quarta-feira, novembro 09, 2011

LIVROS DE PIPI DAS MEIAS ALTAS ACUSADOS DE RACISMO...


Numa conferência de Estado sobre a anti-discriminação, realizada na cidade alemã de Leipzig, a teóloga Dra. Eske Wollrad, da Associação Federal de Mulheres Evangélicas na Alemanha, acusou de racismo os livros da personagem infantil Pipi das Meias Altas (Pippi Långstrump, em Sueco), escritos nos anos quarenta por Astrid Lindgren - e exige por isso que se façam alterações a estas obras, que permitam aos pais contornar ou explicar certas passagens...
A verdade é que os editores já alteraram a frase original usada para o pai de Pipi das Meias Altas como rei de uma ilha dos Mares do Sul, de Rei Negro para Rei dos Mares do Sul, segundo informa a senhora, que é conselheira para a responsabilidade social e a igualdade no grupo das mulheres protestantes. Mas há mais passagens na obra que Wollrad acusa de racismo, como por exemplo esta: «as crianças negras atiram-se à areia diante das crianças brancas. Quando eu estava a ler o livro ao meu sobrinho, que é negro, eu pura e simplesmente deixei de lado essa parte.»
A teóloga acrescenta que os livros têm muitos aspectos positivos, nomeadamente a contestação da autoridade, a promoção da figura feminina, a oposição ao adultismo e a violência contra os animais, mas apesar disso a parte racista continua a incomodar... e põe assim a questão: «a pergunta que tem de se fazer a si mesmo é se podia ler uma determinada passagem em voz alta a uma criança negra sem parar ou hesitar. Só depois se pode dizer se está tudo bem ou não.»
Mais afirma, Wollrad, que a literatura para crianças tinha muita falta de personagens não brancas, o que significa, não apenas que muitas crianças brancas não encontram crianças doutra herança até entrarem para a creche, mas também que muitas crianças não brancas não encontram nos livros personagens que lhes sejam familiares. Por isso, conclui a teóloga, «isto pura e simplesmente não é útil se queremos ajudar as nossas crianças a encontrarem o seu lugar numa sociedade multicultural. Um terço das crianças com menos de cinco anos na Alemanha é de origem imigrante. Os editores parecem pensar que só as mulheres brancas de classe média compram os seus livros. Nós como consumidores temos de mostrar que isso não é suficientemente bom.»

E assim se vê, pela boca, não de um qualquer «racista paranóico», mas sim de uma típica representante da elite anti-racista, assim se vê, dizia, em que ponto começa a estar o indígena europeu em sua própria casa - a perder terreno a alta velocidade, ao ponto de ter de começar a ver a sua própria cultura a sofrer alterações quando não restrições, porque a elite assim o determina, porque tem de ser, porque sim, porque o espaço que é herança exclusiva dos Europeus passa a pertencer também a outras gentes porque a elite quer e acabou...
A parte em que a teóloga refere que as crianças brancas não têm contacto com não brancos antes da creche merece especial atenção. Essa relativa preservação do contacto com alógenos constitui, na realidade, uma salvaguarda da identidade de grupo - não de uma salvaguarda sem a qual não possa haver identidade, mas pelo menos de uma defesa, de uma barreira importante para que a formação da personalidade se dê no seio do seu próprio grupo, fortalecendo assim o apego ao mesmo. É esta lealdade natural que gente como esta teóloga quer destruir... porque sim, porque a Santa Madre Igreja Anti-Racista e Multiculturalista dos Últimos Dias do Ocidente exige essa transformação do humano, o totalitarismo anti-racista é mesmo isto. Um totalitarismo universalista herdeiro, em tudo, do Cristianismo - e não admira que desta feita seja uma teóloga cristã a promover tão inquisitorialmente a agenda anti-racista, a coerência está lá toda...

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A antirraria é doente, totalmente louca.A autora deste livro citado, Astrid Lindgren, era da mesma laia dos antifas...

10 de novembro de 2011 às 13:33:00 WET  

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