HUNGRIA USA QUESTÃO DOS IMIGRANTES PARA APOIAR A ENTRADA DA TURQUIA NA UNIÃO EUROPEIA

A Hungria quer rapidez no processo de entrada da Turquia na União Europeia e da suspensão do requerimento de vistos (de maneira a facilitar a viagem de turcos pela Europa), segundo declaração recente do ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro Péter Szijjárto. 

Depois de ter tido conversações com o seu homólogo turco Feridum Hadi e com o primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu, Szijjárto faz notar que a Turquia foi o país do mundo que maior número de refugiados recebeu e que é «um país chave ao lidar com a crise europeia dos migrantes». A Europa seria incapaz de lidar com a pressão dos refugiados e imigrantes sem o voluntarismo turco de acomodar milhões de refugiados, acrescentou. A Hungria apela à União Europeia (UE) para que estabeleça um plano de acção a definir o apoio e cooperação da Europa em troca dos esforços turcos a respeito dos imigrantes, sublinhando o ministro húngaro a importância de o fazer diante do facto de que há de trinta a trinta e cinco milhões de potenciais imigrantes na região que poderiam fácil e rapidamente decidir embarcar numa jornada em direcção à Europa, e a Turquia pode desempenhar um papel crucial em travá-los. Por isso a Hungria apoia a rápida conclusão do acordo entre Ancara e Bruxelas com uma perspectiva de abrir tantos capítulos quanto possível nas negociações do acesso da Turquia à UE; apoia também a liberalização das viagens de turcos na Europa.

Szijjárto informou ainda que a cooperação económica entre o seu país e a Turquia tem aumentado e faz parte da agenda de negociações com este Estado asiático. Nos primeiros sete meses do ano, as exportações da Hungria para a terra dos Otomanos aumentaram relativamente aos números registados no ano transacto. 

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Fonte: http://hungarytoday.hu/news/hungary-backs-acceleration-turkeys-accession-european-union-13344

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Claro que se poderia perfeitamente fazer com a Turquia um acordo similar ao que se tinha feito com a Líbia de Cadafi, de maneira a que não passasse nem mais um alógeno para solo europeu, em troca de a Turquia poder continuar a ser um Estado privilegiado nas relações com a Europa; por outro lado, não se percebe porque é a Turquia pode travar a entrada de alógenos na UE e a Grécia e a Bulgária não podem... será que para impedir uma futura vinda de Paquistaneses em massa para Europa será preciso meter todo o Médio Oriente na UE?...

Parece que a Hungria continua na senda do pan-turanismo... É costume, neste país, pensar-se que as raízes étnicas da sua nação são afins das dos Turcos. Os Nacionalistas húngaros salientam-no, como é disso exemplo o líder do partido de Extrema-Direita húngaro Jobbik, que, por esse motivo e/ou por outros, chega entretanto a manifestar simpatia para com o Islão, religião que serve de cimento e dinamização do pan-turquismo. 

Na verdade, os historiadores e filólogos já puseram de parte essa teoria da suposta pertença húngara à estirpe turca, afirmando que o idioma húngaro pertence ao grupo fino-úgrico - o mesmo que o dos Finlandeses, dos Estónios e de vários Povos do norte siberiano - e não ao altaico, no qual se insere o Turco, o Mongol, entre outros. E consta que, geneticamente, os Húngaros são quase cem por cento europeus, tendo pouquíssimo ou quase nada de influência asiática. Mas talvez os mitos persistam, a par de eventuais compromissos políticos que foram assumidos ao longo dos tempos. 

O caso exemplifica, mais uma vez, o valor da Estirpe e o perigo da sua infiltração por elementos alógenos - os Húngaros podem ser na sua constituição, aparência e até modo de vida perfeitamente europeus, podem até ter, como têm, um governo que diz textualmente querer proteger a identidade europeia, mas basta que ao olharem para trás na sua ascendência vejam uma raiz turca para que se sintam suficientemente próximos de uma gente asiática a ponto de tal noção de proximidade os levar a constituir um foco de potencial diluição da coesão autenticamente europeia.