LÍDER DA EXTREMA-DIREITA FRANCESA DENUNCIA SEMELHANÇA DA ESQUERDA E DA DIREITA CAPITALISTA E PUGNA PELAS REAIS PREOCUPAÇÕES DO POVO
Agradecimentos ao camarada 1143 por ter aqui trazido esta notícia: http://online.jornaldamadeira.pt/artigos/l%C3%ADder-da-extrema-direita-francesa-espera-eleger-%E2%80%9Cmais-de-1000%E2%80%9D-vereadores (texto original redigido sob o novo aborto ortográfico mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa)
A líder da extrema-direita em França, Marine Le Pen, disse hoje que espera eleger mais de 1.000 vereadores e alguns presidentes de câmara nas municipais de Março, contra os 60 que a Frente Nacional elegeu há quatro anos.
“Esperamos ter mais de 1.000 vereadores” e “ganhar câmaras”, disse Le Pen numa conferência de imprensa de apresentação da sua estratégia política para 2014.
Em relação às eleições europeias de Maio, a dirigente política não quantificou qualquer meta, preferindo sublinhar que o objectivo é mostrar que “está a diluir-se a polarização” entre o Partido Socialista (PS) e a União para um Movimento Popular (UMP).
“As eleições de 2014, em particular as europeias, vão permitir uma recomposição do panorama político francês”, porque vão “pôr em evidência” que o PS, a UMP, mas também os centristas da UDI e os Verdes “dizem todos o mesmo e têm as mesmas políticas quando estão no poder”.
Por isso, disse, a Frente Nacional (FN) vai trabalhar “pela clareza do debate” e contra as “manobras de distracção”, de que acusou a esquerda e o governo, em particular os ministros do Interior, Manuel Valls, e da Justiça, Christiane Taubira, cuja acção contra a delinquência e a imigração considerou insuficiente.
Na opinião de Le Pen, “os franceses querem que os seus representantes políticos se ocupem das suas verdadeiras preocupações”, como o emprego, a “má qualidade da formação profissional”, “as baixas pensões”, “a deslocalização das empresas”, “a insegurança” ou o tratamento dado às vítimas da delinquência.
A dirigente política repetiu o seu discurso anti-europeu, nomeadamente a saída de França da zona euro, uma moeda que considera ser “demasiado forte” e prejudicar a competitividade das empresas francesas.
Os defensores do euro, disse, “não defendem a Europa mas a manutenção de um sistema”.
Marine Le Pen foi questionada várias vezes acerca da intenção do governo francês de proibir os espectáculos do humorista Dieudonné, criticado por declarações anti-semitas, tendo afirmado que a polémica é “uma ‘vendetta’ pessoal” do ministro do Interior “contra um humorista” e que em França existe liberdade de expressão e “não se pode proibir um espectáculo ‘a priori’”.
Le Pen disse que a “chocam algumas afirmações de Dieudonné”, como quando o humorista lamentou que o jornalista judeu Patrick Cohen não tivesse passado pelas câmaras de gás, mas defendeu que o que deve fazer-se é processar judicialmente o humorista sempre que se justifique.
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