segunda-feira, maio 06, 2013

MINISTRA AFRICANA DE ITÁLIA QUER DAR NACIONALIDADE ITALIANA A TODO O IMIGRANTE NASCIDO EM SOLO ITALIANO

Entre as sete mulheres escolhidas para o novo Governo italiano, Cecile Kyenge, 48 anos, foi nomeada para ministra da Integração. É a primeira negra a chegar ao governo do país. Defensora da entrega da nacionalidade imediata a crianças nascidas em Itália que sejam filhas de imigrantes, Kyengeestá a ser alvo de comentários racistas por parte de elementos da extrema-direita italiana. Mas não é a única mulher a ser ameaçada.
“Será mesmo necessário um ministro de cor? Com todo o respeito pela senhora”. A frase é de Alessandro Loi, padre na paróquia de Lotzorai, na Sardenha, e foi publicada recentemente na página do pároco no Facebook. O “ministro de cor” é Cecile Kyenge, uma médica oftalmologista da República Democrática do Congo que chegou a Itália aos 18 anos e que integra desde Abril o novo Governo de Enrico Letta.
O comentário é um dos muitos que nos últimos dias têm sido dirigidos a Kyenge, antiga deputada do Partido Democrata, que estabeleceu como uma das suas primeiras tarefas como ministra preparar um dossier sobre o racismo institucional.
A italiana quer ir mais longe e conseguir que seja revogado o crime de imigração ilegal e tornar mais acessível aos estrangeiros a entrada no mercado de trabalho. Junta aos seus objectivos a “luta contra a violência sexista, racista, homofóbica e de qualquer natureza”. No topo da lista está ainda a naturalização automática de crianças nascidas de pais imigrantes e não apenas aos 18 anos, como determina a actual lei italiana.
A sua etnia e as posições que tem assumido enquanto deputada e agora como ministra colocaram-na na linha de fogo da extrema-direita italiana. Termos como “zulu”, “negra anti-italiana” ou “macaca congolesa” têm surgido em sites e blogues em Itália. A ministra tem dado apenas uma resposta a estes comentários: “Não sou de cor, sou negra e digo-o com orgulho”.
"Governo bonga-bonga"
Mario Borghezio, eurodeputado da Liga Norte, partido xenófobo que integrou a coligação governamental de Silvio Berlusconi, está entre os que fizeram comentários pejorativos contra a ministra. Segundo a Reuters, Borghezio referiu-se à coligação de Enrico Letta como o “governo bonga-bonga” e a Kyenge como alguém que parece ser “uma boa dona de casa mas não uma ministra”. Esta afirmação foi condenada pela presidente da Câmara dos Deputados italiana, Laura Boldrini, que considerou como “vulgaridades racistas” as palavras de Mario Borghezio.
A própria presidente da Câmara dos Deputados italiana tem sido alvo de insultos. Ao jornal La Repubblica, Laura Boldrini admitiu nesta sexta-feira que desde a sua nomeação em Março deste ano tem recebido ameaças em mensagens divulgadas na Internet, algumas delas de violência sexual,  acompanhadas de fotomontagens.
Contra estas ameaças e outras semelhantes feitas às mulheres em Itália, Boldrini quer “abrir uma frente de batalha”, disse ao La Repubblica. “Quando uma mulher chega a um cargo público é alvo de agressões sexistas, quer sejam simples rumores ou violência, é sempre utilizado o mesmo vocabulário de humilhação e submissão”. A responsável italiana diz que esta é “uma situação de urgência em Itália, porque há mulheres que morrem às mãos dos homens todos os dias”.

 
É notória, no texto acima, a tentativa rasca de colagem do Feminismo ao Anti-racismo, na lógica esquerdista de meter mulheres e minorias étnicas no mesmo saco contra o «homem branco europeu» - a intenção é, como diria Christopher Hitchens, menos a vontade de promover as minorias e as mulheres do que de dissolver a identidade do branco, atacando-lhe o símbolo habitual de poder, que é o predomínio do homem branca (pelo menos) em terra branca...

É igualmente notória a tentativa, atabalhoada mas nem por isso menos rasca, de falar em «ameaças contra a ministra», como se dizer simplesmente que a orgulhosamente negra a viver num país branco não serve para o cargo seja, por si só, uma «ameaça». Às tantas até é um atentado bombista...
Para a associação colar melhor, diz-se que uma outra ministra, esta de raça branca, foi ameaçada por e-mail, e depois vai daí,
 - primeiro, estabelece-se um nexo de ligação (aldrabada) entre as mulheres, pretas e brancas, unidas numa mesma suposta frente afro-feminista,
 - a seguir, evoca-se as alegadas ameaças contra a ministra branca, e já 'tá, por associaçãop previamente estabelecida a ameaça foi também contra a negra, e além disso disseram que a negra é bonga-bonga e prontos, mistura-se tudo num cozinhado com montes de «paprika» anti-racista e serve-se a caldeirada, pronta a consumir...

Aliás, que o jornalista chame «italiana» a uma africana que só na idade adulta foi para Itália já é de si indicador de maus hábitos ideológicos.

Quanto à posição que a negra agora ocupa, é estereotipadamente sintomática - a elite tecnocrática que sem processo eleitoral escolheu o novo governo espetou lá com uma negra que quer abertamente abrir bem abertas as portas do país à sua gente, sem pudor nem vergonha nenhuma, nem disfarce sequer, tau, mesmo na fuça do Povo, é de aproveitar agora que a malta está tonta com tanta crise e descalabro económico, pimba, é que nem a vê, a notícia se calhar agora passa para baixo de outras e, à surrelfa, num processo claramente não democrático, aproveita-se para alterar a lei da nacionalidade de modo a criar assim uma plataforma que encherá a pátria latina de imincolonos oriundos de África...

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Olha para esta, Caturo:

http://www.tvi24.iol.pt/economia---economia/fmi-lagarde-grecia-despedimentos-funcao-publica/1446796-6377.html

6 de maio de 2013 às 23:12:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Caturo, deixei aqui um comentário que não aparece.

7 de maio de 2013 às 16:29:00 WEST  
Blogger Caturo said...

É fartar vilanagem, e ir esticando a corda, para acabar de vez com a protecção do povo diante dos poderes económicos privados. Mas pode ser que tanta ganância venha a custar caro, e não apenas às vítimas do costume.

7 de maio de 2013 às 19:43:00 WEST  
Anonymous Pedro Lopes said...

"http://www.tvi24.iol.pt/economia---economia/fmi-lagarde-grecia-despedimentos-funcao-publica/1446796-6377.html"

AH caralho!!!
Quero ver a bruxa lagarde ir mandar bitaites quando o Aurora estiver no comando da Grécia.

7 de maio de 2013 às 19:54:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Caturo, deixei aqui um comentário que não aparece.»

Qual?

7 de maio de 2013 às 21:04:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Esquece que é o primeiro comentário.

7 de maio de 2013 às 22:02:00 WEST  

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