segunda-feira, fevereiro 25, 2013

REJEIÇÃO CRESCENTE DOS PORTUGUESES EM MOÇAMBIQUE

Artigo da imprensa moçambicana que me chegou por e-mail (texto a itálico):
Propriedade da Sociedade Comercial de Notícias da Beira, S.A. Director Editorial : Artur Ricardo
Editorial Sexta-Feira, 1 de Fevereiro 2013
Os riscos de nova colonização
Publicado em sábado, 23 Junho 2012

O país comemora, na segunda-feira, os 37 anos da independência nacional, duramente conquistada das mãos dos colonialistas portugueses ao fim de dez anos da luta armada de libertação de Moçambique, encabeçada pela FRELIMO.
A independência é produto da coragem e determinação que caracterizou os jovens da geração 25 de Setembro, os quais aceitaram sacrificar a sua juventude para lutar pela pátria.
Se é verdade que temos todo o poder político nas mãos, o mesmo já não se pode dizer em relação ao poder económico. O país continua dependente do apoio externo em cerca de metade do Orçamento Geral do Estado.
Somos, sim, os donos da terra, mas ainda não estamos economicamente em condições de decidir tudo o que queremos, facto que fica a dever-se a algumas imposições que nos são colocadas por doadores, para justificarem o seu apoio.
Aliás, desde a proclamação da independência, a 25 de Junho de 1975, ficou claro que a luta iria continuar pela conquista da segunda independência, a económica.
É verdade que o país já deu muitos passos nessa direcção, em vários campos de batalha económica. Há muitos obstáculos que foram removidos, mas muita coisa há ainda por fazer, em particular na produção de alimentos, para se chegar ao cume da montanha.
A luta do povo moçambicano deve ser no sentido de não permitir que sejamos, novamente, colonizados, não no campo político, mas económico.
De algum tempo a esta parte, temos estado a assistir à entrada em massa, no país, de estrangeiros de várias origens, que se estabelecem em Maputo e noutras províncias. Eles estão, a pouco e pouco, a conquistar espaço e a controlar as coisas ante a apatia de todos.
Há casos de portugueses que estão a instalar-se, pela primeira, vez em Moçambique e outros que já cá estiveram no período da colonização. Alguns deles são acusados até de estarem a comprar bilhetes de identidade que os qualificam como moçambicanos e irão disputar os recursos que o país tem em pé de igualdade com os verdadeiros donos da terra.
Significa que vão poder usufruir, quando chegar a altura, dos dividendos resultantes da exploração dos jazigos de gás na bacia do Rovuma (Cabo Delgado), e em Inhambane, do carvão de Moatize, em Tete, das areias pesadas de Moma (Nampula), de Chibuto (Gaza), e de tantos outros recursos naturais que têm sido descobertos um pouco por todo o país.
No caso dos que haviam fugido do país porque não aceitavam ser governados por negros e que hoje abandonaram Portugal, a braços com uma grave crise económica, já estão a contratar advogados na tentativa de lhes ajudarem a recuperar os seus bens nacionalizados pelo Estado entre 1976 e 1977, nomeadamente prédios de rendimento, fábricas e outros.
Quem fala de portugueses, pode referir-se aos paquistaneses, nigerianos, congoleses e cidadãos de outras nacionalidades que têm estado a chegar ilegalmente ao país e que facilmente se inserem na sociedade e no mundo de negócios, aproveitando-se da fragilidade de algumas instituições públicas e da corrupção que afecta o país.
Ainda que inconscientemente, estamos, a pouco e pouco, a hipotecar a nossa independência. Estamos, em última análise, a vender o nosso país aos pedaços, ao permitir que comunidades, cada vez mais fortes, de estrangeiros tomem o controlo das coisas, enquanto os verdadeiros donos do país estão a ver o navio passar.
No caso particular de Maputo, avenidas como a Joaquim Chissano, Guerra Popular, Acordos de Lusaka e outras estão tomadas por cidadãos de origem asiática. Compraram uma parte significativa das casas que estavam à beira da estrada, destruíram-nas e em seu lugar montaram parques de venda de carros usados.
Quer-nos parecer que estamos, de alguma forma, a perder o controlo da situação, a favor de estrangeiros. Somos de opinião que, enquanto cedo, os moçambicanos têm que despertar e, acima de tudo, unirem-se à volta da causa nacional.
Não devemos permitir uma nova colonização, a económica. Só que isso não se resolve falando, mas trabalhando, tomando atitude perante as coisas. É preciso fazer valer a nossa identidade como moçambicanos, donos desta rica mas empobrecida terra.


Portanto, leitores, espalhai palavra - em Moçambique não há espaço para portugueses, e ainda bem. Cada Povo na sua terra.

12 Comments:

Anonymous Portugal, Nação do Minho até Timor! said...

Tu bem gritas, mas ninguem te liga nenhuma! Os portugueses continuam tranquilamente a emigrar, cada vez em maior numero, para o Brasil, Angola e agora tambem Moçambique.
HABITUA-TE cabrão!

http://blog.opovo.com.br/portugalsempassaporte/portugueses-no-brasil-estes-sao-os-empregos-com-mais-saida-em-2013/

25 de fevereiro de 2013 às 21:36:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

se Os brasileiros odeiam os Portugueses e já têm a independência há quase 200 anos.....

Só vai mesmo para Africa gente oportunista ou jovens muito ambiciosos.

Muita culpa desta situação é dos retornados, passam a ideia que em africa é que era boa vida!!!

temos 2 retornados de destaque no governo e ambos de moçambique o passos coelho e o relvas, sim esse mesmo, o gajo que obteve uma licenciatura em 24H.

Tenho conhecimento de uma amiga que foi a africa(ela é muito bonita e ruiva) e foi varias vezes insultada para voltar para a terra dela, ela era toda liberal mas mudou um pouco a maneira de pensar depois dessa visita lolol

Os pretos têm um complexo de inferioridade muito grande e odeiam com toda a força os europeus, sobretudo os negros que têm estudos superiores

25 de fevereiro de 2013 às 22:23:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Tu bem gritas,»

Eu bem grito, ó meu filhodaputa, então mas tu é que estás aí a guinchar, ainda por cima com exclamações de quem está a ter um chelique... Tu e quejanda imundice bem tentam cimentar com cuspo e lérias essa treta da lusofonia que tanto vos faz babar de entusiasmo mas o raio dos factos cada vez contribui mais para vos lixar com F grande essa converseta toda, e quanto mais eles forem divulgados melhor. Claro que para ti isto é uma chatice, sobretudo quando se te atira a essa fuça histérica com as consequências, algumas mortais, que os emigrantes portugueses colhem na vossa adorada ultramarinaria tugo-tropical, a isso só respondes com um argumento de «facto consumado», como quem diz «o que interessa é que lusofonia se construa!», o que bem mostra a coisa podre que és a todos os níveis.

De resto, mais uma vez podes bem cagar nesse discurso porque a verdade verdadinha, verdadíssima até, é que os emigrantes portugueses não nos comprometem minimamente - não podemos impedi-los de saírem de cá, o que não implica que não possamos impedir os naturais de lá de virem para cá. E estaremos perfeitamente, mas perfeitamente, perfeitissimamente, dispostos a fazer o mesmo aos portugueses emigrantes que entretanto retornem com prole mestiça - mas é que nem duvidem.

O que entretanto não deixa de ser estranho é o porquê de a tua escumalha tugo-tropicalista não embarcar de vez para o Brasil, que para vocês é «um Portugal maior». Não fazem cá falta nenhuma e o mais que podem andar por cá a congeminar é a alimentar redes de imigração palopiana, o que de resto não surpreenderia nada em merda como vocês.

26 de fevereiro de 2013 às 03:47:00 WET  
Blogger Afonso de Portugal said...

Portugal, Nação do Minho até Timor! disse...
«Os portugueses continuam tranquilamente a emigrar, cada vez em maior numero, para o Brasil, Angola e agora tambem Moçambique.»

"Tranquilamente"?... Nem mesmo tu acreditas nisso!

De resto, um indivíduo que se congratula com o êxodo dos seus compatriotas para o estrangeiro é um TRAIDOR em qualquer parte do mundo.

26 de fevereiro de 2013 às 21:52:00 WET  
Blogger legião 1143 said...

acabo de ler no jornal que relvas está precisamente em moçambique a fazer acordos (num só sentido , claro !) para ajudar os atletas locais (à nossa custa claro !), mais uma aldeia olímpica talvez .

28 de fevereiro de 2013 às 15:27:00 WET  
Anonymous Ricardo Martins Soares said...

Concordo com a parte final do artigo que diz "cada povo em sua terra". A ida de portugueses para Africa ate' 1974 se justificava em virtude de Moçambique e as restantes colonias africanas ate' entao serem parte integrante da Republica Portuguesa. Hoje como paises independentes nada mais justifica essa emigraçao e tao pouco a crise que esta' a atravessar Portugal. Nao adianta ser-se contra a xenofobia e o racismo. E' necessario prevenir situaçoes que levem a isso e por isso sou contra a ida de portugueses para a Africa como sou contra a ida de africanos para Portugal,

6 de maio de 2013 às 01:57:00 WEST  
Blogger Caturo said...

De acordo.

6 de maio de 2013 às 04:24:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Imigrar para assumir quais funções?
portugueses são no Brasil personagem de piada, já que o Brasil se encanta mesmo é com os anglos e nórdicos, portugueses não são bem vistos mesmo,imploram para o reconhecimento de diplomas universitários que foram negados,Portugal faliu e espalha de novo seus habitantes pelo mundo, para não morrer de fome mesmo

8 de maio de 2013 às 20:00:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Bem, que aí no terceiro-mundo os Portugueses não sejam respeitados, não duvido, mas na Europa há portugueses muito bem colocados ao nível científico e profissional. No Reino Unido, por exemplo, os médicos portugueses têm boa fama: http://www.theportugalnews.com/news/view/1026-12

8 de maio de 2013 às 22:05:00 WEST  
Blogger Caturo said...

De facto, o destino dos Portugueses é mesmo deste lado do Atlântico e a norte do Mediterrâneo. O resto que fique para trás. E à distância.

8 de maio de 2013 às 22:07:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Não posso deixar de dizer que.... mete nojo o que aqui se le ... racismo e xenofobia...juntem-se todos e desapareçam...não interessam ao mundo civilizado. O mundo é de todos...o planeta Terra é de todos que nele habitam...se quiser ir morar para moçambique VOU!!! Não me interessa o que fizeram ou deixaram de fazer na altura do colonialismo....o que interessa é respeitar e ser respeitado, se todos tiverem em prespectiva este pensamento, não interessa se é françes brasileiro angolano japonês indiano ou seja o que for...!!!! RESPEITO PELO PROXIMO E PELO PLANETA QUE E DE TODOS!!!

29 de março de 2014 às 09:11:00 WET  
Blogger Caturo said...

O planeta é de todos... em cada casa, bem entendido. O planeta não é igualmente de todos, cada terra é do seu povo.

1 de junho de 2014 às 15:07:00 WEST  

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