PNR RECORDA QUEM FOI DE FACTO ÁLVARO CUNHAL

Fonte: http://www.pnr.pt/2013/11/13/tambem-nos-nao-esquecemos-alvaro-cunhal/

A celebração quase oficial do centenário do nascimento de Álvaro Cunhal é patética e descabida. Enquanto lá fora se comemora a queda do muro de Berlim, festeja-se por cá o líder histórico dos comunistas, apresentado romanticamente como o intelectual, o pintor, o tradutor, o romancista.

O PNR lembra que Cunhal foi cúmplice de todas as ditaduras marxistas e secretário-geral de um partido que, sob a sua liderança, funcionou sempre como secção local ao serviço dos interesses do Partido Comunista da União Soviética. Não é pois de estranhar que este alegado “combatente pela liberdade” nunca tenha pronunciado palavras de clemência para com os opositores ou dissidentes que eram torturados e encerrados em campos de concentração, ou até mesmo assassinados, um pouco por todo o mundo comunista.

Correu durante anos a tese de um PCP patriótico e de um Cunhal inteligentíssimo, corajoso e cheio de personalidade. Essa tese foi inculcada pelo PCP em Portugal e logo admitida, sem exame, na imprensa lusa. Ora, a abertura dos arquivos soviéticos fez ruir essa ideia falsa. Os registos de documentos e conversas, hoje amplamente divulgados, mostram um Cunhal lambe-botas, dissimulado e hipócrita, com uma obediência canina a Moscovo.

A troco de apoio financeiro para o PCP e empresas satélites, chega a meter dó a submissão da criatura. O PNR considera assim que, perante os dados hoje conhecidos, qualquer processo de branqueamento desta personagem é manifesta desonestidade intelectual.