VOZ GRAVADA DE MINISTRO CONTRA VERDADEIRA VOZ DE MULHER DO POVO

"Últimas sondagens: Trabalhistas perdem um eleitor" é a manchete do The Independent. Em Abril de 28, Gillian Duffy, uma senhora de 68 anos, que toda a vida apoiou o Partido Trabalhista, ia a caminho da padaria quando se cruzou com Gordon Brown, o primeiro-ministro britânico, em campanha para as eleições de 6 de Maio. Este encontro causou uma gafe que "passou a ser um dos momentos cruciais da campanha eleitoral de 2010", escreve o diário londrino. Mrs Duffy, declarando-se "completamente envergonhada de dizer que sou trabalhista", queixou-se da dívida nacional, dos impostos pagos pelos pensionistas e de "todos esses europeus de leste" imigrantes no Reino Unido. Segundos depois de esta pequena conversa ter tido lugar, Gordon Brown, que se esqueceu de desligar o microfone que levava na lapela, comentou com os seus conselheiros: "Que desastre...quem me mandou a mim falar com esta mulher... ridículo...que mulher intolerante." Estes comentários causaram indignação assim que se espalharam, como um vírus, pelas agências noticiosas e meios de comunicação social, nacionais e internacionais. O editorial do The Independent reconhece que esta gafe poderá causar "estragos eleitorais" que venham reforçar "uma opinião generalizada de que os políticos não respeitam aqueles a quem, periodicamente, solicitam votos".

Ora isto exemplifica, mais uma vez, com clareza mais clara que a mais cristalina das águas, o que passo a vida a dizer: que a elite quer uma coisa, o Povo quer outra. A elite quer imigração, o Povo não. E os votos da maioria não traduzem necessariamente a concordância do Povo com os políticos do poder, como dizem alguns ingénuos e outros que, depois de tantas explicações e evidências, acima de ingénuos são sobretudo umas bestas tapadas de todo: «ai, se o povo discordasse dos políticos imigracionistas, não votava neles».

É mentira.

Uma sondagem recente realizada no Reino Unido indicou que a maioria dos votantes do terceiro maior partido, a crescer seriamente, o Partido Lib-Dem, a maioria dos seus eleitores, dizia-se, não aprova a política de imigração do próprio partido em que vota. Só que há outros temas políticos a ter em conta e não há outros políticos para além dos imigracionistas a terem hipóteses sérias de fazerem governo. E não há porque só os políticos imigracionistas têm plataformas poderosas para se lançarem ao poleiro, ou seja, a elite reinante controla os maiores aparelhos partidários existentes e assim falseia a Democracia, porque os candidatos que a elite «oferece» ao Povo são apenas os que a elite previamente aprovar. É como dizer que podem comprar um carro da cor que quiserem, desde que o carro que comprarem seja azul. Ou como pintarem noventa por cento dos carros novos de azul, permitirem apenas meia dúzia de carros vermelhos, verdes, brancos, mas a preços altíssimos e depois, como a maioria só pode comprar carros baratos, dizer que «ai, a maioria prefere comprar carros azuis!»
E o facto de a senhora em questão dizer que é do partido trabalhista, até pode ser mentira, mas tem altas probabilidades de ser verdade. Se assim não fosse, o partido trabalhista não andaria a fingir publicamente que quer travar a imigração.

Aliás, tentando compor o ramalhete, Gordon Brown teve agora a lata de vir dizer publicamente que «compreendia» os receios populares a respeito da imigração e de prometer até que com o novo sistema a imigração vai descer...

Pudera - documentos recentemente revelados sobre reuniões governamentais trabalhistas dizem precisamente que os líderes trabalhistas governamentais sabem perfeitamente que o Povo não quer mais imigração.

Ora, quem é que está do lado desta elite governativa e contra a vontade popular? Quem pertence à mesma escola de pensamento, de cultura, de sensibilidade, desta elite governativa, como se pode ver neste nauseabundo artigo que apoia o primeiro-ministro britânico e termina assim, repare-se, mas repare-se e registe-se:
«Por mim, só tenho pena que não lhe tenha dito a coisa directamente e que tenha depois vindo pedir desculpa. Porque é que a senhora merece mais respeito do que os imigrantes de leste?»

Não admira que o bloquista ache que a senhora faltou ao respeito aos imigrantes de leste. Na verdade, a senhora o que fez foi queixar-se de não poder falar contra a imigração, além de mostrar desagrado pela vinda de tantos imigrantes de leste. Brilha por isso a prestação do comentador «The Studio» a desmascarar a desonestidade do «jornalista» Daniel Oliveira. «Jornalista» que é, efectivamente, um dos beatos da Nova Inquisição. Para esta espécie de «gente», falar contra a imigração é, já de si, um insulto e uma ofensa, uma blasfémia. Esta «gente» odeia quem blasfema. Esta «gente» odeia o povinho que ainda é «pagão», isto é, naturalmente «racista», porque este povinho ainda não se converteu à Boa Nova da Santa Madre Igreja Anti-Racista, ainda não se rendeu à evangelização anti-racista, ou seja, ainda não sofreu a lavagem cerebral anti-racista.

Esta «gente», como o escrevinhador Oliveira, despreza as Gillian Duffys, porque as Gillian Duffy representam o «Velho Europeu», o cidadão normal, tradicional, que tem a ousadia de querer continuar a ser dono da sua própria terra.

De um lado, as Gillian Duffy, o Povo - do outro, a elite reinante e os seus diáconos, beatos e afins. E só o Nacionalismo dá voz às Gillian Duffy, motivo pelo qual a elite quer impedir que os partidos nacionalistas existam, precisamente porque não querem dar às Gillian Duffy a possibilidade de votar em quem realmente diz o que as Gillian Duffy pensam.