DUPLA MULTIRRACIAL ASSALTA OURIVESARIA NA CHAMUSCA (SIM, JÁ NÃO É SÓ EM LISBOA)

Dois homens armados com uma caçadeira de canos serrados assaltaram ontem uma ourivesaria na rua principal da Chamusca, pelas 11h50, tendo roubado cinco expositores com objectos de prata e 30 relógios de pulso.
Os ladrões, um branco e outro de raça negra, que terão entre 20 e 25 anos, actuaram de cara destapada e fugiram num carro de alta cilindrada que parou à porta da ourivesaria Pinhal, conduzido por uma mulher.
"Por acaso, estava distraído a ler a notícia da última página do Correio da Manhã sobre os assaltos a lojas de ouro e nem dei por eles entrarem", contou ao CM o proprietário, José Pinhal, que se encontrava debruçado no balcão numa altura em que não estava qualquer cliente. Subitamente, um deles apontou-lhe a arma à cabeça e disse-lhe: "Se ofereces resistência, morres! Isto é um assalto!" Na loja, estava apenas o empregado, Raul Silvestre, que foi também ameaçado de morte, caso tentasse algum movimento.
"O ouro? Onde está o ouro?", foi a pergunta que os ladrões fizeram várias vezes a José Pinhal enquanto o mandaram deitar-se no chão, atrás do balcão. "Eu mantive sempre a calma e disse-lhes que não tinha ouro. Só o que estava à vista", recorda José Pinhal, explicando que os objectos mais valiosos ficaram tapados pelo jornal e os assaltantes acabaram por não os ver.
Para evitar danos ainda maiores, foi o próprio dono quem abriu os expositores aos ladrões. O assaltante branco segurava a arma, enquanto o negro recolheu o produto do roubo. Entretanto, já a dona de um cabeleireiro ao lado tinha notado algo estranho e telefonou para a ourivesaria, o que terá assustado os assaltantes. Foi esta testemunha quem anotou a matrícula do carro, de marca Audi, antes de arrancar a alta velocidade na direcção de Almeirim. A PJ de Leiria já apurou tratar-se de uma matrícula falsa.

Agora sim, os «jornalistas» do Correio da Manhã podem revelar a identidade racial dos criminosos - porque agora a identidade racial já interessa, já contribui para a notícia, pois é... por um motivo muito simples: porque agora já os ingénuos, mas sobretudo os mais descaradamente desonestos, já podem dizer que «ai, isto da criminalidade é tanto brancos como negros!», esquecendo-se do pequenito pormenor de que em Portugal a clara maioria ainda é clara, por assim dizer, em vez de escura, pelo que proporcionalmente volta a confirmar-se que não são os brancos que estão mais ligados a este tipo de acções...