domingo, setembro 04, 2011

LEMBRAR A QUEDA DO PRIMEIRO IMPÉRIO DO OCIDENTE...

Caiu neste dia, mas no ano de 476, o Império Romano do Ocidente, às mãos de Odoacro, líder germânico, talvez hérulo, esciro ou doutra origem, não é sabido ao certo. O que de facto se sabe é que começou por ser um mercenário ao serviço de Roma e, ao depor o último imperador romano, Rómulo Augústulo (ironicamente, o nome do primeiro rei e o nome do primeiro imperador de Roma), tornou-se no primeiro rei bárbaro de Roma. Uma deposição que, para bárbara, até foi muito civilizada - por ser jovem e dono de grande beleza, Rómulo Augústulo foi poupado e até recebeu uma pequena fortuna para viver em paz com a sua família na Campânia.
Não deixou evidentemente de se tratar de uma usurpação por parte dos bárbaros - bárbaros estes que começaram por ser aceites em Roma como migrantes, refugiados, uma espécie de imigrantes, e depois acabaram por alastrar e tomar o poder. Faz pensar em qualquer coisa de inquietante, mas aqui assim muito mais perto em termos cronológicos...

Foi boa, a queda de Roma? É comum dizer-se que se deve fazer a História de um modo neutral, mas isto aqui é um blogue pessoal, religioso, político, enfim, é o que me apetecer, e a verdade é que qualquer humano que estude a História terá sempre mais simpatia por alguns intervenientes na gesta humana do que outros. E, a respeito da potência fundada há dois mil setecentos e tal anos pelo lendário Rómulo, são frequentes as opiniões apaixonadas, contra ou a favor. Como em tudo, cada qual terá a sua opinião, à luz dos seus critérios, naturalmente. De um ponto de vista estritamente nacionalista, o império nem sequer deveria ter existido, porque todo o império, representando a sujeição de um ou mais Povos a outro, implica opressão da Nação, quando não a sua diluição no seio de uma massa alógena. Cá pelo burgo costumamos dizer que somos Lusitanos, o que não estará totalmente errado, e, nesse aspecto, não é costume gostarmos da malta de César, e de facto, eticamente era bem melhor que Viriato e a sua gente tivessem conseguido manter a sua independência. Objectivamente falando, o que é certo é que, nesse caso, nem sequer estaríamos agora a falar esta língua, que é latina, portanto, românica, a nossa identidade étnica não seria a que é, não haveria, muitíssimo provavelmente, nenhum país chamado «Portugal». A queda do Império foi portanto justa, mas celebrá-la seria um pouco como, sendo filho de um violador, celebrar a morte do próprio pai...  O homem é culpado, o sangue não. E ao sangue deve-se lealdade, porque acima dos indivíduos está longa e multi-milenar corrente ancestral da qual são nada mais do que um elo. Rejeitem-se sempre os impérios, saúdem-se sempre as estirpes.


16 Comments:

Anonymous Anónimo said...

caturo

andam a fazer isto em roma:

Fountain in Rome's Piazza Navona Vandalized - ABC News

A man has vandalized a fountain in Rome's famed Piazza Navona, detaching two
big chunks off a marble statue. The damaged statue was a ...
abcnews.go.com/Entertainment/wireStory?id=14445275

5 de setembro de 2011 às 02:01:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

CONCORDO COM ISTO:
http://espectivas.wordpress.com/2011/09/04/o-maniqueismo-%e2%80%9cnacionalismo-versus-democracia%e2%80%9d/



(não concordo com isto:
http://espectivas.wordpress.com/2011/09/03/a-necessidade-de-reforma-do-pnr-ou-da-criacao-de-um-novo-partido-politico/ )

5 de setembro de 2011 às 02:07:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

BOYCOTT NEW YORK TIMES:


NY Times: America Should Embrace Sharia Law

Don’t Fear Islamic Law in America
(NYT) — MORE than a dozen American states are considering outlawing aspects of Shariah law. Some of these efforts would curtail Muslims from settling disputes over dietary laws and marriage through religious arbitration, while others would go even further in stigmatizing Islamic life: a bill recently passed by the Tennessee General Assembly equates Shariah with a set of rules that promote “the destruction of the national existence of the United States.”


Supporters of these bills contend that such measures are needed to protect the country against homegrown terrorism and safeguard its Judeo-Christian values. The Republican presidential candidate Newt Gingrich has said that “Shariah is a mortal threat to the survival of freedom in the United States and in the world as we know it.”


This is exactly wrong. The crusade against Shariah undermines American democracy, ignores our country’s successful history of religious tolerance and assimilation, and creates a dangerous divide between America and its fastest-growing religious minority.


The suggestion that Shariah threatens American security is disturbingly reminiscent of the accusation, in 19th-century Europe, that Jewish religious law was seditious. In 1807, Napoleon convened an assembly of rabbinic authorities to address the question of whether Jewish law prevented Jews from being loyal citizens of the republic. (They said that it did not.)

Read the full story.

5 de setembro de 2011 às 02:21:00 WEST  
Anonymous Cunistorgis said...

Apesar de tudo os romanos eram irmãos arianos, tal como os germânicos. O mesmo não se pode dizer do que nos ameaça, os semitas do Norte de África ou da Península Arábica...

5 de setembro de 2011 às 02:38:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Exactamente.

5 de setembro de 2011 às 02:46:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«CONCORDO COM ISTO:
http://espectivas.wordpress.com/2011/09/04/o-maniqueismo-%e2%80%9cnacionalismo-versus-democracia%e2%80%9d/»

Pois... eu também.



«(não concordo com isto:
http://espectivas.wordpress.com/2011/09/03/a-necessidade-de-reforma-do-pnr-ou-da-criacao-de-um-novo-partido-politico/ )»

Também não concordo.

5 de setembro de 2011 às 03:07:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Cunistorgis disse...
Apesar de tudo os romanos eram irmãos arianos, tal como os germânicos. O mesmo não se pode dizer do que nos ameaça, os semitas do Norte de África ou da Península Arábica...

5 de Setembro de 2011 02h38min00s WEST


o norte de africa não era semita, foi a merd@ das invasões...

5 de setembro de 2011 às 16:52:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Ayatollah Mesbah-Yazdi: “No place for Human Rights, democracy or citizenship in Islam”

Mesbah-Yazdi, the theoretician of violence, gave a new speech at the end of Ramadan (end of August) in which he criticized the opinion of those people who claim Islam is based on generosity and respect for Human Rights.

In this speech he said: “Democracy, Human Rights and the rights of citizenship have no place in Islam.” He continued that there is no room for freedom of speech and thought in Islam, and that Islam is based on strictness and violence. Muslims and those who convert to the religion of Islam must only adhere to the opinions of the leader of the Islamic Republic, according to Mesbah. He continued: “Until a person has converted to Islam, he is free — but democracy and Human Rights have no meaning within Islam. Everything must be under the surveillance of the government, even the way people dress. And if some people say otherwise, they don’t know Islam.”


Mesbah-Yazdi founded the official ideological school for the politics of the regime with the unlimited budget approved by the government, which is supported by oil money. This ideology is, as mentioned by him, oppression and violence while paying no attention to the basic citizen and human rights. According to the expertise of knowledgeable scholars, Mesbah’s claims stand in contradiction to the teachings of the Quran that are based on the high value of each human being (KARAMAT).

The International Organization to preserve Human Rights in Iran strongly rejects such anti-religious and anti-human ideologies. It would be appropriate for the United Nations to demand that the government of Iran accept and provide a visa for Dr. Ahmad Shaheed, special rapporteur on international human rights, so that the minds of the people all around the world can comprehend the catastrophes taking place in the dark dungeons of the judiciary departments of Iran.

The International Organization to preserve Human Rights in Iran, 1. September 2011

5 de setembro de 2011 às 18:11:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"os semitas do Norte de África "

Berberes.

5 de setembro de 2011 às 19:34:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Bom provavelmente enfrento o risco de ser encarado como retrógado, mas creio que debater é em todo o caso saudável.

O acessório de que fala, poderia na pior das hipoteses ,significar, uma conversão cega á conhecida retórica das necessidades, que é apanágio da esquerda,e consequentemente o descrédito pelas questões que até aqui ,somente o PNR, tem como primordiais.
Contudo, durante a campanha eleitoral do PNR das ultimas legislativas , reparei que essas mesmas "questões numéricas", que atormentam todos os portugueses, eram pouco salientadas, sendo expostas de forma quase sumária,sei que tal se deve em parte ao escasso tempo que lhes é concedido ,porém, creio que deveria ser-lhes dada um maior destaque ,sem nunca, no entanto, abdicar de questões identitárias.

Gostaria de ouvir a vossa opinião acerca de outro assunto, nomeadamente o da homosexualidade. Compreendo a posição do PNR relativamente a esta questão,face a um decréscimo demográfico da população autóctone e a uma onda avassaladora de imigração,sobretudo terceiro-mundista,esta medida apresenta-se como viável, a familia é portanto a força motriz para proporcionar um futuro promissor as gerações futuras e assegurar a identidade.
No entanto, esta postura não acabará por ser uma desvantagem no sentido de prejudicar uma maior aderência ao voto? não correrá o risco de ser visto como castrador de liberdades individuais?

Bom espero então as vossas opiniões.

cordialmente

Pyro

6 de setembro de 2011 às 17:02:00 WEST  
Blogger Caturo said...

A respeito da homossexualidade há diversas posturas no seio do Movimento. Costuma distinguir-se a homossexualidade do homossexualismo - uma, é prática sexual, outra é a promoção de certo modo «activista» dessa prática sexual, eventualmente com um intuito político-cultural. O PNR insurge-se terminantemente contra este procedimento propagandístico.
Não vejo, entretanto, qualquer incompatibilidade séria entre o Nacionalismo e a homossexualidade.

6 de setembro de 2011 às 17:38:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Não vejo, entretanto, qualquer incompatibilidade séria entre o Nacionalismo e a homossexualidade

Sou hetero e digo o mesmo!

Quantos mais melhor

6 de setembro de 2011 às 23:08:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Cunistorgis disse...
Apesar de tudo os romanos eram irmãos arianos, tal como os germânicos. O mesmo não se pode dizer do que nos ameaça, os semitas do Norte de África ou da Península Arábica...

5 de Setembro de 2011 02h38min00s WEST

os arianos são da asia
os semitas são da peninsula arabica

7 de setembro de 2011 às 01:25:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

6 de Setembro de 2011 17h02min00s WEST


não concordo com a adopção de crianças por homossexuais.

7 de setembro de 2011 às 01:29:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Eu também não concordo com adopção de crianças por homosexuais.

saudações

pyro

7 de setembro de 2011 às 12:44:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«os arianos são da asia os semitas são da peninsula arabica »

E os Indo-Europeus são da Europa.

8 de setembro de 2011 às 18:32:00 WEST  

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