FAMÍLIAS PORTUGUESAS VÃO PERDER (AINDA MAIS) PODER DE COMPRA
O Boletim de Primavera do Banco de Portugal hoje divulgado não traz boas notícias para as famílias.
Não foi à toa que o Banco de Portugal (BdP) reviu em forte baixa a procura interna da economia nacional. Num ambiente que ainda está recheado de incerteza e desconfiança, acresce ainda o facto de, nos próximos anos, os salários dos portugueses não terem uma evolução famosa. Como refere o Banco, "Antecipa-se uma queda do rendimento disponível real", num cenário em que "os salários reais deverão traduzir a prevalência de condições adversas" no mercado laboral e onde "os demais rendimentos deverão ser condicionados tanto pelo aumento gradual das despesas com juros, como pelas medidas orçamentais" inseridas no Orçamento de Estado e no Programa de Estabilidade e Crescimento.
Na função pública, já se sabe, os salários foram postos no congelador. E ao contrário do que aconteceu no ano passado, quando os preços recuaram, este ano a inflação volta a terreno positivo, avançando 0,8%. Os trabalhadores públicos vão assim mais uma vez perder poder de compra, retraindo o consumo. Para o ano a coisa não melhora muito, porque tal como o BdP refere, "no sector público, admite-se um baixo crescimento dos salários nominais nos próximos dois anos, em linha com as hipóteses assumidas para as finanças públicas". Ora, para o ano, a inflação situar-se-á em torno de 1,5%, agravando ainda mais o poder de compra das famílias nacionais.
No sector privado o cenário também não é famoso. Diz o Banco que as condições do mercado laboral, onde o desemprego continua em escalada, "deverão contribuir para um crescimento moderado dos custos unitários do trabalho". Na prática, isto significa que a instituição (ainda) liderada por Vitor Constâncio espera que os aumentos salariais no sector privado também andem perto de zero pelo menos em 2010 e 2011.
E ao falar num "crescimento moderado" dos custos unitários do trabalho, o BdP deixa também antever que, nos próximos anos, eventuais aumentos - ainda que fracos - da competitividade da economia nacional serão novamente feitos com base nos baixos salários.
Tudo isto anunciado com aquela cara de gente honesta salvadora da pátria que anuncia ao povinho que vai ter de se submeter a mais um apertão no cinturão, aliás, no torniquete. Aquela cara de gente honesta salvadora da pátria, pompa mal disfarçada, que já não serve para criar um ambiente de seriedade suficientemente sério e solene para que as vistas não se desviem para as toneladas de notas que já lhes pendem dos bolsos para fora. Toda esta gente aufere salários que de vergonhosos passam a obscenos quando vêm a público informar sobre os custos da «crise». A desproporção entre o que esta elite ganha e aquilo que o Povo de classe baixa e média recebe por mês torna-se cada vez mais terceiro-mundista - e isto não parece preocupar toda a elite em peso, aquela que ainda acha que os políticos são mal pagos, e que é preciso pagar tanto a um gestor de empresas português como a um gestor de empresas alemão, porque, alegam «ai, a competência custa dinheiro e ao fim ao cabo só a incompetência é que sai cara». Ele vê-se, a competência. Em toda a Europa o fosso sócio-económico diminui, só na Tugalândia é que aumenta.
Daqui se conclui que a generalidade dos responsáveis da alta finança, políticos incluídos, por mais ares graves que estampem nas respectivas fuças, mais não fazem do que meter nojo. Nojo e Revolta. Porque o que mais enoja em tais figuras não é a ganância, nem o egoísmo, que esses, enfim, compreendem-se - o que mais os torna repulsivos é a arrogância. A arrogância com que, entre eles e não só, afirmam que não se pode viver condignamente com menos do que aquilo que ganham por mês, e que é preciso chamar os «competentes» à Política por meio de salários cada vez mais elevados - excelente critério para fazer líderes de uma Nação, não haja dúvida: o princípio do mercenário... - e, ao mesmo tempo, permitem que haja rendimentos terceiro-mundistas no seio das classes trabalhadoras do seu próprio Povo. É esta arrogância, este elevar da sua própria laia a um nível quiçá superior de humanóide, que os deveria fazer temer pelas próprias carreiras profissionais, se em Portugal o Povo não estivesse tão passivo.
Não foi à toa que o Banco de Portugal (BdP) reviu em forte baixa a procura interna da economia nacional. Num ambiente que ainda está recheado de incerteza e desconfiança, acresce ainda o facto de, nos próximos anos, os salários dos portugueses não terem uma evolução famosa. Como refere o Banco, "Antecipa-se uma queda do rendimento disponível real", num cenário em que "os salários reais deverão traduzir a prevalência de condições adversas" no mercado laboral e onde "os demais rendimentos deverão ser condicionados tanto pelo aumento gradual das despesas com juros, como pelas medidas orçamentais" inseridas no Orçamento de Estado e no Programa de Estabilidade e Crescimento.
Na função pública, já se sabe, os salários foram postos no congelador. E ao contrário do que aconteceu no ano passado, quando os preços recuaram, este ano a inflação volta a terreno positivo, avançando 0,8%. Os trabalhadores públicos vão assim mais uma vez perder poder de compra, retraindo o consumo. Para o ano a coisa não melhora muito, porque tal como o BdP refere, "no sector público, admite-se um baixo crescimento dos salários nominais nos próximos dois anos, em linha com as hipóteses assumidas para as finanças públicas". Ora, para o ano, a inflação situar-se-á em torno de 1,5%, agravando ainda mais o poder de compra das famílias nacionais.
No sector privado o cenário também não é famoso. Diz o Banco que as condições do mercado laboral, onde o desemprego continua em escalada, "deverão contribuir para um crescimento moderado dos custos unitários do trabalho". Na prática, isto significa que a instituição (ainda) liderada por Vitor Constâncio espera que os aumentos salariais no sector privado também andem perto de zero pelo menos em 2010 e 2011.
E ao falar num "crescimento moderado" dos custos unitários do trabalho, o BdP deixa também antever que, nos próximos anos, eventuais aumentos - ainda que fracos - da competitividade da economia nacional serão novamente feitos com base nos baixos salários.
Tudo isto anunciado com aquela cara de gente honesta salvadora da pátria que anuncia ao povinho que vai ter de se submeter a mais um apertão no cinturão, aliás, no torniquete. Aquela cara de gente honesta salvadora da pátria, pompa mal disfarçada, que já não serve para criar um ambiente de seriedade suficientemente sério e solene para que as vistas não se desviem para as toneladas de notas que já lhes pendem dos bolsos para fora. Toda esta gente aufere salários que de vergonhosos passam a obscenos quando vêm a público informar sobre os custos da «crise». A desproporção entre o que esta elite ganha e aquilo que o Povo de classe baixa e média recebe por mês torna-se cada vez mais terceiro-mundista - e isto não parece preocupar toda a elite em peso, aquela que ainda acha que os políticos são mal pagos, e que é preciso pagar tanto a um gestor de empresas português como a um gestor de empresas alemão, porque, alegam «ai, a competência custa dinheiro e ao fim ao cabo só a incompetência é que sai cara». Ele vê-se, a competência. Em toda a Europa o fosso sócio-económico diminui, só na Tugalândia é que aumenta.
Daqui se conclui que a generalidade dos responsáveis da alta finança, políticos incluídos, por mais ares graves que estampem nas respectivas fuças, mais não fazem do que meter nojo. Nojo e Revolta. Porque o que mais enoja em tais figuras não é a ganância, nem o egoísmo, que esses, enfim, compreendem-se - o que mais os torna repulsivos é a arrogância. A arrogância com que, entre eles e não só, afirmam que não se pode viver condignamente com menos do que aquilo que ganham por mês, e que é preciso chamar os «competentes» à Política por meio de salários cada vez mais elevados - excelente critério para fazer líderes de uma Nação, não haja dúvida: o princípio do mercenário... - e, ao mesmo tempo, permitem que haja rendimentos terceiro-mundistas no seio das classes trabalhadoras do seu próprio Povo. É esta arrogância, este elevar da sua própria laia a um nível quiçá superior de humanóide, que os deveria fazer temer pelas próprias carreiras profissionais, se em Portugal o Povo não estivesse tão passivo.
5 Comments:
O estado continua a expropriar o dinheiro privado.
"Despite his Jewish origins, Rosenberg gained access to the Thule Society by showing the Protocols to Rudolf Hess and to Dietrich Eckart, who became wildly excited on reading it. Very soon the Protocols viewed its first German edition. German intellectuals were impressed. Edition followed edition."
É impressionante como as pessoas se transformam:Alfred Rosenberg era filho de um sapateiro judeu de Tallin,na Estónia,e tornou-se o principal teorizador do Anti-Semitismo na era do Reich.As suas ideias levaram a que a "Solução Final" que advogava a supressão das minorias judaicas existentes na Europa entrasse em marcha,através da máquina política e de propaganda hitleriana,de 1933 a 1945.Mecanismo de auto-preservação?Negação?Não faço a mínima ideia,mas verifico que nunca na História alguém chegou tão longe no ódio aos seus.
«Não faço a mínima ideia,mas verifico que nunca na História alguém chegou tão longe no ódio aos seus.»
Eu mencionaria os antifas e a esquerda de uma forma geral no ódio ao seu próprio povo... mas, como isso te incluiria a ti, eras capaz de levar a mal...
Bem visto, caro anónimo.ehehehe
«Não faço a mínima ideia,mas verifico que nunca na História alguém chegou tão longe no ódio aos seus.»
"Eu mencionaria os antifas e a esquerda de uma forma geral no ódio ao seu próprio povo... mas, como isso te incluiria a ti, eras capaz de levar a mal..."
Não vejo porquê...A mim o artigo parece-me isento.Isento e objectivo.
Sem segundas leituras.
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