quarta-feira, agosto 03, 2011

JUDAS PRIEST, 27 DE JULHO DE 2011 - «EPITAPH» - PAVILHÃO ATLÂNTICO, LISBOA

Mais um concerto que fica para a História do entretenimento metaleiro em Portugal e confirma a grandiosidade destes «ferreiros», que, ao fim ao cabo, foram em certa medida criadores do verdadeiro Heavy Metal - não os únicos criadores, decerto, mas o que é commumente dado como ponto assente é que foram os Judas Priest quem começou a afastar o Metal das influências blues, ou seja, a distanciar a música metálica da sonoridade de raiz negróide que a antecedeu. Só por isso, e ainda que outro brilhantismo não tivesse, este quinteto oriundo da terra de Hengist e Horsa já mereceria especiais honrarias...
E a dar concertos, estes velhadas do aço sonoro mostram-se continuamente insuperáveis - os anos não lhes tiram vitalidade, antes a fazem mais rutilante.

Aqui fica por isso a abertura dessa bem justificada noite de Metal:

15 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Grande banda, óptimos músicos, uma noite para recordar, sem dúvida!
Rob Halford e seus capangas estão como o vinho do Porto!

3 de agosto de 2011 às 13:16:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"quem começou a afastar o Metal das influências blues, ou seja, a distanciar a música metálica da sonoridade de raiz negróide que a antecedeu".

isso não é mínimamente relevante:onde estaria a música heavy-rock se não fossem grupos como os black sabbath,led zeppelin,cream,deep purple ou steppenwolf?todos eles têm raízes nos blues,mas esse facto não lhes tira qualquer importância;imagina agora eu não gostar de heavy metal por causa do hendrix...é que não faz a menor "comichão",e porquê?porque as sonoridades evoluem,fora de um dado contexto,e é preciso é que se dê o "pontapé de saída" criativo,o que neste caso foi a amplificação das guitarras e o uso mais vulgarizado da distorção e dos pedais.além do mais,os apreciadores de blues não formavam exactamente um clube de negros como os que polvilhavam a zona sul de chicago...nas mãos de europeus as fórmulas rítmicas,harmónicas e melódicas de génese bluesy ganharam outros contornos,deligando-se da matriz original.apesar de ter um ancestral negróide,o rock/metal nada tem,na sua estrutura formal,que evoque remotamente essa ancestralidade;europeizou-se na sua essência.é tão simples como isso...
já os the who,mc5 e ramones deram origem ao punk,mas isso são outros festivais.
se nos formos cingir ao estritamente caucasiano no que a música diz respeito,então deveríamos ficar sómente com a música erudita e a folk,mais nada.é ou não é?:)

3 de agosto de 2011 às 13:27:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Olha só para isto Caturo:


http://www.cbsnews.com/stories/2011/06/23/ap/government/main20073579.shtml

3 de agosto de 2011 às 22:17:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

O Metal têm origem na música erudita e na nota musical chamada 'triton' que era proibida na idade média pq acreditava-se ser uma nota diabólica sendo o black sabbath a primeira banda a usá-la por isso o metal ganhou contorno de gênero demoníaco. Desde as notas aos intrumentos passando pelos músicos, no metal td é caucasiano td é branco. Agora se alguns músicos do metal gostam de blues isso é com eles cada um ouve o q quer.

3 de agosto de 2011 às 23:18:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Vocalista homossexual.

3 de agosto de 2011 às 23:48:00 WEST  
Blogger Caturo said...

"quem começou a afastar o Metal das influências blues, ou seja, a distanciar a música metálica da sonoridade de raiz negróide que a antecedeu".

isso não é mínimamente relevante»

Eu acho maximamente relevante. Claro que Black Sabbath e outros não perdem o seu valor, mas o afastamento mais notório em relação ao blues merece destaque. Judas Priest constitui pois, de um ponto de vista metaleiro e nacionalista europeu :), uma referência incontornável.

4 de agosto de 2011 às 03:22:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«O Metal têm origem na música erudita e na nota musical chamada 'triton'»

Interessante, sem dúvida. De onde vem o tritone?

4 de agosto de 2011 às 03:24:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

'Interessante, sem dúvida. De onde vem o tritone?'

Heavy metal is usually based on riffs created with three main harmonic traits: modal scale progressions, tritone and chromatic progressions, and the use of pedal points. Traditional heavy metal tends to employ modal scales, in particular the Aeolian and Phrygian modes. Harmonically speaking, this means the genre typically incorporates modal chord progressions such as the Aeolian progressions I-VI-VII, I-VII-(VI), or I-VI-IV-VII and Phrygian progressions implying the relation between I and ♭II (I-♭II-I, I-♭II-III, or I-♭II-VII for example). Tense-sounding chromatic or tritone relationships are used in a number of metal chord progressions. The tritone, an interval spanning three whole tones—such as C and F#—was a forbidden dissonance in medieval ecclesiastical singing, which led monks to call it diabolus in musica—"the devil in music."Because of that original symbolic association, it came to be heard in Western cultural convention as "evil". Heavy metal has made extensive use of the tritone in guitar solos and riffs, such as in the beginning of "Black Sabbath".
Robert Walser argues that, alongside blues and R&B, the "assemblage of disparate musical styles known...as 'classical music'" has been a major influence on heavy metal since the genre's earliest days. He claims that metal's "most influential musicians have been guitar players who have also studied classical music. Their appropriation and adaptation of classical models sparked the development of a new kind of guitar virtuosity [and] changes in the harmonic and melodic language of heavy metal." The Grove Music Online states that the "1980s brought on ...the widespread adaptation of chord progressions and virtuosic practices from 18th-century European models, especially Bach, Wilhelm Richard Wagner and Vivaldi, by influential guitarists such as Eddie Van Halen, Randy Rhoads and Yngwie Malmsteen".

Although a number of metal musicians cite classical composers as inspiration, classical and metal are rooted in different cultural traditions and practices—classical in the art music tradition, metal in the popular music tradition. As musicologists Nicolas Cook and Nicola Dibben note, "Analyses of popular music also sometimes reveal the influence of 'art traditions.' An example is Walser’s linkage of heavy metal music with the ideologies and even some of the performance practices of nineteenth-century Romanticism. However, it would be clearly wrong to claim that traditions such as blues, rock, heavy metal, rap or dance music derive primarily from 'art music.


SD_HAMMER_1986

4 de agosto de 2011 às 04:37:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

HALFORD: Brazil's 'Hetero Pride Day' Proposal Is 'Childish'

JUDAS PRIEST singer Rob Halford — who revealed he was homosexual during a 1998 appearance on MTV — has slammed as "childish" the newly adopted legislation calling for a "Heterosexual Pride Day" to be celebrated on the third Sunday of each December in São Paulo, Brazil.

The proposal now rests in the hands of São Paulo mayor Gilberto Kassab, who must sign the legislation for it to become law.

In late June, the Washington Post reported that evangelical leaders in São Paulo were pushing a "Heterosexual Pride Day" after being unable to rid the city of its "Gay Pride" parade.

The legislation's author, Carlos Apolinário, said the idea for a 'Heterosexual Pride Day' is "not anti-gay but a protest against the privileges the gay community enjoys."

"I respect gays and I am against any kind of aggression made against them," Apolinário said, according to the Associated Press. "I have no trouble coexisting with gays as long as their behavior is normal."

The Brazilian Lesbian, Gay, Bisexual, and Transgender Association criticized the legislation, saying it could provoke homophobic violence.

"How many LGBTs will be attacked because of the message that only heterosexuality makes someone a moral person and a good citizen," the association said in a statement.

"The celebration of heterosexual pride is inappropriate because it belittles the just cause of the LGBT community," the statement added. "Unlike homosexuals, heterosexuals are not discriminated against simply for being heterosexuals."

Speaking to Brazil's Globo from his hotel room in Barcelona, Halford was astonished to hear the news. "'Heterosexual Pride Day'? Like the 'Gay Pride Day'? I think ... well ... [silence] Brazil has always had a straight-pride parade — it's called the Carnival, right?"

He continued, "[Gays] are a minority which has been terribly oppressed over the years. We need to have a voice. Once we have the same rights as heterosexuals have, we may no longer need a gay parade. But it is a party, that's all. It is no different than going to a metal show where everybody gets together and celebrates."

Halford added that, in his opinion, creating a "Heterosexual Pride Day" is a "childish" idea.

When asked in a December 2009 interview with the Dallas Voice if he has a particularly gay audience, Halford said, "I have my gay metalhead fans all over the world. Sometimes they are so obvious from stage but it's still a wonderful surprise."

Regarding how it has been since he came out more than 10 years ago, Halford said, "It gives me a lot of comfort and it was a weight off my shoulders. There is a lot of phobia in metal music, but me coming out chips away at that wall, bit by bit. It just crossed my mind that I had no negative feedback. Fans were cool, and that speaks volumes for the better world we're in. We have come forward by leaps and bounds."
http://www.roadrunnerrecords.com/blabbermouth.net/news.aspx?mode=Article&newsitemID=161539

4 de agosto de 2011 às 06:52:00 WEST  
Blogger Anti-ex-ariano said...

Anónimo disse...
«O Metal têm origem na música erudita e na nota musical chamada 'triton'»

Em rigor, o trítono é um intervalo muscial, isto é um conjunto formado por duas notas musicais, e não uma só nota.

O nome trítono significa três tons (tri+tom) e refere-se a todos os conjuntos de notas musicais que distem precisamente três tons entre si, contadas desde a nota mais grave até à mais aguda.

Por exemplo, as notas Dó e Fá# formam um trítono, porque distam precisamente três meios tons inteiros entre si, assim como as notas Lá e Ré#:

Dó-Ré(1,0)-Mi(2,0)-Fá(2,5)-Fá#(3,0)
Lá-Si(1,0)-Dó(1,5)-Ré(2,5)-Ré#(3,0)

4 de agosto de 2011 às 14:21:00 WEST  
Blogger Anti-ex-ariano said...

Caturo escreveu...
«De onde vem o tritone?»

O trítono foi primeiro descrito pelos gregos, quando estes dividiram a oitava musical em intervalos concretos, formando as primeiras escalas musicais.

O interesse do trítono está subjacente à teoria da harmonia, isto é, ao estudo dos sons que são emitidos simultaneamente como, por exemplo, os acordes.

Os acordes são constituídos por agrupamentos de notas tocadas em simultâneo, separadas entre si por intervalos concretos. Por exemplo, num acorde de Dó maior, temos as notas de Dó, Mi e Sol.

Entre Dó e Mi distam 2 tons inteiros, o que constitui uma terceira maior, entre Mi e Sol vão 1.5 tons, o que constitui uma terceira menor e entre Dó e Sol vão 3.5 tons, o que constitui uma quinta perfeita.

Todos estes intervalos (terceira maior, terceira menor e quinta perfeita) são consonantes, isto é, as notas envolvidas têm uma sonoridade estável e agradável. É por isso que um acorde de Dó maior é considerado agradável ao ouvido humano.

Há porém certos intervalos musicais que geram tensão ou suspense, devido à interacção das frequências das notas envolvidas (ver http://www.youtube.com/watch?v=BhZpvGSPx6w), sendo considerados instáveis ou dissonantes(ver http://en.wikipedia.org/wiki/Consonance_and_dissonance).

Na música erudita, estes intervalos têm de ser seguidos por consonâncias para eliminar essa tensão, isto é, para "resolver a dissonância". Uma música é considerada harmonicamente interessante quando várias consonâncias e dissonâncias são usadas, sendo as dissonâncias devidamente resolvidas.

Ora, o trítono é aquele que é considerado justamente o mais instável de todos os intervalos dissonantes, sendo por isso a sua resolução particularmente difícil (ver http://cnx.org/content/m11953/latest/)

Daí a dificuldade de compor músicas interessantes usando trítonos e daí a genialidade do heavy metal, um género em que os trítonos são geralmente resolvidos de forma consistente.

Não é por acaso que muitos amantes de heavy metal apreciam música clássica e vice-versa. O melhor da teoria da harmonia está lá. :)

4 de agosto de 2011 às 14:24:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

nao percebi bem.

Porque é que o metal tem origem negroide?

Porque o Hendrix tocava guitarra electrica?

Quem inventou a guitarra, viola? Brancos
Quem inventou a guitarra electrica? Branco nao?

Que tem o metal a ver com Blues? nao percebo

4 de agosto de 2011 às 20:18:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Excelente explicação, camarada Anti-ex-ariano, óptimo trabalho.

6 de agosto de 2011 às 03:03:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Anónimo, diz-se que o Metal vem do Blues, e o Blues era música de negros - embora feito com viola de quatro cordas, claro.

Ora isso por um lado até torna o fenómeno do Metal mais interessante: como é que de uma música negróide e de um contexto sócio-merdiático pró-negróide, pôde surgir um estilo musical que, INCONSCIENTEMENTE, foi rompendo com isso, e NÃO por motivos ideológicos, pelo menos que se vejam, e isso é que é mais fascinante - dir-se-ia que esta «branquização» é algo de natural, como que instintivo, o que aponta para noção romântica de «Alma Racial»...

Os primeiros metaleiros não eram nazis, racistas nem nada que se parecesse com isso. As letras das músicas eram, até ao final dos anos oitenta, apolíticas - e das poucas vezes em que tinham conteúdo político, eram de Esquerda, e por vezes até anti-nazis (casos dos alemães Kreator, Running Wild) ou pelo menos da Esquerda pacifista (os alemães Sodom). Os Iron Maiden fizeram uma música, muito popular, a dizer que «white man came (...) he brought us pain and misery» (palavras postas na boca de um índio); os Manowar, embora tenham usado uma estética NS na capa de um dos seus álbuns (Sign of the Hammer), a única ocasião em que tenho conhecimento de fazerem alusão a raças é para dizer, numa das suas músicas a glorificar os Índios, «let the white man die!» (mais uma vez, posto na boca de um índio).

E todavia... e no entanto... e contudo... a totalidade do público deste pessoal é praticamente branca, sobretudo europeia, sobretudo norte-europeia, e leste-europeia, menos sul-europeia... E, nos anos noventa, surge de repente o NSBM (Black Metal Nacional-Socialista) e uma conotação nacionalista nas bandas do Black Metal em geral, ou «secretamente» racialista, como são disso exemplo os disfarçadamente nordicistas Bal-Sagoth.

Ele há coincidências do camandro.

6 de agosto de 2011 às 03:16:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"(mais uma vez, posto na boca de um índio)."

Não calha bem mas entendo, os índios estão ainda em situação pior que a nossa. (e isto pode também servir de consolo) :D

6 de agosto de 2011 às 03:56:00 WEST  

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