PNR DENUNCIA A OBSCENIDADE DO DOCUMENTO DE ESTRATÉGIA ORÇAMENTAL
O Governo apresentou na quarta-feira o Documento de Estratégia Orçamental (DEO). Começou por, de uma forma extensiva e a cheirar a campanha eleitoral, publicitar o seu “milagre económico”, que os portugueses ainda não sentiram na carteira nem em lado nenhum, antes pelo contrário. Muitos dos sucessos tão propagandeados ou são fruto da conjuntura ou são meras ilusões de secretaria.
A baixa do desemprego deve-se sobretudo à emigração, ao afastamento dos desempregados por sentirem que o IEFP não lhes resolve o problema ou pela transferência de muitos dos inscritos para cursos de duvidosa utilidade e que só enchem os bolsos a empresas de formação.
A baixa nas taxas de juro que, diga-se de passagem, não é só um privilégio português, e sendo que em alguns países da Zona Euro estão bem mais baixas do que em Portugal, deve-se à liquidez do mercado e à intervenção do BCE (finalmente serviu para alguma coisa), que ameaçou comprar dívida se a especulação não terminasse.
Mesmo o aumento da procura interna, pasme-se, é fruto dos sucessivos chumbos que o Tribunal Constitucional tem feito. É simples: as famílias viram alguns dos seus vencimentos recuperados, gastaram mais, logo a procura aumentou, fazendo aumentar a produção. Uma prova clara de que não é com baixos salários que se estimula o crescimento do PIB.
Depois de um extensivo e fastidioso vender de banha da cobra, lá foram apresentadas as principais medidas, tentando impingir-nos a ideia de que as nossas condições de vida vão melhorar e, claro, o alegado sucesso das medidas deste governo PSD/CDS.
“Quem dá e torna a tirar, ao Inferno vai parar”, diz o ditado popular. Mais: é um insulto aos portugueses, uma vez que nos tentam fazer passar por parvos.
Na função pública, fica tudo na mesma, por via da manutenção das taxas do IRS e da subida do IVA de 23% para 23,5%, acompanhada pela subida da TSU de 11% para 11,2%.
No que toca aos reformados, o CES desce um ponto percentual até aos 2000 euros e de 7 a 10 pontos nas pensões acima dos dos 2000 euros.
Resultado: nada melhora para os primeiros, se fizermos as contas aplicando os aumentos, mas melhora de forma muito significativa para as pensões muito altas, para os “reformados gold”, muitos dos quais muito activos nas críticas ao Governo e a quem são lançadas agora estas benesses para se calarem.
Os trabalhadores por conta de outrem, a Função Pública e os pequenos e médios empresários, ficam agora na mira do Governo, já que vão descontar mais e/ou pagar ou vender os seus produtos mais caros. Tornaram-se pois o inimigo público.
Por fim, falou-se mais uma vez em cortar nas “gorduras do Estado”, sabendo bem nós o que isso significa para o Governo: cortar nos serviços de saúde, no número de escolas e de tribunais, etc., etc. Os encerramentos atingem uma proporção tal que alguns serviços já são menos do que os existentes antes da revolução em 1974, nesse período que tanto a nossa classe política critica. Em sentido contrário aos encerramentos, a despesa do Estado a outros níveis não pára de aumentar, sobretudo com as PPP.
Sacrifícios para quê? Se cada vez ganhamos menos, temos menos qualidade de vida e depois vemos quem não deve a engordar?
O Partido Nacional Renovador não se conforma, e irá sempre bater-se contra quem serve interesses estrangeiros das Tróicas e FMIs, de Bruxelas ou do grande capitalismo selvagem, apátrida e globalizador.
Portugal tem condições e recursos para se livrar das grilhetas a que está acorrentado, e os portugueses condições para terem uma vida melhor e mais digna. Onde está o investimento na exploração de recursos marinhos? Onde está o investimento em mais energias renováveis? Onde está o investimento na educação e na investigação científica? Enfim, onde está o investimento naquilo que, a curto/médio prazo, poderá tirar-nos do lamaçal e do buraco da dívida impagável?
O PNR tem denunciado todos estes atentados aos portugueses e os crimes perpetrados contra a nossa Pátria. Também temos soluções para os problemas. Junte-se a nós!
Fonte: http://www.pnr.pt/noticias/nacional/governo-deo-uns-tirou-aos-outros/
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