sábado, outubro 09, 2010

MOMENTO DE LITERATURA: SOBRE UMA VINGANÇA VINDA DO ALTO...

E agora que o manto estrelado da álgida noite se estende nas alturas, é tempo de passar as vistas por um excerto de «Sombras ao Luar», história de Conan, da autoria de Robert Erwin Howard (in «Conan - O Demónio de Ferro», editado pela Saída de Emergência, pág. 41):

«Os gritos da vítima ecoavam pelo salão; então, erguendo a cabeça para o tecto e os céus que se estendiam para lá dele, gritou um nome numa voz horrível. Um punhal numa mão de ébano interrompeu o grito, e a cabeça dourada rolou sobre o peito de marfim.
Como que em resposta àquele grito desesperado, ouviu-se um trovão ribombante que parecia ter origem nas rodas de alguma quadriga celestial, e surgiu uma figura em frente dos assassinos, como que materializada a partir do ar vazio. A forma era de homem, mas nenhum homem mortal teve algum dia um tal aspecto de inumana beleza. Havia uma inconfundível semelhança entre ele e o jovem que caíra sem vida nas suas grilhetas, mas a mistura de humanidade que suavizava a condição divina do jovem faltava nos traços do estranho, horríveis e imóveis na sua beleza.
Os negros encolheram-se à sua frente, com os olhos transformados em fendas de fogo. Erguendo uma mão, falou, e o seu timbre ecoou pelo salão silencioso em ricas ondas de som. Como homens em transe, os guerreiros negros recuaram até ficarem alinhados ao longo das paredes em linhas regulares. Então, dos lábios cinzelados do estranho soou uma terrível invocação e ordem: "Yagkoolan yok tha, xuthalla!"
Ao som daquele terrível grito, as figuras negras endureceram e congelaram. Pelos seus membros deslizou uma curiosa rigidez, uma petrificação anti-natural. O estranho tocou o corpo desfalecido do jovem, e as grilhetas desprenderam-no. O estranho ergueu o cadáver nos braços; então, antes de partir, o seu olhar tranquilo voltou a passar pelas filas silenciosas de figuras de ébano, e apontou para a Lua, que brilhava através das janelas. E aquelas tensas, expectantes estátuas que tinham sido homens compreenderam...
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4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

prefiro o livro do andrade saraiva..hahaha

10 de outubro de 2010 às 03:35:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Rabino sefardí Ovadia Yosef. Nesse momento Israel os reconheceu como judeus autênticos, decidindo que teriam apenas que passar por uma pequena conversão para serem aceitos como judeus em Israel.

tinha que ser norte-africano pos-medieval infiltrado na iberia mesmo..

10 de outubro de 2010 às 08:46:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Os lemba ou os lembaa são uma tribo da África Meridional, na qual acreditam ser descendentes dos judeus, o que foi comprovado por seu DNA.

ta, eles tem meia duzia de residuos do oriente medio (macro-haplogrupos masculinos) que pode ser de qualquer lugar dali..e?lol!pode até ser dos arabes..hahaha

10 de outubro de 2010 às 08:48:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Tradições dos lemba
Eles também têm uma tradição de serem migratórios com evidências que indicam uma origem no Oriente Médio ou norte da África.

há vários

séculos e depois ficaram no

leste da África.

migrantes meds masculinos indo parar no se da africa?ja devem ter se corrompido na idade media antes de chegar la..

só é olhar em latitudes mais a norte como os aksumitas decairam ao se expandir pro planalto etiope..de meds decairam a mulatoids..

10 de outubro de 2010 às 08:54:00 WEST  

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