sexta-feira, abril 12, 2013

PNR DENUNCIA LEI CONTRA A DISCRIMINAÇÃO RACIAL

Numa proposta de alteração da Lei contra a Discriminação Racial, o Governo pretende agravar fortemente as multas por discriminação. Esta medida, embora travestida de nobres intenções e enfáticas linguagens, mostra claramente quão maquiavélicos são os desejos da esmagadora maioria dos políticos. O apertar da malha no combate ao “racismo” esconde sinistros motivos para encher os cofres do estado, sinistros motivos para ocultar a origem da criminalidade e sinistros motivos para obrigar-nos a aceitar na secretaria aquilo que a prática quotidiana nos recomenda a recusar.
O povo português, que tem demonstrado ser tolerante para com outras raças e etnias, é assim visto como um povo racista. Se não existem queixas sobre discriminação, é porque ela não existe ou é residual. Podem os portugueses ter uma imagem critica da imigração descontrolada (sobretudo aqueles que, nas grandes cidades, sofrem dos pseudo-benefícios dessa imigração, sobretudo no que toca à criminalidade), mas só discrimina de facto quem o rouba, quem o assalta, quem o persegue nos transportes públicos e quem transforma o seu bairro em favelas onde a policia só pode entrar fortemente armada.
À luz desta medida, a simples recusa de um emprego ou do aluguer de uma casa (muitas vezes, por motivos mais que óbvios e que nada terão a ver com discriminação) poderão facilmente cair nas malhas desta Lei, criando de facto uma verdadeira discriminação.
Com esta alteração à Lei, pretendem também impedir-nos chamarmos os bois pelos nomes e obrigar-nos a ocultar a raça e a etnia dos criminosos. A isto chama-se uma tentativa, da parte do Governo e demais partidos com assento parlamentar, de branquear a criminalidade e a impunidade de que gozam certas raças e etnias.
O povo português, normalmente tolerante com outras raças e etnias, face a impunidade de que gozam muitas delas e a estas leis discriminatórias, vai a pouco e pouco criando defesas, que a breve trecho se transformarão no que estas medidas visam, teoricamente, combater.
Resta ainda saber se, quando chegar a hora da aplicação prática das medidas punitivas agora agravadas na referida Lei, essa aplicação será feita a elementos de todas as raças e etnias ou se iremos assistir à culpabilização permanente de uns e à desculpabilização constante de todos os outros, como é costume por essa Europa fora.