sexta-feira, outubro 02, 2015

A FIDELIDADE, UMA DAS DIVINDADES DA HERANÇA RELIGIOSA OCIDENTAL

Fides e Marte apertando as mãos



No primeiro dia de Outubro celebrava-se na Roma antiga, raiz civilizacional e parcialmente étnica de Portugal e do Ocidente, o «dies natalis» ou «dia do surgimento» de um templo dedicado a Fides, a Fidelidade. Nesta data, os três Flâmines Maiores (sacerdotes devotados a um Deus em particular), Flamen Dialis (Flâmine de Júpiter), Flamen Martialis (Flâmine de Marte), e Flamen Quirinalis (Flâmine de Quirinus), guiavam uma procissão ao Capitólio, dentro de um carro coberto. Com os dedos das suas mãos direitas envoltos em tecido branco, realizavam sacrifícios às Divindades Fides e HonosO poeta Horácio reforça o valor do pormenor da mão coberta de tecido branco ao descrever a estátua da Deusa: «Rara Fidelidade, a Sua mão atada com pano branco».
Isto corrobora a descrição de Tito Lívio [ «Ab Urbe Condita», 1.21.4 ] do culto de Fides instituído pelo rei Numa Pompilius: 
«Também instituiu um sacrifício anual à Deusa Fides e mandou que os flâmines fossem para o Seu santuário numa biga coberta, e que executassem o serviço religioso com as suas mãos cobertas até aos dedos, para significar que a Fidelidade deve ser protegida e que o Seu assento é santo mesmo quando está nas mãos direitas dos homens».
Os ritos cerimoniais incluíam a purificação e a comemoração do juramento, sendo depois seguidos de festejos.


Trata-se de um ritual que parece ser da maior importância no contexto religioso da Romanidade, e, em termos do estudo de História das Religiões, tem sido um dos elementos cujo estudo contribui para a promoção da teoria trifuncional de Georges Dumézil, segundo a qual os Romanos, sendo Indo-Europeus, têm uma tríade divina na qual um dos Deuses representa a primeira função indo-europeia, a da soberania, do poder mágico e da justiça (Júpiter), outra das Deidades representa a segunda função indo-europeia, a da guerra (Marte), e a terceira Divindade representa a terceira função indo-europeia, a da fertilidade e da produção (Quirinus).
O detalhe da mão direita oculta é, repete-se, de grande relevância, porquanto evoca a importância da mão no juramento, uma vez que o ritual é realizado em honra precisamente da Fides, conceito de valor crucial para a generalidade dos povos Indo-Europeus. Não é certamente por acaso que dois dos mais importantes Deuses arianos da Índia, Mitra e Varuna, sejam padroeiros do Contrato e do Juramento, respectivamente.
Na tradição nórdica, na céltica e na romana, há uma figura mitológica (historicizada em Roma) que representa de algum modo a Fidelidade, a Justiça, o Juramento (o Direito) e que não tem uma mão: Tyr, do panteão escandinavo, sacrifica uma das mãos para que o lobo Fenrir, inimigo dos Deuses, possa ser preso; Nuadu, rei dos Tuatha de Dannan, (que são os Deuses irlandeses mais importantes), perdeu um/a braço/mão em combate; Mucius Scaevola, sacrificou uma mão sobre um braseiro para mostrar ao inimigo que não tinha medo de sofrer e que por isso não iria trair Roma.
A respeito de Nuadu, é interessante notar uma coincidência que pode revestir-se de grande valor simbólico: sabendo-se que Nuadu ou Nuada foi por vezes considerado o mesmo que Neit, outro Deus irlandês, menos conhecido, mas mais categoricamente ligado à guerra, e sabendo-se que na Ibéria existiu o culto a um Deus da Guerra Luminoso chamado Neton, torna-se particularmente interessante que no norte da Celtibéria tenha sido encontrada uma inscrição na qual se encontra a palavra «Neitin», junto da qual se encontra o desenho de uma mão, talvez uma mão cortada; de notar que os Lusitanos cortavam a mão direita aos inimigos vencidos. Na Lusitânia encontrou-se uma inscrição dedicada a Netus e outra a Netoni.

Disse Silius Italicus, em «Punica» 2.484-87, a respeito da Deusa Fides

«Deusa mais antiga do que Júpiter, virtuosa glória de Deuses e de homens, sem a qual não há paz na Terra, nem nos mares, irmã da IustitiaFides, silenciosa Divindade no coração dos homens e das mulheres

Fides é pois um dos principais constituintes da identidade romana, bem como de outros povos indo-europeus.


O motivo de este dia Lhe ser consagrado deriva do facto histórico de ter sido num primeiro de Outubro que se dedicou um templo à Fides Publica no monte Capitólio (em 258 a.c./495 a.u.c., ou em 254 a.c./499 a.u.c.). Este santuário era usado em certas ocasiões para reuniões do Senado, e cópias de acordos internacionais eram afixadas nas suas paredes.

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A propaganda do sistema esquerdista não cessa; há que bater no ceguinho todos os dias. Os Portugueses são descendentes de tudo menos do povo que aqui habitava desde há milénios. Também convém omitir (partindo do princípio de que todos os povos que aqui meteram a pata deixaram realmente herança genética) a presença de outros povos caucasianos, nomeadamente germânicos, quando se fala dos supostos antepassados dos Portugueses.

Em suma, prossegue-se com a táctica lamacenta tipicamente esquerdista: ter havido povos invasores ou minoritários (por mais minoritários que fossem) no território é a prova provada de que o Português tem, na sua génese, mistura de raça, como se o contributo genético vestigial que possa ter havido fosse automaticamente a norma. Mais um dia a espalharem a mesma mentira, e ver se se convence o povinho da sua suposta miscelânea racial, num tempo em que ter origens exóticas é que é bom e uma enxurrada de refugiados/imigrantes está aí a caminho.

http://oglobo.globo.com/cultura/racas-impuras-17623219?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=compartilhar


2 de outubro de 2015 às 03:00:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Claro que não faltou o autor julgar sem contemplação de deformidade e monstruosidade toda a visão ideológica e moral que não se coaduna com a da mentalidade do sistema: para esta seita, o multiculturalismo é obrigatoriedade; quem tiver mais do que as opiniões permitidas será condenado à morte social.

2 de outubro de 2015 às 03:19:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Cada vez mais, chegou seguinte conclusão; Que somente uma religião ou melhor, um conjunto de religiões ou filosofias religiosas sejam elas panteístas,politeístas,monoteístas ou até mesmo ateístas com bases identitárias e racialistas, seria melhor do que um conjunto de partidos políticos, podem preservar melhor os povos brancos dessa histeria da globalização do partidos na minha opinião, pois partidos acabam, mais religiões são eternas de certo modo. Se compreende-los a crise de homem ocidental viver atualmente, essa crise que mundo viver não é uma crise política, mas sim espiritual. Somente uma solução espiritual podem resolver vazio que vivemos atualmente, pois a religião pegar totalidade de cada aspecto da vida humana isso incluir a política,mas política pegar só um parcela da vida humana, isto é só política. Nesse sentido podemos pega o seguinte exemplo dos judeus,eles tem sobrevivido como raça por mais de 3 mil anos!. Graças o que?;A religião, se tivemos uma religião igual há deles com certeza, hoje não teríamos tantos problemas de conflitos raciais nos países brancos e aonde os brancos são minorias como no brasil, esses conflitos raciais menores estão conduzido o mundo para uma futura guerra racial em ampla escala mundial<isso é um fato!.

2 de outubro de 2015 às 15:08:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Sim, é o totalitarismo antirra do costume impulsionado por uma ignorância pedante das mais ridículas. Mas a culpa não é só dele. Aquilo é toda uma mentalidade culturalmente dominante. O fulano que escreve por acaso é angolano, mas basta ouvir alguém de nível intelectual acima da média a falar das origens dos Portugueses e praticamente o que se lhe ouve é «fenícios, romanos, judeus, árabes, até negros!!!». Alguns poderão dizer «Lusitanos», mas a maioria não saberá que isso significa ou Celtas ou Indo-Europeus arcaicos; uns poucos dirão também «Suevos e Visigodos». Se disserem «Alanos», é só para reforçar a ideia de que «temos todas as misturas e mais algumas!!!!!», especialmente se souberem que os Alanos eram irânicos, ui, que maravilha, gente do Médio Oriente; e quando a seguir se lhes explicar que os Alanos eram indo-europeus, arianos propriamente ditos - Indo-Europeus Irânicos, portanto, Arianos - essa parte já nem é ouvida.

Quando há uns anos ouvi a notícia, nos mé(r)dia, de que os Portugueses tinham «vinte por cento de sangue judaico e dez por cento de sangue mouro» ou ao contrário, tanto faz, reparei que não houve um jornalista a perguntar «e os outros setenta por cento, são feitos de quê?» Não houve. Acresce que até há estudos mais recentes a dar bem menos percentagem à influência judaica e mourisca, e a mostrar que afinal o elemento eventualmente «germânico» (oriundo da zona que inclui Bélgica, Holanda e norte da Alemanha) é, só por si, mais presente no genoma português (vinte e quatro por cento, mais coisa menos coisa) que os contributos judaico, mouro e negróide todos juntos. É claro, claríssimo, muito óbvio, que nada disso foi noticiado.

3 de outubro de 2015 às 23:45:00 WEST  
Blogger Caturo said...

O meu comentário acima é a respeito do primeiro comentário, obviamente.

4 de outubro de 2015 às 00:29:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Quanto à religião, é de facto uma fronteira étnica, mas apenas na medida em que seja uma religião étnica, naturalmente. Faço entretanto notar que uma religião não se produz por decreto ou por conveniência política. Ou há devoção propriamente religiosa ou não há religião que mereça esse nome.

4 de outubro de 2015 às 00:31:00 WEST  

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