sexta-feira, junho 14, 2013

FRENTE AOS CONFLITOS E EXPANSÃO ISLÂMICA - GOVERNO DE REGIÃO BIRMANESA QUER LIMITAR NASCIMENTOS DE MUÇULMANOS

Na Birmânia, ou Myanmar, como agora se chama, está acesa a violência, no Estado de Rakhine, entre budistas e muçulmanos.
A contagem dos mortos ascende às centenas. Cerca de cem mil muçulmanos terão já fugido da zona do conflito. As exigências muçulmanas são por seu turno rejeitadas pela maior parte da população e abundam em todo o país campanhas contra as comunidades muçulmanas.
O porta-voz do Estado de Rakhine, Win Myaing, atribui ao crescimento populacional dos muçulmanos rohingyas - dez vezes mais alta que a dos budistas rakhines - a causa das tensões actuais. Consequentemente, as autoridades birmanesas tomaram as seguintes medidas: proibir a poligamia e limitar a dois o número de filhos de cada família muçulmana nas cidades de Buthidaung e Maundaw, onde noventa e cinco por cento da população é do Islão. Reforçar-se-á também a presença policial na região. Estas decisões não se estendem, pelo menos para já, às demais regiões do Estado de Rakhine, já que o número de muçulmanos é nelas baixo.
Em reacção, o Observatório dos Direitos Humanos (HRW ou Human Rights Watch) acusa as autoridades de Rakhine de fomentarem destarte «limpeza étnica» contra os muçulmanos rohingya. As autoridades birmanesas por seu turno registam os rohingyas como «bengalis» e consideram-nos como imigrantes, mesmo que haja famílias deste grupo étnico que vivem na Birmânia há várias gerações.
Nisto as autoridades estão bem apoiadas pelo povo - uma parte significativa da maioria budista nutre antipatia pelos muçulmanos em geral e pelos rohingyas em particular. Milhares destes últimos não têm direitos de cidadania.

E depois são vítimas, discriminados e mortos e tal... mas porque cargas de água é que em toda as partes do tempo e do espaço os muçulmanos, assim que começam a ser em número avultado, tornam-se sempre odiados pelos não muçulmanos, incluindo os usualmente pacíficos budistas, que por acaso foram varridos no norte da Índia, há mil e tal anos, pela invasão muçulmana?

De resto, a sorte dos Birmaneses do caso é não serem ocidentais, porque se o fossem, agora tinham à perna acusações de racismo do mundo inteiro...
E já agora, como é que os Ocidentais vão fazer «se» tiverem de enfrentar uma situação destas? A ver vamos, se entretanto há alguma vitória política nacionalista decisiva em solo europeu ou se em vez disso todas as Astúrias serão poucas para que os Europeus se possam salvaguardar...