terça-feira, março 29, 2016

MEMBRO DO PARTIDO REPUBLICANO NORTE-AMERICANO E EX-CANDIDATO À PRESIDÊNCIA ACUSA HILLARY CLINTON DE CUMPLICIDADE COM O CALIFADO

Hillary Clinton, a actual favorita à presidência dos EUA pelos democratas, “poderia ser considerada como um dos membros fundadores do Estado Islâmico [Daesh]" porque foi secretária de Estado durante a retirada, realizada pela administração Barack Obama, das tropas dos EUA no Iraque – é o que afirma Rudy Giuliani, ex-presidente da câmara de de Nova York.
Giuliani, membro do Partido Republicano, fez a polémica declaração durante uma entrevista concedida ao programa "The O'Reilly Factor", da Fox News, no momento em que falava sobre os atentados em Bruxelas, reivindicados pelo Daesh, e sobre a resposta do governo norte-americano.
O ex-presidente da câmara relacionou imediatamente Clinton com os erros nas acções de Washington contra o grupo terrorista: 
“Ela ajudou a criar o Estado Islâmico. Hillary Clinton poderia ser considerada um membro fundador do Estado Islâmico".
A pedido do apresentador, Giuliani citou os factos que, segundo ele, são a base da sua crítica:
"Ao fazer parte da retirada do Iraque conduzida pela administração. Ao fazer parte de uma administração que deixou [o primeiro-ministro iraquiano, Nouri] Maliki afundar o Iraque, que forçou os xiitas a tomarem uma decisão. Ao não intervir na Síria no momento certo”.
O'Reilly respondeu que, como secretária de Estado, Clinton não era pessoalmente responsável pelas decisões de Obama, e que o máximo que ela poderia ter feito para forçar o presidente a mudar a sua política teria sido renunciar ao cargo. "Isto é o que faria uma patriota", replicou o ex-presidente da câmara de Nova York.
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Fonte:  http://br.sputniknews.com/mundo/20160329/3953835/clinton-estado-islamico-ex-prefeito-ny.html#ixzz44JKbeA9B

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Visto daqui dá ideia que o fulano, cujo discurso costuma ser pertinente como já aqui se viu, exagera desta vez um bocadito, até porque de resto já Alexandre del Valle fazia notar, nos anos noventa, bem antes de Hillary Clinton chegar a ter poder, que a política ianque era frequentemente pró-islâmica, para indirectamente fragilizar as posições da Rússia e seus aliados - foi-o na Guerra dos Balcãs no dealbar dos anos noventa tal como o foi na guerra do Afeganistão nos anos oitenta. De qualquer modo serve o que diz Giuliani para se perceber o modo como os EUA costumam fortalecer a causa islamista, na melhor das hipóteses por miopia ou interesses a curto prazo.