SOBRE UM NAZI QUE TRABALHOU PARA A MOSSAD
A 11 de Setembro de 1962 um cientista alemão de foguetões, Heinz Krug, foi abatido em Munique pela Mossad, Instituto de Inteligência para Missões Especiais, serviços secretos israelitas. Krug trabalhava para o Egipto, juntamente com outros cientistas alemães, num projecto de desenvolvimento de mísseis. Consta que o Egipto o raptou para o impedir de negociar com Israel. Dizem outros que Krug chegou a ser convidado pelo seu colega Von Braun para trabalhar no programa espacial americano, mas preferiu colaborar com a construção de armamento do Egipto, ou porque tal fosse mais lucrativo (?) ou, calcula a Mossad, porque sabia que os futuros mísseis egípcios poderiam ser utilizados contra Israel... Lutando pela sua sobrevivência, o Estado Judaico considerou necessário eliminar um destes cientistas de modo a intimidar os outros para que o projecto não avançasse, de modo a evitar que um vizinho hostil pudesse adquirir meios eventualmente fatais para a sobrevivência dos Judeus na região.
Quem disparou o tiro foi Otto Skorzeny, um dos mais eficientes soldados do Terceiro Reich. Recorra-se à Wikipedia para saber quem foi Skorzeny e acelerar os preliminares, por assim dizer:
«Otto Skorzeny (Viena, 12 de Junho de 1908 - Madrid, 6 de Julho, de 1975) foi um oficial da Schutzstaffel, especialista em operações especiais durante a Segunda Guerra Mundial. Era considerado pelos Aliados como "o homem mais perigoso da Europa". Tal fama era devida às várias operações de sabotagem, espionagem e resgate comandadas por ele, como a Operação Greif, durante a Batalha das Ardenas e a Operação Carvalho, a libertação de Benito Mussolini após a capitulação de Itália.
(...)
No final da guerra, Otto Skorzeny foi preso mas não foi incriminado por crimes de guerra apesar de ser julgado em Nuremberga, porém ficou anos num campo de desnazificação, de onde saiu e passou a morar em Espanha, exercendo a actividade de engenheiro até à sua morte, de câncer, em 6 de Julho de 1975. O seu corpo foi cremado e as suas cinzas enterradas no jazigo da família em Döblinger Friedhof, Viena de Áustria.
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Otto_Skorzeny)
Curiosamente, a Wikipedia em Português nada diz sobre a colaboração deste austríaco com os serviços secretos israelitas, referida na versão da Wikipedia em Inglês e, com mais pormenor, neste artigo: http://www.haaretz.com/israel-news/1.711115, depois de recentemente virem a público documentos diversos da Mossad sobre o assunto.
Skorzeny, sempre um aventureiro e um ferrabrás - foi aliás num duelo que adquiriu a sua «Schmisse» ou cicatriz de honra - tornou-se célebre pelas suas brilhantes operações de infiltração, resgate, combate para além das linhas do inimigo; recebeu de Hitler a mais prestigiosa condecoração militar, a Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro, por ter dirigido a operação que resgatou Mussolini. Nada disso o impediu de trabalhar para os Judeus. Em virtude do acima exposto, facilmente haveria alguém a dizer que o processo de «desnazificação» a que foi sujeito lhe lavou o cérebro e o tornou num lacaio do Sionismo. A verdade é que nem isso se confirma - depois de trabalhar para a Mossad, Skorzeny ajudou a fundar o famoso CEDADE, núcleo de estudos nacional-socialista em Espanha.
Porque colaborou ele com o Estado da Magen David? Parece que nunca esclareceu isso para além do seu apego à aventura; outros dizem que talvez tivesse complexos de culpa pelo que fez. Sabe-se que tentou negociar com a Mossad a remoção do seu nome da lista do caçador de nazis de Simon Wiesenthal. Este não aceitou o pedido mas a Mossad escreveu uma carta falsa em nome de Wiesenthal dirigida a Skorzeny, dizendo-lhe que o seu nome tinha sido removido da referida lista; o austríaco, por isso ou por outro motivo, fez o serviço. A parte mais feia é que o homicídio deu-se quando Krug marcou um encontro com Skorzeny para lhe pedir protecção. Bem se lixou Krug. O nazi de combate abateu o nazi (?) de ciência. Numa situação em que, depois de a sua pátria ser batida na guerra, um fulano se encontre diante de um compatriota e entre dois lados alógenos (Egípcios de um lado, Judeus do outro), ficava-lhe bem safar o coiro ao indivíduo da mesma origem que ele, ou pelo menos não o lixar. Mas não, deu-lhe o tiro mestre, como é explicado com algum pormenor numa das páginas acima indicadas. Um dos agentes israelitas que depois tratou do cadáver viria a ser primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Shamir.
Trabalhou em diversas outras acções para a Mossad, fornecendo à organização uma lista de empresas europeias que vendiam componentes ao Egipto para fabrico de armas e enviando pacotes explosivos que mataram cinco egípcios na fábrica de mísseis egípcia Factory 333, onde os cientistas alemãs trabalhavam. A campanha de intimidação de cientistas alemães teve sucesso, mas Israel abandonou-a quando um dos seus agentes e um cientista austríaco foram presos na Suíça e levados a tribunal por andarem a intimidar a família de um cientista alemão. O juiz deixou-os partir, mas mais tarde a Mossad, temendo a má imagem que Israel pudesse vir a ter, acabou por suspender esta operação; acresce que o Estado Judaico estava a precisar de manter um negócio de fornecimento de armas por parte da Alemanha Ocidental e convinha-lhe zelar pela sua reputação.
Skorzeny morreu de cancro aos sessenta e sete anos, em 1975, na cidade de Madrid, e teve dois funerais, um em Espanha, onde vivia, outro em Viena de Áustria, onde vivia a sua família e as suas cinzas foram enterradas. Ambos os serviços tiveram a comparência de veteranos nacional-socialistas e suas esposas, que fizeram a saudação romana e entoaram algumas das canções favoritas de Hitler. Consta que na multidão em Madrid estava um anónimo, Joe Raanan, antes disso chamado Kurt Weisman, judeu austríaco cuja mãe e irmão tinham morrido num campo de concentração e que entretanto se tinha tornado num homem de negócios em Israel. Raanan, que chegou a ser militar da Força Aérea Britânica, foi além disso o agente da Mossad que contactou Skorzeny em Espanha para o convidar a trabalhar a favor de Israel. Talvez a sua presença no funeral tenha sido um modo de prestar uma última homenagem a um fulano que apesar de tudo foi seu companheiro de armas. Também pode ter sido para lhe escarrar no túmulo, nunca se sabe...
Trabalhou em diversas outras acções para a Mossad, fornecendo à organização uma lista de empresas europeias que vendiam componentes ao Egipto para fabrico de armas e enviando pacotes explosivos que mataram cinco egípcios na fábrica de mísseis egípcia Factory 333, onde os cientistas alemãs trabalhavam. A campanha de intimidação de cientistas alemães teve sucesso, mas Israel abandonou-a quando um dos seus agentes e um cientista austríaco foram presos na Suíça e levados a tribunal por andarem a intimidar a família de um cientista alemão. O juiz deixou-os partir, mas mais tarde a Mossad, temendo a má imagem que Israel pudesse vir a ter, acabou por suspender esta operação; acresce que o Estado Judaico estava a precisar de manter um negócio de fornecimento de armas por parte da Alemanha Ocidental e convinha-lhe zelar pela sua reputação.
Skorzeny morreu de cancro aos sessenta e sete anos, em 1975, na cidade de Madrid, e teve dois funerais, um em Espanha, onde vivia, outro em Viena de Áustria, onde vivia a sua família e as suas cinzas foram enterradas. Ambos os serviços tiveram a comparência de veteranos nacional-socialistas e suas esposas, que fizeram a saudação romana e entoaram algumas das canções favoritas de Hitler. Consta que na multidão em Madrid estava um anónimo, Joe Raanan, antes disso chamado Kurt Weisman, judeu austríaco cuja mãe e irmão tinham morrido num campo de concentração e que entretanto se tinha tornado num homem de negócios em Israel. Raanan, que chegou a ser militar da Força Aérea Britânica, foi além disso o agente da Mossad que contactou Skorzeny em Espanha para o convidar a trabalhar a favor de Israel. Talvez a sua presença no funeral tenha sido um modo de prestar uma última homenagem a um fulano que apesar de tudo foi seu companheiro de armas. Também pode ter sido para lhe escarrar no túmulo, nunca se sabe...
1 Comments:
Nem sei se devemos condenar nazistas que colaboraram com os "democratas". Eles foram totalmente neutralizados, chantageados e deixados completamente dependentes dos conquistadores da Europa. Só lhes restou sobreviver como pudessem.
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