sábado, junho 15, 2013

ALANDROAL QUER CRIAR MUSEU DE ENDOVÉLICO

Cabeça que se presume pertencer a estátua representativa de Endovélico

A Câmara de Alandroal pretende criar na vila de Terena um Centro Interpretativo do Endovélico, dedicado ao Deus dos lusitanos e que constituiu um «importante culto na região, com influência até Mérida (Espanha), no período romano», destaca o autarca João Grilo, adiantando que o projecto será apresentado em Julho durante o Festival Terras do Endovélico.
«Há aqui um legado da época romana que queremos aproveitar para explicar às crianças, aos jovens e a quem tiver interesse como era a vida nessa altura», explica João Grilo, presidente da Câmara de Alandroal.
Segundo o autarca, o objectivo é «tentar recriar o que era a vida dos lusitanos na região na época em que os romanos colonizaram a zona e em que o culto [do Endovélico] teve maior desenvolvimento».
Apesar de dedicar especial atenção àquela divindade da Idade do Ferro, cujo culto foi dinamizado também pelos próprios romanos, o futuro museu vai integrar igualmente outros aspectos históricos, culturais e etnográficos locais.
A ideia é fazer «a ponte com os outros aspectos culturais do concelho, como a proximidade da fronteira e o imaginário do contrabando, ou manifestações, como as Festas da Santa Cruz», bem como com «outros períodos, como o megalitismo», referiu o edil.
A câmara, que está a elaborar o projecto do museu, pretende que o espaço seja «bastante interactivo, com recurso a novas tecnologias, e muito vocacionado para visitas de crianças e de jovens».
Deus da medicina e da segurança, o Endovélico faz parte do património do imaginário da região e, no concelho de Alandroal, mais precisamente num monte perto de Terena, existiu um santuário romano dedicado a essa divindade.
«O culto do Endovélico acontecia no monte de S. Miguel da Mota, perto da ribeira de Lucefécit. O templo era ali e o único sítio da Península Ibérica em que havia culto conhecido àquele Deus», argumentou João Grilo.
Mas a influência desta divindade pré-romana era mais vasta, já que se registava até Mérida, na vizinha região da Estremadura espanhola.
«Há estatuária recolhida em S. Miguel da Mota que foi produzida em Mérida e oferecida por um grande senhor de Mérida, em agradecimento ao Deus», acrescentou.
Este projecto está a ser desenvolvido em parceria com o Museu Nacional de Arqueologia (MNA), onde alguns dos achados de S. Miguel da Mota, classificados até como tesouro nacional, constituem o núcleo principal da ala dedicada às «Religiões da Lusitânia».
«Há quase 300 peças de estatuária de S. Miguel da Mota no MNA e a maioria está nos reservados do museu, ou seja, não está em exposição», pelo que a câmara alentejana espera poder vir a mostrar parte do espólio no Centro Interpretativo do Endovélico.
«É um museu que pode ter um potencial muito grande de dinamização cultural e do turismo local», frisou o autarca.
O Estudo Prévio do museu, que o município quer candidatar a fundos comunitários, já foi aprovado em reunião de câmara e o projecto vai ser apresentado durante o Festival Terras do Endovélico, que vai decorrer no concelho de 5 a 7 de Julho.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Uma "divindade" de pedra sem poder algum, uma figura tosca e ridícula, assim como os retardados que acreditam nessas fantasias grosseiras e primitivas. Pateta.

16 de junho de 2013 às 10:28:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Estás enganado. Um pateta tens no cu. E estas Divindades têm seguramente, mas é que seguramente, mais poder do que os teus mentecaptos comentários, ó aleijado de merda.

17 de junho de 2013 às 15:04:00 WEST  

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