quarta-feira, abril 22, 2015

TRINTA E NOVE POR CENTO DOS MUÇULMANOS CULPA AS AUTORIDADES PELA RADICALIZAÇÃO ISLAMISTA DA JUVENTUDE

Fonte: http://www.express.co.uk/news/uk/569536/British-Muslims-blame-MI5-police-radicalisation
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Uma pesquisa feita com base em questionário feito a mil muçulmanos «britânicos» indica que trinta e nove por cento (39%) dos praticantes da religião da paz culpam as autoridades britânicas pela «lavagem cerebral» das gerações mais novas. Apenas vinte e nove por cento (29%) dos muçulmanos discordaram desta afirmação.
O estudo mostra também que um em cada quatro muçulmanos tem simpatia pelos que viajam para a Síria com o intuito de lutar a favor do Estado Islâmico ou califado (ou Daesh). Esta simpatia é especialmente forte no caso das mulheres: cinco por cento dos homens de Alá e onze por cento das mulheres de Alá manifestam uma «enorme simpatia» pelos militantes do califado.
Um em sete muçulmanos simpatiza com as mulheres que viajam para se tornarem esposas dos jihadistas.
Quase três quartos dos muçulmanos disseram acreditar que os «valores da sociedade britânica» são compatíveis com os da sua religião; um em cada sete discordou disso. Mas a tensão entre os muçulmanos e a sociedade britânica em que vivem cresce. Um terço dos muçulmanos diz ter sentido hostilidade, enquanto em contrapartida quarenta e quatro por cento da população não muçulmana diz suspeitar mais dos muçulmanos agora do que antes.
Dois terços dos muçulmanos dizem estar a fazer o suficiente para se integrarem na sociedade muçulmana; cinquenta e sete por cento dos não muçulmanos acredita que o se passa é o contrário.
Seis por cento dos muçulmanos teve coragem de dizer que não considera importante integrar-se na sociedade britânica.
No que toca a prevenir a arregimentação de jovens muçulmanos nas fileiras do terrorismo, quarenta e quatro por cento diz que a responsabilidade é das respectivas famílias. Mais de quinze por cento alega que a responsabilidade é do governo; nove por cento diz que a responsabilidade cabe às autoridades religiosas, três por cento diz que é a polícia quem tem responsabilidade nisso e dois por cento indica que essa responsabilidade cabe às escolas.
Uma porta-voz do Conselho Muçulmano da Grã-Bretanha diz que a sondagem «mais uma vez confirma que os muçulmanos sentem-se britânicos e têm uma forte afinidade com os nossos valores universais partilhados.» Acrescentou: «Estamos tristes, todavia, por a pesquisa ter mostrado que os não muçulmanos estão mais suspeitosos dos muçulmanos, reflectindo um aumento da islamofobia no país ao ponto de esta ser agora aceitável. Precisamos de acção colectiva para curar os conflitos entre as nossas comunidades: temos de continuar a construir pontes entre comunidades e explicar o verdadeiro significado da nossa fé, mas temos também de perguntar se o discurso nos média e dos políticos desempenhou um papel na divisão da comunidade.»

De notar que cerca de seiscentos britânicos viajaram para a Síria e para o Iraque desde que o conflito começou - metade deles terão já retornado ao país.
Nove britânicos - um deles filho de um deputado trabalhista - foram presos em território turco no princípio do mês sob suspeita de tentarem atravessar a fronteira para o país vizinho.