman, emitiu uma declaração a condenar as afirmações de Hassib, descritas como «Ideologias de terrorismo e abordagens contra a liberdade entre os Curdos.»
Luqman apelou entretanto ao Ministério de Dotação e Assuntos Religiosos e ao ministério público do Governo Regional do Curdistão para aplicar ao clérigo muçulmano as devidas medidas devido à sua ideologia ameaçadora, acrescentando «Nós como zoroastrianos iremos certamente meter um processo contra ele.» Disse também que aqueles que estão a retornar do Islão ao Zoroastrismo estão a «retornar à religião dos seus ancestrais.» Apela por isso a que a sua comunidade não desista dos seus direitos e continue a convidar gente para «regressar ao Zoroastrismo.»
A região do Curdistão é considerada como a mais laica do Médio Oriente. Alberga muçulmanos sunitas e xiitas, cristãos, kakayis, iazidis e zoroastrianos, bem como outras minorias étnicas e religiosas que aí vivem há séculos. Com o advento do califado, entretanto, aumentou a actividade islamista na área e, em reacção, vários clérigos muçulmanos foram proibidos de darem sermões religiosos.
O Grupo Islâmico do Curdistão é liderado por Ali Bapir, anterior membro do Movimento Islâmico do Curdistão. Bapir e os seus são conhecidos pelos seus laços com a República Islâmica do Irão. Um dos membros, Soran Omar, é acusado de tomar parte no massacre de Kheli Hama em 2001, quando Omar era integrante do grupo extremista Jund al-Islam. HOje até dirige o comité parlamentar dos direitos humanos...
Como foi aqui noticiado, os zoroastrianos abriram o seu primeiro templo oficial na cidade de Sulaimani, no Curdistão iraquiano, em Setembro de 2016.
*
Fonte: http://ekurd.net/killing-kurds-zoroastrianism-legitimate-2017-02-04