SOBRE A LISTA VIP
A lista VIP das Finanças, que agora está a dar que falar, espelha bem o estilo de governação de um regime podre, iníquo e que não interessa à Nação.
O Estado, que deveria ser Pessoa de Bem, é, nos moldes actuais, o pior inimigo dos portugueses. Os governantes, auto-promovidos à posição de “nós”, os VIP, olham para o comum dos portugueses como “eles”, os votantes, os (mal)governados, e preocuparam-se em fazer do Estado uma verdadeira trituradora de impostos, execuções fiscais, coimas e penhoras para encher os bolsos dos senhores do poder e alimentar os seus privilégios, bem como os dos amigos de conveniência.
O sistema informático montado, super-eficaz na perseguição às pessoas e às empresas, cai implacavelmente em cima de tudo o que mexe. As vidas são devassadas. Qualquer funcionário das Finanças vê a vida de qualquer outro português ao raio-x. Ninguém se sente nem está protegido no presente sistema totalitário.
Ora, como isso acaba por afectar também os criadores deste modelo, estes provam assim o próprio veneno. Que inconveniente! Importa pois arranjar uma forma conveniente de se fugir a essa devassa tão desagradável, e toca de se criar uma lista (ou pacote, como lhe chamaram) de intocáveis. De pessoas que vivem acima da Lei, como é tão comum neste Regime, a começar pelo “pai da democracia”…
De uma só cajadada, o caso da lista VIP faz saltar à vista três podres deste regime. Primeiro: não serve às pessoas, antes persegue-as e devassa-lhes a vida. Segundo: protege uns quantos que vivem acima da Lei e, gozando do seu “estatuto” de “nós”, não podem sujeitar-se ao tratamento dado a “eles”. Terceiro: desenrola-se a habitual novela a que se assiste dos desmentidos mentirosos, que por sua vez são também eles desmentidos pelos factos e evidências.
Continuem a votar sempre nos mesmos… depois, não se queixem.
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http://www.pnr.pt/discursos/lista-vip-nos-eles/
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É mais um testemunho do quão imperfeita é a Democracia na Tugalândia e de como urge melhorar o sistema democrático. Enfim, que a coisa tenha vindo a público e tenha escandalizado os Portugueses já se afigura bom sinal, um sinal de lenta caminhada, mas caminhada, para uma sociedade mais democrática, isto é, mais igualitária entre os iguais, que são os cidadãos todos, sem excepção de classe social ou económica. Quanto menos democráticos são os países, mais as elites reinantes usufruem de privilégios, muitas vezes vergonhosos; quanto mais democráticos são os países, mais atento está o povo para não permitir às elites reinantes que se estiquem seja no quer for. E quanto mais isto for compreendido mais justa se poderá tornar a vivência em sociedade.
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