terça-feira, dezembro 01, 2015

DESTACADO BISPO AUXILIAR DA IGREJA DE INGLATERRA QUER QUE PRÓXIMA COROAÇÃO DO MONARCA BRITÂNICO TENHA UMA LEITURA DO ALCORÃO...

No Reino Unido, o anterior bispo de Oxford, da Igreja de Inglaterra, Lorde Harries of Pendregarth, declarou há coisa de dias, num debate da Câmara dos Lordes, que a coroação do príncipe Charles (não é «Carlos», cambada, é «Charles», que ele não é português e o estatuto «trans-nacional» da aristocracia já passou, chapéu) deveria ser acompanhada com uma leitura do Alcorão. Diz ele que isso seria um «acto criativo de acomodação» para fazer com que os muçulmanos se sentissem incluídos na Nação e que destarte a Igreja de Inglaterra assumiria a dianteira no acto de «exercer uma posição histórica de uma forma hospitaleira».
O bispo, que é também um pensador dito «liberal», e que continua a servir a sua igreja como bispo assistente na diocese de Southwark, acha que a coroação seria uma óptima oportunidade para que os líderes não cristãos dessem a sua bênção ao novo monarca.
Fez notar que num serviço cívico realizado no ano passado na catedral de Bristol, as autoridades aceitaram a leitura da passagem de abertura do Alcorão antes do começo do ritual cristão. E acrescentou: «o princípio da hospitalidade pode e deve ser reflectido em muitas cerimónias públicas, incluindo o próximo serviço de coroação».
Recorda-se que há mais de vinte anos, mais concretamente em 1994, o príncipe Charles disse que preferia ser visto como um «Defensor de Fé» do que pelo título monárquico de «Defensor da Fé» e explicou porquê: porque sempre sentiu que «os súbditos católicos do soberano são tão importantes como os anglicanos, como os protestantes.» «Do mesmo modo, penso que os súbditos islâmicos, ou os hindus, ou os zoroastrianos, são da mesma importância vital.» Em 2006, Charles fez saber que queria uma coroação multi-fé, que seria mais «focada e telecêntrica [afastada do centro, isto é, do eixo central, que no caso é anglicano]» do que a da sua mãe em 1953.
Da hoste cristã mais tradicionalista manaram críticas à ideia do bispo auxiliar, mas curiosamente a notícia fala de intelectuais cristãos, não de clérigos propriamente ditos...
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Fonte: http://www.dailymail.co.uk/news/article-2853638/Koran-read-Prince-Charles-coronation-says-bishop-Critics-attack-proposal-accuse-Church-England-losing-confidence-traditions.html

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Enfim, é a mentalidade cristã levada ao extremo, que já Jesus Cristo ordenava: abrir totalmente as portas ao alógeno, até mesmo ao agressor, nem sequer resistir-lhe: «não resistais ao mau».


2 Comments:

Anonymous Observador Atento said...

https://www.youtube.com/watch?v=vuJfTUSR5GE

Como se desenvolveu o chamado "falar ianque", que, vistas bem as coisas, é do mais próximo que existe do inglês antigo. Isto porque os primeiros colonos a chegar às costas americanas vieram do O/SO de Inglaterra, num tempo em que os r´s pré e pós-consonânticos eram a norma no idioma falado na altura (séc. XVII).
A língua do tempo de Shakespeare deve ter soado muito como o cavalheiro de casaco castanho, e não do modo afectado e ultracorrigido que geralmente se associa ao inglês actual, o qual foi uma adição artificial posterior (fins do se´c. XVIII, começos do XIX), por influência aristocrática.

2 de dezembro de 2015 às 09:49:00 WET  
Blogger Caturo said...

Também já li umas palavritas sobre essa teoria, mais concretamente a respeito do rotacismo, mas sinceramente não acredito que metade de um país resolvesse imitar os aristocratas e a outra metade não...

3 de dezembro de 2015 às 01:38:00 WET  

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