SOBRE O DISCURSO DE WILDERS NA ALEMANHA

Causou polémica na Alemanha
a aparição e discurso do político holandês Geert Wilders, no passado sábado em Berlim, a convite de René Stadtkewitz, que prepara um partido da Liberdade alemão (depois de ter sido expulso do partido conservador, precisamente devido às suas ligações a Wilders), equivalente ao holandês PVV (Partij voor de Vrijheid, ou «Partido da Liberdade»), formação partidária de Wilders. Cerca de quinhentas pessoas reuniram-se para o ouvir, no Hotel Berlin, outras cem para protestar contra a sua visita, organizadas pelos Social-Democratas e por uma associação contrária às políticas de extrema-direita.

No seu discurso, cuja tradução em Inglês pode ser lida aqui
, Wilders afirmou que a identidade nacional alemã, a democracia e a prosperidade estavam a ser ameaçadas pela ideologia política islâmica: «uma Alemanha cheia de mesquitas e cheia de mulheres veladas já não é a Alemanha de Goethe, de Schiller e de Heine, de Bach e de Mendelssohn».

Wilders criticou por outro lado a chanceler Angela Merkel e os partidos do sistema alemães, que parecem estar a aceitar passivamente a islamização da Alemanha.

Mostrou por outro lado contentamento por constatar que os Alemães se estão a libertar do complexo de culpa que lhes foi impingido e que a concordância da maior parte da população alemã com as teorias de Sarrazin mostra que o Povo, ao contrário da elite, quer continuar a ser alemão.

Em reacção, o líder do grupo parlamentar do partido dos Verdes, Jürgen Trittin, declarou em entrevista ao jornal Soontag Aktuell que a visita de Wilders foi «uma afronta à tradição cosmopolita de Berlim», cidade que é «lar» para centenas de milhares de muçulmanos.

Sintomático - um dos mais destacados representantes da politiquice correcta multiculturalista declara que pensar de maneira contrária ao Multiculturalismo «é uma afronta». Intervenção deveras esclarecedora quanto ao que esta gente pensa realmente da liberdade e da verdadeira diversidade... E, como de costume, a querer promover o discurso mundialista, anti-tradição e bastardizante, usando como catapulta a «tradição» local: do mesmo modo que a elite reinante tenta convencer os Portugueses de que devem ser anti-racistas porque Portugal é que inventou a miscigenação, e tenta convencer os Ingleses de que não podem ser racistas porque «são o Povo mais misturado da Europa» (e diz outro tanto em Espanha, em Itália, na Grécia, etc.), da mesmíssima maneira este Tritas faz por dar como adquirido que a tradição berlinense é de multiculturalismo e acabou-se...

Manhas saloias que se topam a léguas e se desmontam num ápice, assim o ouvinte esteja atento.