NA ÁUSTRIA - TRUQUES DAS FORÇAS DO SISTEMA - DE ESQUERDA E DE «DIREITA» - PARA ABAFAR OS NACIONALISTAS
Agradecimentos ao camarada RC por me ter dado a conhecer esta denúncia:
Na Áustria, o eurodeputado Andreas Mölzer, do Partido da Liberdade Austríaco (FPÖ - Freiheitliche Partei Österreichs) escreveu no seu blogue, em Alemão, que «os manipuladores de opinião vermelhos e negros» parecem «ter encontrado uma receita para pelo menos temporariamente conterem o crescimento do FPÖ.»
Por «manipuladores de opinião vermelhos e negros» refere-se aos partidos da Extrema-esquerda e dos Conservadores.
Nas recentes eleições locais, o FPÖ perdeu em dois importantes bastiões seus e a sua votação desceu cerca de dez por cento, no cômputo geral.
Diz Mölzer: «primeiro, criaram um partido paralelo para competir com o FPÖ. Uma vez que o partido que previamente desempenhava esse papel, o Aliança para o Futuro da Áustria (Bündnis Zukunft Österreich - BZÖ) parece estar agora a ponto de desaparecer completamente no fundo da gaveta da pequena política interna austríaca, na tradição da estratégia velha foi desenvolvido um novo partido.»
(De lembrar que o BZÖ foi fundado por Jörg Haider).
O novo partido a que Mölzer sde refere é o «Team Stronach», fundado por Frank Stronach, emigrante austríaco no Canadá em 1954 que aí se tornou milionário. No ano passado retornou à Áustria e criou o supra-mencionado partido, que compete com o FPÖ no campo do eurocepticismo, mas, ao contrário do FPÖ, não se opõe à imigração oriunda do terceiro mundo... Atraídos porventura pelo estatuto de celebridade criado em torno do Team Stronach, seis deputados do parlamento austríaco, incluindo dois do BZÖ, juntaram-se a esta nova formação partidária, o que lhe permitiu alcançar um estatuto oficial no sistema parlamentar e passar a receber o avultado financiamento estatal de €1.4m.
É aquilo a que se chama ter a escola toda, cambada... à revelia da Democracia, consegue-se promover um novo partido, criado por poderes puramente económicos.
Quando a campanha partidária foi lançada, expôs declarações políticas com o apoio de Bill Clinton e de Larry King.
Nas eleições regionais, a Team Stronach - a Equipa de Stronach, nome sugestivo... - alcançou onze por cento dos votos, o que fez baixar a votação do FPÖ.
Continua Mölzer: «a segunda estratégia é a da criação de escândalos, disseminando casos de corrupção reais ou alegados» criados pelo BZÖ mas atribuídos também ao FPÖ. Com isto refere-se ao escândalo da alegada corrupção na província da Caríntia que envolveu políticos não alinhados mas associados ao BZÖ, que aparentemente também contaminaram o FPÖ.
A terceira estratégia é, segundo Mölzer, encenar «debates governamentais inter-coligação» a respeito das Forças Armadas e da habitação «simulados no discurso vermelho e negro» e que consequentemente leva a que tais assuntos dominem o debate político. Uma vez que o FPÖ não está directamente envolvido nesses temas, a cobertura mediática do partido desceu. «A estratégia parece estar a funcionar», diz o militante do FPÖ, acrescentando que o seu partido se situa agora nos vinte por cento dos votos em vez dos trinta por cento que tinha alcançado há relativamente pouco tempo. E diz mais: «esta estratégia poderia safar a tropa vermelha e negra, ou poderia receber o apoio dos Verdes», o que faria com que o ambiente político na Áustria se tornasse fortemente esquerdista.
Mölzer afirma todavia que o sucesso da Team Stronach será «provavelmente apenas um fenómeno temporário. O carácter de terceira categoria do seu pessoal político e a idade do seu mentor político (oitenta e um anos) faz com que isso seja inevitável», mesmo que alcancem dez por cento dos votos nas eleições nacionais de Setembro de 2013.
«A razão de ser política da Team Stronach é impedir, ou pelo menos adiar, a marcha do FPÖ para a liderança política. Portanto, permanece um facto que o FPÖ liderado por Heinz-Christian Strache representa a única alternativa séria na Áustria, a única força política que almeja uma verdadeira mudança e reorientação» da actual política. «Revezes políticos de curto prazo, como os que tivemos na Caríntia e Áustria Baixa, e que poderemos vir a sofrer também nas próximas semanas e meses, provavelmente não mudam nada. Precisamos de solidariedade interna, uma sólida alternativa e um longo espaço político para respirar para enfrentarmos as maquinações políticas do sistema. Mesmo se não seja possível um governo Strache-FPÖ este ano, apenas a nossa própria hesitação ou luta interna poderá mudar as nossas perspectivas de longo prazo.»
Nas últimas eleições, o FPÖ conseguiu trinta e quatro assentos parlamentares e 17.54% dos votos.
1 Comments:
Irregularidades nas eleições presidenciais austríacas?
http://newobserveronline.com/austrian-govt-investigates-vote-irregularities/
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