sexta-feira, novembro 08, 2013

NÃO HÁ DINHEIRO EM PORTUGAL? HÁ SIM... OLÁ SE HÁ...

Fonte: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=26&did=128474
Portugal tem 870 habitantes com fortunas superiores a 22 milhões de euros. O número de "ultra-milionários" no país aumentou entre 2012 e 2013, porque no ano passado eram 785. 
Os dados surgem num relatório da Wealth-X, organização que monitoriza a actividade financeira a nível mundial. Segundo o trabalho, Portugal é o 12º país europeu, num total de 24, que tem mais habitantes muito ricos.
Na lista europeia, Portugal surge à frente de países como a Bélgica, Dinamarca, Luxemburgo e Áustria. O "ranking" não faz a relação percentual entre número de muito ricos por milhões de habitantes - isto é, a listagem é feita tendo por base o número unitário de fortunas.
De acordo com o relatório, publicado esta quinta-feira, o número de ultra-milionários no mundo aumentou este ano 6,3%. Quase 200 mil pessoas possuem 40% da riqueza mundial. 
 
É um caminhar para a terceiro-mundice por via do capitalismo apátrida internacional, que actua mais fortemente onde haja menos consciência cívica. E Portugal é infelizmente dos países da Europa cuja elite está mais naturalmente corrompida por uma mentalidade de completo desprezo pelo povinho, o qual por sua vez não sabe revoltar-se à maneira genuinamente europeia. É por estas e por outras que um dos mais destacados magnatas do país pode dizer, na televisão, com sorriso se calhar trocista nos lábios, que «enquanto o povo anda a protestar na rua está tudo bem», e que um outro «bósse» de massas monetárias comenta que em matéria de austeridade o povo «ai aguenta aguenta»; e que um ministro das Finanças declara que este é «o melhor povo do mundo», pudera, aguenta tudo, com e se for preciso sem vaselina, aguenta e não chora, ou chora pouco e foge daqui para fora, seguindo os conselhos do primeiro-ministro, que manda o seu povo emigrar e que lhe diz para não ser «lamechas». 
Que Portugal, claramente dos mais pobres entre os países europeus, com salário mínimo mais vergonhosamente baixo, seja o décimo segundo com mais habitantes muito ricos, só confirma que a população portuguesa tem andado passiva e continua a dormir e a deixar-se explorar, cada vez mais obscenamente, pela sua elite político-económica.