CLÉRIGO MUÇULMANO AFIRMA QUE OS CURDOS QUE RETORNEM AO ZOROASTRIANISMO DEVEM SER MORTOS
No Curdistão iraquiano, um clérigo curdo do Grupo Islâmico do Curdistão - mais conhecido como Komal - declarou que é legítimo assassinar curdos que se convertam ao Zoroastrianismo.
Em entrevista ao serviço persa da BBC, Mulla Hassib, de Sulaimani, afirma que os muçulmanos curdos que estão a deixar o Islão para se tornarem zoroastristas ou mazdeístas ou adeptos de qualquer outra religião, devem ter um período de três dias para se arrependerem da sua decisão, findo o qual «devem ser mortos, executados.»
Note-se que este clérigo afirma que a implementação de tal medida prende-se com uma governação muçulmana do Estado - e explica que o califado da Síria e do Iraque está a proceder de modo parcialmente correcto, de acordo com os estudos muçulmanos, mas critica também este califado por disseminar a religião através da violência.
Quem diria que este Mulla havia de ser um... moderado... um adepto da paz...
De cada vez que se ouvir um muçulmano dizer que o Islão é a religião da paz, e que é tolerante, pense-se bem em qual é o significado disso na mente de quem o diz...
A declaração do clérigo foi altamente criticada nos média. Em reacção, o líder dos Zoroastrianos na região curda, Pir Luqman, emitiu uma declaração a condenar as afirmações de Hassib, descritas como «Ideologias de terrorismo e abordagens contra a liberdade entre os Curdos.»
Luqman apelou entretanto ao Ministério de Dotação e Assuntos Religiosos e ao ministério público do Governo Regional do Curdistão para aplicar ao clérigo muçulmano as devidas medidas devido à sua ideologia ameaçadora, acrescentando «Nós como zoroastrianos iremos certamente meter um processo contra ele.» Disse também que aqueles que estão a retornar do Islão ao Zoroastrismo estão a «retornar à religião dos seus ancestrais.» Apela por isso a que a sua comunidade não desista dos seus direitos e continue a convidar gente para «regressar ao Zoroastrismo.»
A região do Curdistão é considerada como a mais laica do Médio Oriente. Alberga muçulmanos sunitas e xiitas, cristãos, kakayis, iazidis e zoroastrianos, bem como outras minorias étnicas e religiosas que aí vivem há séculos. Com o advento do califado, entretanto, aumentou a actividade islamista na área e, em reacção, vários clérigos muçulmanos foram proibidos de darem sermões religiosos.
O Grupo Islâmico do Curdistão é liderado por Ali Bapir, anterior membro do Movimento Islâmico do Curdistão. Bapir e os seus são conhecidos pelos seus laços com a República Islâmica do Irão. Um dos membros, Soran Omar, é acusado de tomar parte no massacre de Kheli Hama em 2001, quando Omar era integrante do grupo extremista Jund al-Islam. HOje até dirige o comité parlamentar dos direitos humanos...
O Grupo Islâmico do Curdistão é liderado por Ali Bapir, anterior membro do Movimento Islâmico do Curdistão. Bapir e os seus são conhecidos pelos seus laços com a República Islâmica do Irão. Um dos membros, Soran Omar, é acusado de tomar parte no massacre de Kheli Hama em 2001, quando Omar era integrante do grupo extremista Jund al-Islam. HOje até dirige o comité parlamentar dos direitos humanos...
Como foi aqui noticiado, os zoroastrianos abriram o seu primeiro templo oficial na cidade de Sulaimani, no Curdistão iraquiano, em Setembro de 2016.
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Fonte: http://ekurd.net/killing-kurds-zoroastrianism-legitimate-2017-02-04
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