quinta-feira, dezembro 19, 2013

OPÁLIA - NA SATURNÁLIA


Dia XIX de Dezembro é consagrado a ÓPIS, Deusa da Fertilidade e da Abundância, tida como consorte de SATURNO. Ao Seu nome liga-se a «Opulência».
Esta celebração integra-se naturalmente no âmbito da SATURNÁLIA, que é a grande celebração da época.
A Opália, ou Opiconsivia,ou Opeconsiva, é um antigo festival religioso romano celebrado no dia 25 de Agosto em honra de Ops («Abundância»), mais conhecida na época como Opis, Deusa dos recursos da agricultura e da riqueza. O festival marcava o fim da colheita, e tinha um festival correspondente no dia 19 de Dezembro a respeito do armazenamento dos cereais. 
O nome de Opis (Opis é a única forma atestada nos textos clássicos, Ops é o nominativo singular, mas não se lê nos autores da época) parece significar «Abundância, Riqueza, Dádivas, Munificiência». A palavra está também relacionada com «opus», ou «trabalho», no sentido de «trabalho da terra». O nome Opis parece ter a mesma origem indo-europeia que o sânscrito «Ápnas», ou «Bens», «Propriedade».
O culto de Opis foi lendariamente instituído pelo rei sabino Tito Tácio. Tinha um famoso templo no Capitólio. Inicialmente tinha um festival a 10 de Agosto.
Ops é representada em posição sentada, como é comum nas Divindades ctónicas, e tem na mão um ceptro ou um feixe de milho. 
A palavra latina consivia (ou consiva) deriva de conserere (semear). Opis era considerada como Deusa ctónica (subterrânea) que fazia a vegetação crescer. Uma vez que a Sua morada era debaixo da terra, Ops era invocada pelos Seus adoradores que se posicionavam da seguinte forma: sentados com as mãos a tocar o solo, isto segundo diz Macrobius (Saturnália, I:10). Consus poderia ser um nome alternativo de Saturno no aspecto ctónico como consorte de Ops, uma vez que, tal como Saturno, Consus também é considerado como esposo de Ops. Consus é o protector do cereal e dos silos de armazenamento subterrâneo. O festival de Consus, Consuália, era celebrado duas vezes por ano, sempre precedendo por poucos dias o de Ops: a 21 de Agosto, depois da colheita, e a 15 de Dezembro, depois das plantações.

A Opiconsívia ou Opália era supervisionada pelas vestais e pelo flâmine de Quirinus, arcaico Deus sabino (que alguns consideravam como sendo Rómulo, fundador de Roma, deificado). A principal sacerdotisa na regia (sede do colégio dos pontífices) usava um véu branco, característico das virgens vestais. Uma corrida de carroças era levada a cabo no Circo Máximo. Cavalos e mulas eram coroados com flores e tomavam também parte na celebração.

É considerada por alguns como equivalente a CYBELE e a RHEA, Esposa de CRONUS, Mãe de ZEUS; os Seus sacerdotes eram os Coribantes.

2 Comments:

Anonymous Sátiro said...

Quando leio nos tratados de genética que o homem partilha 98% do seu material genético com os chimpanzés, fico espantado: 2% do material genético não são suficientes para explicar o salto qualitativo do Homem. É uma estupidez querer reduzir o Homem à sua animalidade: o Homem não é de facto um chimpanzé. O sequenciamento do genoma humana mostra-nos que ainda temos de aprender muitas coisas. Aquilo que parece ser "sem sentido" ou "não-funcional" pode ser precisamente aquilo que faz mais sentido: o caso das cópias de retrovírus é um exemplo.

19 de dezembro de 2013 às 23:57:00 WET  
Anonymous Sátiro said...

A genética sempre atraiu a minha mente cognitiva desde criança: os livros de genética estiveram sempre à mão. E sei que sou capaz de planear um desenho experimental para mostrar os efeitos nefastos da homogeneização da espécie humana. Porém, antes disso, vou funcionar como conceptual designer e desenvolver a genética molecular e populacional das raças humanas.

19 de dezembro de 2013 às 23:58:00 WET  

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