quarta-feira, junho 29, 2011

DADOS SOBRE A ACÇÃO DO CRISTIANISMO CONTRA A RAÇA

Mais uma vez, agradecimentos ao correligionário e camarada que aqui trouxe as seguintes informações sobre a posição da Cristandade em relação à Estirpe (texto do camarada a itálico, traduções do Inglês feitas por mim):

O Professor Guy G. Stroumsa (Hebrew University of Jerusalem), na página 83 livro Barbarian philosophy: the religious revolution of early Christianity, afirma que para os cristãos dos primeiros séculos as etnias e raças eram completamente irrelevantes:
«O interesse cristão na salvação da alma e da pessoa humana, por exemplo, incluía a falta de um sério interesse nos valores da sociedade, no que quer que pudesse parecer como contingente nas formas da existência humana. Aspectos étnicos eram profundamente irrelevantes para os cristãos.»

Anthony David Smith (Oxford University) na página 35 do livro "The Ethnic origins of nations" afirma que o Cristianismo dos primeiros séculos «ajudou a... transcender as divisões étnicas existentes.»


Ou seja, a acção unificadora do cristianismo primitivo, que é a mais autêntica forma de doutrina cristã, reduziu, ou até eliminou, as barreiras entre as etnias e raças, as quais têm suas raízes no passado pré-cristão.

Durante o período colonial, a Igreja Católica desobedecia às leis e celebrava casamentos interraciais entre escravos negros e colonos europeus livres. As autoridades seculares não reconheciam a validade dessas uniões. Mas a Igreja Católica, contrariando os poderes nacionais, aceitava a validade dessas uniões e até autorizou que o ritual fosse simplificado e flexibilizado (a Igreja passou a reconhecer casamentos sem a presença de sacerdotes), para que tudo ficasse ainda mais rápido e fácil.
O pesquisador Armando Lampe, no livro "Mission or Submission? Moravian and Catholic Missionaries in the Dutch Caribbean during the 19th Century", escreve: «Esta forma de casamento secreto foi aplicada aos escravos e o Estado reagiu vigorosamente contra tais casamentos de escravos, como Brouwers asseverou numa nova carta a Roma. Estes casamentos eram registados num dos mais antigos livros baptismais: nos anos 1744, 1745 e 1746, houve casamentos de escravos realizados »in facie ecclesiae«, ou seja, na presença do padre e das testemunhas. Apesar do conflito entre o Estado em 1785, estes casamentos secretos continuaram. Na tradição oral eram chamados »stempel cuero« (selar a pele). Não apenas esses comentários continuaram apesar da proibição oficial, mas foi além disso inventada uma nova forma.
(...)
A prática dos casamentos sem testemunhas, combinada com a nova decisão de Roma de legitimar a ausência de um sacerdote, levou a um novo procedimento em Curacao: os casamentos sem a presença de padre e de testemunhas. Os casamentos secretos eram cuidadosamente registados; temos estes registos desde 1839 até 27 de Março de 1886.(...)
Em 1855, Putman, o sacerdote paroquial de Santa Rosa, escreveu que havia muitos »matrimonia clandestina valida«. Muitos escravos eram casados com mulheres livres e homens livres com escravas; viviam, na maior parte dos casos, nas plantações com o consentimento dos proprietários.
(...)

Entre 1785 e 1863, e mesmo antes 1785, os casamentos de escravos eram considerados legítimos pela Igreja Católica. O Estado considerava os escravos como não-pessoas; portanto, não lhes era permitido casar. Na Igreja Católica não havia, todavia, nenhuma distinção entre escravos e homens livres no caso dos casamentos."
FONTE: "Mission or Submission? Moravian and Catholic Missionaries in the Dutch Caribbean during the 19th Century", páginas 124, 125, e 126.

A pesquisadora Alida Metcalf (Trinity University) analisou os registos da paróquia de Santana de Parnaíba, no Brasil, confirmando que a Igreja Católica protegia, incentivava, e celebrava casamentos interraciais em solo brasileiro. Estar distante da metrópole lusitana facilitava a sua acção: «Entradas nos registos de casamento da paróquia de Satana documentam que entre 1726 e 1820, os padres celebraram quatrocentos casamentos entre escravos que viviam na paróquia. Além disso, os padres também casaram administrados índios, sobretudo durante a primeira parte do século XVIII. Os matrimónios entre escravos e administrados, escravos e indianos, e entre escravos e gente livre, também aparecem nos registos matrimoniais.»
FONTE: Family and frontier in colonial Brazil: Santana de Parnaíba, 1580-1822 (UNIVERSITY OF TEXAS PRESS), por Alida C. Metcalf, página 165.

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11 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"Estar distante da metrópole lusitana facilitava a sua acção"

Para casar sim, mas se um senhor branco tivesse um filho mulato com uma escrava em solo nacional parece que não haveria grande problema como atestam os vários registos de baptismo de mulatos de há séculos atrás.

29 de junho de 2011 às 16:21:00 WEST  
Blogger Anti-ex-ariano said...

Resumindo:

«Aspectos étnicos eram profundamente irrelevantes para os cristãos.»

(…) o Cristianismo dos primeiros séculos «ajudou a... transcender as divisões étnicas existentes.»

«Durante o período colonial, a Igreja Católica desobedecia às leis e celebrava casamentos interraciais entre escravos negros e colonos europeus livres», frequentemente em segredo, sem sacerdotes e sem testemunhas.

«O Estado considerava os escravos como não-pessoas; portanto, não lhes era permitido casar. Na Igreja Católica não havia, todavia, nenhuma distinção entre escravos e homens livres no caso dos casamentos.»

«(…) a Igreja Católica protegia, incentivava, e celebrava casamentos interraciais em solo brasileiro.»

«Além disso, os padres também casaram administrados índios, sobretudo durante a primeira parte do século XVIII. Os matrimónios entre escravos e administrados, escravos e indianos, e entre escravos e gente livre, também aparecem nos registos matrimoniais.»



Beatos? Onde é que vocês andam? O que têm a dizer acerca de tudo isto? Helllooooooo?????

29 de junho de 2011 às 17:31:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Beatos? Onde é que vocês andam? O que têm a dizer acerca de tudo isto? Helllooooooo?????"


nem vale a pena, também já tentei abrir os olhos a vários (p.exemplo, no meu blogue) mas chamam-me «ignorante» ou então desculpam-se com outras coisas (religião egipcia, helenismo, islão, etc)

29 de junho de 2011 às 19:38:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Alida C. Metcalf


uma gaja estrangeira

29 de junho de 2011 às 19:45:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Beatos? Onde é que vocês andam? O que têm a dizer acerca de tudo isto? Helllooooooo?????»

queres uma aulinha de história? :D

30 de junho de 2011 às 17:42:00 WEST  
Blogger Anti-ex-ariano said...

«Beatos? Onde é que vocês andam? O que têm a dizer acerca de tudo isto? Helllooooooo?????»

queres uma aulinha de história? :D

Agradeço, mas dispenso as vossas aulas de história distorcidas e enviesadas a favor dos vigaristas do Judeu Morto. A mim só me interessam factos concretos, validados e demonstráveis.

O que eu quero mesmo -ou melhor, queria, porque já sei que não vai acontecer- era que se referissem aos factos descritos no tópico em concreto.

Ou será que acham que isto tudo são invenções do camarada Caturo e do camarada anónimo que aqui as trouxe?

30 de junho de 2011 às 18:58:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Beatos? Onde é que vocês andam? O que têm a dizer acerca de tudo isto? Helllooooooo?????"

Isso se passava fora da Europa, que é o que importante, além que as religiões pagãs também casavam pessoas de diferentes estirpes, e portanto estão umas para as outras.

1 de julho de 2011 às 16:43:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Não, não estão. As religiões pagãs não pregavam o amor universal a ponto de desobedecerem à autoridade do Estado.

2 de julho de 2011 às 00:11:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Aliás - simplesmente não preegavam o amor universal.

2 de julho de 2011 às 00:12:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Mas também não pregavam contra o amor universal, ou seja, permitiam casamentos entre diferentes estirpes.

2 de julho de 2011 às 09:53:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Mas não a incitavam - e sobretudo não contrariavam qualquer atitude de salvaguarda racial, completamente ao contrário do Cristianismo, cuja moral CONTRARIA

VISCERALMENTE

o racismo, o racialismo, o nacionalismo, tudo o que seja exclusivismo étnico.

21 de julho de 2011 às 18:54:00 WEST  

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